20 julho 2022

Resenha - A Saga Draconiana - Sophie Dupont e os Lordes Dragões - Volume II



O segundo livro da saga já começa prendendo a atenção do leitor. A história, que teve início no primeiro livro, ainda mais estruturada em sua continuação, nos permite acompanhar os desdobramentos dos acontecimentos passados e nos traz uma Sophie mais forte e poderosa do que nunca. Ao lado de Helena, Aimée, Björn e Yip, amigos que fez no instituto, cenário do livro anterior, o grupo parte em missão para o Cairo, mas, após um sonho assustadoramente revelador, no qual lhe é possível ver o futuro, ela convence o grupo a mudar os planos, pois caso insistam, todos perecerão. 

O medo e o caos se espalhou pelo mundo, os Lordes Dragões estão por todo canto, causando pânico e destruição por onde passam e todos estão em perigo, principalmente os seres humanos, que nada podem fazer para se defender perante a fúria e a maldade dos Lordes. A missão de Sophie e de seus amigos é muito difícil e suas vidas estão em perigo constante, mas tudo fica ainda mais complicado quando, em um determinado momento, eles acabam se separando após alguns desentendimentos. Yip e Helena partem rumo ao Instituto Piasa, na tentativa de ajudar os Drakkars (seres metade humano e metade dragão) do ataque dos Lordes Dragões, forçando Sophie, Aimée e Björn a irem atrás deles.
 

"Entramos no carro e partimos atrás de Yip e Helena. O caminho era longo e, diferente de Yip, nós não éramos mapas orgânicos com bússolas. Eu podia usar os Sopros do Elemento Terra, mas não era um Drakkar Verde. Não tinha aquilo em mim, aquela habilidade natural de sentir as energias como ele, pelo menos não ainda."
 

Ao longo da viagem uma nova separação acontece, Björn, temendo ser incitado a violência pela presença de seu ancestral, o Lorde Dragão Verde prefere se afastar de Sophie por medo de machucá-la. A cada cidade em que chegam, a destruição presente é avassaladora e de cortar o coração: pessoas mortas, dilaceradas, adultos, crianças, bebês, visões macabras que elas não conseguem esquecer. O ódio pelos Lordes Dragões cresce descontroladamente em Sophie, bem como o seu desejo de vingança.

"Queria ir de encontro ao Lorde, parti-lo ao meio, fazê-lo pagar por tudo aquilo; mas sabia, na minha razão, que não tinha condições para isso."

Uma nova integrante se junta ao grupo, seu nome é Alana e a menina tem uma ligação muito profunda com Sophie, ainda que não faça a menor ideia, mas a Drakkar de Prata teme que, ao descobrir que ela está diretamente envolvida na morte de seus pais Alana se volte contra ela.
 

" -- Minha mãe se chamava Lin, ela era nossa Protetora, e meu pai, Frae, cuidava da Biblioteca... - ela disse tentando se acalmar."


O ataque dos Lordes Dragões é noticiado nos grandes jornais e programas de televisão como a Terceira Guerra Mundial e por onde passam Sophie e seus amigos só encontram morte, dor, medo e destruição, e a única chance de salvação que a humanidade tem está sobre os ombros do corajoso grupo de Drakkars, metade humano e metade dragão. Quer saber como essa história termina? Então você precisa ler o livro agora!




 Minha gente, o livro já começou com força total! Alguns acontecimentos do livro anterior foram se esclarecendo à medida que a história foi se desenvolvendo em um ritmo intenso e frenético por parte do autor. Não tem como não manter o foco nos personagens, principalmente Sophie, que está ainda mais forte, destemida e corajosa do que nunca. E ouso dizer que até mesmo um tanto quanto sanguinária, já que a vingança é o seu guia na continuação da história. 

O livro tem umas reviravoltas surpreendentes e em alguns momentos a tensão e o nervosismo tomam conta de tal maneira que é impossível não ficarmos angustiados torcendo pelos e para os personagens, para que eles consigam ultrapassar e vencer os obstáculos e, consequentemente, seus inimigos, os Lordes Dragões. As cenas de ação e luta entre Sophie, seus amigos e os Lordes Dragões foram sensacionais e muito bem descritas. Cada novo embate entre o bem e o mal e o uso de seus sopros e poderes elevou a história completamente, atiçando a curiosidade e a vontade de ler mais e mais da trama. 

