" Esta história fala de muitas coisas, mas sobretudo de idiotas".
É dia 31 de dezembro, uma pessoa desesperada toma uma atitude desesperada: vai roubar um banco. O desespero é tanto que vai sem planejamento, sem analisar o que pode dar errado e onde isso poderá levar. Início de história confuso, que você não entende muito bem como começou e nem onde vai parar, com poucas informações, mas a medida que você continua lendo, vai ficando mais claro e mais curioso para saber como tudo vai acabar.
O livro narra a história de um assaltante e seus reféns nada convencionais, nem mesmo o assaltante é convencional, cada um deles, do assaltante ao coelho escondido no banheiro, e aos policiais têm uma mensagem a passar para quem está lendo e para eles que estão presos em um apartamento contra a vontade. Aqui nada parece ser o que é. A leitura desse livro parece mais uma conversa entre amigos no qual um vai narrando uma história louca para o outro provocando risadas, reflexões e muitos outros sentimentos.
"Uma única e péssima ideia. É tudo de que se precisa"
O livro tem 74 capítulos que começa com uma ideia, que convenhamos é idiota mesmo, como o próprio autor diz. O que nos leva a pensar e a acreditar que situações desesperadas nos levam a tomar decisões mais desesperadas ainda. Uma decisão. Um apartamento. Oitos pessoas. Dois policiais. Um desenho, um homem que pulou da ponte há anos atrás e começa toda a história que era para ser sobre o assalto ao banco, porém vira um drama de várias pessoas dentro de um único drama.
A vida de Zara, Rô, Julia, a corretora de imóveis, o policial mais jovem e o policial mais velho, o assaltante, a psicóloga, o coelho, Anna-Lena, Roger, Estelle, nunca mais serão as mesmas, nem todos eles estavam no apartamento, mas suas histórias se cruzam e estarão ligados sempre que lembrarem desse dia 31 de dezembro. Um grupo de pessoas em momentos e idades diferentes e essas pessoas não se conhecem, mas estão conectadas de alguma forma.
A vida de Zara, Rô, Julia, a corretora de imóveis, o policial mais jovem e o policial mais velho, o assaltante, a psicóloga, o coelho, Anna-Lena, Roger, Estelle, nunca mais serão as mesmas, nem todos eles estavam no apartamento, mas suas histórias se cruzam e estarão ligados sempre que lembrarem desse dia 31 de dezembro. Um grupo de pessoas em momentos e idades diferentes e essas pessoas não se conhecem, mas estão conectadas de alguma forma.
"Vocês são os piores reféns de todos os tempos. Vocês são os piores reféns de todos os tempos".
O assaltante, em seu total desespero, resolve assaltar um banco, em pleno 31 de dezembro, para um fim único e específico e na sua fuga nada planejada esse tal assaltante encontra uma porta aberta, a sua porta de salvação, ou não. Uma porta que o leva a um apartamento disponível para venda e cheio de potenciais compradores. Sete possíveis compradores e uma corretora são feitos reféns e começa o drama de todos, não só dos reféns.
Não se engane com a descrição acima, esse livro não é sobre um assalto , ou só sobre os reféns, mas sim sobre pessoas e o que elas guardam mais profundamente dentro de si, aqueles sentimentos, pensamentos e segredos que não contamos nem para nosso melhor amigo. É sobre dores, alegrias, mudanças, vivências, inseguranças, traumas, arrependimentos, conflitos, ansiedade, afinal todos nós, sem exceção, estamos ansiosos por alguma coisa e aqui nesse livro percebemos isso. É sobre o amor, empatia, identificação.
Gente ansiosa traz temas muitos relevantes a serem discutidos e um deles é o suicídio assim como relacionamentos infelizes, sonhos não realizados. O autor soube abordar com graça e humor.