O cenário de destruição e guerra foi muito bem contextualizado pelo autor, bem como o desejo de vingança por parte de Sophie perfeitamente compreensível, uma vez que os Lordes Dragões são os responsáveis por tudo de ruim que lhe aconteceu nesse e no livro anterior. Sophie está mais poderosa e destemida do que nunca e os amigos foram fundamentais para que ela não se perdesse ao longo da história, já que ela estava tomada pela dor e pelo ódio por causa de todos as pessoas importantes que ela foi perdendo ao longo do caminho. 

O final me deixou sem palavras e ainda mais curiosa para saber o que vai acontecer na sequência, pois terminou em uma cena crucial para os desdobramentos do próximo livro e eu estou super ansiosa para saber o que o autor preparou para o próximo livro da saga draconiana e para sua personagem principal. Eu o parabenizo pela criação do universo dos Dragões e Drakkars que construiu e por me fazer gostar tanto desse universo fantástico e surpreendente. Foi um prazer enorme ler o segundo livro da Saga, e que venha logo o terceiro livro pois eu estou me roendo de curiosidade e expectativa pelo o que está por vir nessa incrível e viciante aventura.

 







Livro: A Saga Draconiana - Sophie Dupont e os Lordes Dragões - Volume II 
Autor Parceiro: AG.Olyver
Número de Páginas: 313

Sinopse: O mundo está tomado pelo caos. Os Lordes Dragões, soltos e furiosos, assolam o planeta. Sophie e seus companheiros são a única esperança para a sobrevivência da raça humana. Enquanto incríveis descobertas são feitas sobre o passado, novos rumos são tomados e novos Sopros entram em cena para auxiliar nos terríveis confrontos que estão por vir. Sophie terá de enfrentar perdas irreparáveis ao tempo em que não poderá se deixar abater, pois sobre seus ombros repousa o destino de toda a humanidade.





Resenha - A Neblina




Você já pensou em estudar o tempo? Foi essa pergunta que me fiz diversas vezes quando estava lendo "A Neblina". Intercalando passado, presente, e "futuro", somos apresentados a um estudo profundo do quanto o tempo pode ser relativo. E do quanto a ganância pode ser perigosa.

"Homens obcecados adoecem."


Primeiro, é preciso entender que teremos 3 narrativas diferentes; uma, de 1972, outra de 2011 e uma outra que perpassa barreiras temporais. Três histórias que se tornam uma, e que se encaixam de maneira perfeita no final.

Antônio é um homem de negócios que, ao sofrer algum trauma que no começo não sabemos qual é, acaba ficando em estado vegetativo, tendo que deixar a empresa nas mãos de seu filho, Nélson. Esse, por não ter experiência e nem jogo de cintura, começa a fazer coisas com a empresa que Alice, funcionária antiga e filha de consideração de Antônio, suspeita de serem ilegais ou pior, capazes de afundar a empresa.

Movida pelo desejo de ver Antônio se recuperar e salvar a empresa, Alice começa a investigar Nélson, e acaba descobrindo uma terceira pessoa nessa teia: um cliente misterioso que, de alguma maneira, tem a ver com a situação vegetativa de Antônio. Alice então começa uma viagem dentro de seu presente para descobrir todos os nós que precisam ser desfeitos. Só que ela não sabe o perigo que corre ao fazer isso.

Voltando um pouco no tempo, em 1972 conseguimos ver a relação de Antônio com Maya, uma mulher misteriosa possuidora de um objeto muito antigo, porém poderoso. Encantado com a mulher e sua história, Antônio começa a se envolver ainda mais com ela e o Zhangda, mal sabendo o quanto isso ia impactar em seu futuro.


"Ainda assim, como num verdadeiro milagre, dentro de cada um de nós podem caber sentimentos e realidades tão grandes como o próprio infinito."


Ao longo da história, vemos o crescimento dos personagens, e as relações existentes no passado e no presente. A terceira narrativa é algo que prefiro não comentar, até pra não dar spoiler! Mas o autor escolheu temas difíceis para trabalhar, e foi muito feliz na execução. É um livro fluido, mas que recomendo ler com atenção aos detalhes; cada palavra conta aqui, e há muitas reflexões acerca de como enxergamos nossa vida, e de como nossas ações impactam diretamente o curso dela.


"E se, na verdade, aquilo que está para acontecer, de algum modo, também influencia o que já passou, num processo de causa e efeito, por assim dizer, às avessas?"