O começo do livro pode ser um pouco confuso, mas não desanime tudo irá se esclarecer no decorrer da leitura e você irá se deparar com boas surpresas. A história, os personagens, a escrita e a narrativa valem a leitura. Tudo o que você precisar saber é que a história acontece em volta do assalto ao banco, ou melhor, ao assaltante e seu primeiro assalto, mas o autor não para por ai, ele traz todas as razões e emoções que levaram o assaltante até ali e os motivos que o levaram aos potenciais compradores a fazer uma visita em um apartamento em plena véspera de fim de ano. O assalto é a cola que une todos os personagens, mas não é o principal foco aqui.
Fredrik nos trouxe personagens complexos, com segredos, problemas, e suas angústias, cada um deles contribui para uma narrativa super envolvente e não tem como não gerar empatia por cada um deles. Cada personagem teve seu momento na história de narrar suas dores, amores e anseios. O que era para ser uma visita a um apartamento acaba se tornando um encontro de desabafos e conflitos. E e ao contar suas histórias, em meio a uma situação estressante os reféns e o assaltante descobrem que tem muito em comum e entendem que compaixão e solidariedade podem não só ajudar, mas transformar pessoas e vidas.
Personagens construídos de forma clara e na medida certa e não são os melhores personagens do mundo, eles são totalmente diferentes um do outro. Ao contar a história desses personagens, o autor nos mostra que nunca sabemos de nada da vida do outro a não ser que esse outro quer que saibamos. Não sabemos de verdade o que acontece na vida de outra pessoa, e percebemos que nem sempre a grama verde é tão verde assim.
O começo do livro pode ser um pouco confuso, mas não desanime tudo irá se esclarecer no decorrer da leitura e você irá se deparar com boas surpresas. A história, os personagens, a escrita e a narrativa valem a leitura. Tudo o que você precisar saber é que a história acontece em volta do assalto ao banco, ou melhor, ao assaltante e seu primeiro assalto, mas o autor não para por ai, ele traz todas as razões e emoções que levaram o assaltante até ali e os motivos que o levaram aos potenciais compradores a fazer uma visita em um apartamento em plena véspera de fim de ano. O assalto é a cola que une todos os personagens, mas não é o principal foco aqui.
Fredrik nos trouxe personagens complexos, com segredos, problemas, e suas angústias, cada um deles contribui para uma narrativa super envolvente e não tem como não gerar empatia por cada um deles. Cada personagem teve seu momento na história de narrar suas dores, amores e anseios. O que era para ser uma visita a um apartamento acaba se tornando um encontro de desabafos e conflitos. E e ao contar suas histórias, em meio a uma situação estressante os reféns e o assaltante descobrem que tem muito em comum e entendem que compaixão e solidariedade podem não só ajudar, mas transformar pessoas e vidas.
Personagens construídos de forma clara e na medida certa e não são os melhores personagens do mundo, eles são totalmente diferentes um do outro. Ao contar a história desses personagens, o autor nos mostra que nunca sabemos de nada da vida do outro a não ser que esse outro quer que saibamos. Não sabemos de verdade o que acontece na vida de outra pessoa, e percebemos que nem sempre a grama verde é tão verde assim.
Só conhecemos uma camada de várias outras que nem sempre nos é permitida conhecer verdadeiramente. Não sabemos o que se passa na mente e no íntimo de cada pessoa ao nosso redor e por isso a empatia e gentileza pode e faz uma diferença enorme na vida do outro. Seja Gentil com o outro e com você mesmo. Seja gentil.
O que dizer sobre a escrita e narrativa de Fredrik? Foi minha primeira leitura do autor e fiquei encantada com a forma como ele escreve e narra essa história, parece mais uma conversa com o leitor. A dedicatória dele já vale a iniciativa da leitura. Os diálogos entre os personagens são incríveis e o diálogo do autor com seus leitores é melhor ainda.
A história é toda conectada trazendo reflexões, emoções, muitas risadas e algumas surpresas. Não estranhe se você se sentir no meio de uma terapia de desconhecidos, e digo mais: não cabe julgamentos aqui. A narrativa não acontece de forma linear, o autor traz momentos do passado e presente dos personagens e de como tudo aconteceu até cada um deles ir para no apartamento. Fredrik nos entrega a história aos poucos, em doses pequenas, e isso com certeza, pode não agradar os apressadinhos da leitura.
A leitura não é tão fluida em alguns momentos, mas em outros tem leveza, é um livro profundo e por isso alguns podem não se identificar com a leitura, inclusive é um livro que irá trazer gatilhos. É uma leitura com momentos divertidos, sensível, bastante reflexivo e empático. Em outros momentos você vai encontrar uma leitura um pouco arrastada, assim como a vida, mas sinceramente? vale cada página.
Gente ansiosa traz verdades que não queremos discutir e que são incompreensíveis aos olhos de muita gente, até mesmo nós não entendemos o que sentimos e pensamos ou se conseguimos verbalizar isso, às vezes é difícil e o que fazemos a respeito? Nos calamos. Por isso, nesse livro você vai entender a importância do diálogo, do desabafo, da amizade, do amor, docompanheirismo e respeito. Afinal somos todos ansiosos.
O que dizer sobre a escrita e narrativa de Fredrik? Foi minha primeira leitura do autor e fiquei encantada com a forma como ele escreve e narra essa história, parece mais uma conversa com o leitor. A dedicatória dele já vale a iniciativa da leitura. Os diálogos entre os personagens são incríveis e o diálogo do autor com seus leitores é melhor ainda.
" Porque todo mundo ama alguém, e qualquer pessoa que ama alguém já passou noites em desesperos sem conseguir dormir tentando descobri como pode continuar sendo um ser humano. Às vezes, isso nos leva a fazer coisas que, tempos depois, parecem ridículas, mas que pareciam ser a única saída na época".
A história é toda conectada trazendo reflexões, emoções, muitas risadas e algumas surpresas. Não estranhe se você se sentir no meio de uma terapia de desconhecidos, e digo mais: não cabe julgamentos aqui. A narrativa não acontece de forma linear, o autor traz momentos do passado e presente dos personagens e de como tudo aconteceu até cada um deles ir para no apartamento. Fredrik nos entrega a história aos poucos, em doses pequenas, e isso com certeza, pode não agradar os apressadinhos da leitura.
A leitura não é tão fluida em alguns momentos, mas em outros tem leveza, é um livro profundo e por isso alguns podem não se identificar com a leitura, inclusive é um livro que irá trazer gatilhos. É uma leitura com momentos divertidos, sensível, bastante reflexivo e empático. Em outros momentos você vai encontrar uma leitura um pouco arrastada, assim como a vida, mas sinceramente? vale cada página.
Gente ansiosa traz verdades que não queremos discutir e que são incompreensíveis aos olhos de muita gente, até mesmo nós não entendemos o que sentimos e pensamos ou se conseguimos verbalizar isso, às vezes é difícil e o que fazemos a respeito? Nos calamos. Por isso, nesse livro você vai entender a importância do diálogo, do desabafo, da amizade, do amor, docompanheirismo e respeito. Afinal somos todos ansiosos.
Livro: Gente AnsiosaCortesia: Editora Rocco / Autor: Fredrik BackmanNúmero de páginas: 340
A busca por um apartamento não costuma ser uma situação de vida ou morte, mas uma visita imobiliária toma tais dimensões quando um fracassado assaltante de banco invade o apartamento e faz de reféns um grupo de desconhecidos.
O grupo inclui um casal recém-aposentado que procura sem parar, casas para reformar, evitando a verdade dolorosa de que não é possível reformar o casamento. Há um casal que, prestes a ter o primeiro filho, não concorda sobre nada. Acrescenta-se uma mulher de 87 anos que já viveu demais para temer uma ameaça à mão armada, um corretor imobiliário assustado, mas ainda disposto a vender, e um homem misterioso que se trancou no único banheiro do apartamento, e assim completamos o pior grupo de reféns do mundo.
Cada personagem carrega uma vida de reclamações, mágoas, segredos e paixões prestes a transbordar. Ninguém é exatamente o que parece. E todos- inclusive o ladrão- estão desesperados por algum tipo de resgate. Conforme as autoridades e a imprensa cercam o prédio, os aliados relutantes revelam verdades surpreendentes e desencadeiam eventos tão inusitados que nem eles próprios são capazes de explicar.
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