É uma pegada diferente do que eu geralmente costumo ler, mas com certeza foi uma grata surpresa. Luís de Oliveira mistura suspense e ficção especulativa de maneira MUITO inteligente e acessível. Temos um vilão bem definido, mas aqui ninguém é o mocinho; todos os personagens e suas histórias tem um quê de realidade, e o pano de fundo auxilia muito pra isso. Ficamos literalmente sob uma neblina, tentando nos encontrar, e encaixar as peças que faltam.

Enfim pessoal, essa foi a resenha de hoje! Gostei demais da experiência de ter lido A Neblina, e agradeço ao autor por ter disponibilizado o livro para nós! Se você gosta de suspense, personagens complexos e uma história que vai te fazer refletir sobre muitos aspectos da vida, a leitura é recomendada demais :-)








Livro: A Neblina
Autor Parceiro: Luis de Oliveira
Número de Páginas: 175

Sinopse: Um objeto antigo, capaz de provocar interações quase mágicas com aqueles que aprendem a utilizá-lo, tomado de seu portador e escondido por um colecionador obcecado.Apenas um homem misterioso, perplexo com o mundo ao seu redor, cuja única ferramenta consiste em ignorar a lógica do espaço e a passagem usual do tempo, tem a possibilidade de encontrá-lo.Como elo de ligação entre eles, a neblina de um passado obscuro.



Resenha - Realeza Americana

 


Realeza americana é um livro de romance que traz a junção da atualidade e da monarquia americana, Beatrice será a primeira rainha dos Estados Unidos, e com isso os seus pais a criaram com todo o esmero que uma rainha precisa para encarar o trono, só que o momento mais esperado chega antes que ela possa estar realmente preparada, pois para assumir o cargo de rainha ela precisa escolher em um tempo curto o primeiro rei consorte dos Estados Unidos. O que faz seus sentimentos entrar em conflitos angustiantes.

Beatrice tem dois irmãos gêmeos, Samantha e Jefferson, eles como não têm o mesmo compromisso que a irmã mais velha, eles são mais espontâneos e encrenqueiros, Samantha não liga para opinião das mídias sociais, aprendeu a muito tempo ignorar as críticas maldosas, até porque ela conta com uma importante amizade com Nina, uma garota simples e que almeja muito para o seu futuro, por isso estuda muito, e esconde sua amizade com a princesa e o príncipe dos EUA, pois ela não quer notoriedade, mesmo que uma de suas mães trabalhe para a realeza.

O príncipe é amado pelo país, e claro todas as garotas querem que ele as note, mas a primeira que consegue fisgar o coração do jovem príncipe é Daphne, uma garota que treinou a vida toda para ser princesa, e segue todos os passos da futura rainha para alcançar os seus objetivos. Ela só não contava que o príncipe a trairia e se apaixonaria por uma garota simples e que jamais ela cogitou ser uma concorrente.

Esses três filhos da realeza terão de lidar com a pressão que seus títulos carregam, e muitas das vezes o coração terá de ficar de lado, o amor nem sempre será a primeira opção. Eles são jovens e ainda tentam de maneiras conturbadas driblar as suas responsabilidades. Então fatores externos e internos não estão do lado deles.




Eu adorei esse livro, uma escrita viciante e criativa, onde a autora consegue trabalhar bem todas as personalidades, mesmo que Beatrice seja a personagem principal a princípio, ela consegue entregar os outros personagens com maestria. A rainha precisa escolher seu futuro marido, a pressão dos seus pais está alta e ela acaba se apaixonando pelo seu guarda costas, um homem que a conhece e a protege com a própria vida, mas ele não poderia ser seu rei consorte.
 

E por ironia do destino da lista de pretendentes escolhidos pelo seu pai, o único que ela não odiou, pelo contrário parecia ser o único a entender a situação da princesa é Theodore Eaton, que no baile em que a Beatrice teria de conhecer e escolher um futuro rei e marido, ele estava aos beijos com a princesa Samantha na sala dos chapéus.

A princesa mais jovem se sente excluída por ser a segunda na linha de sucessão, pois ela não se achava importante para ninguém e sentia falta de passar mais tempo com seu pai, e claro que sente inveja da irmã já que ela é toda perfeita. Sua personalidade é forte e intuitiva e não tem medo de deixar sua opinião clara, e tem o senso crítico essencial que só depois de uma boa conversa com seu pai ela entenderá seu verdadeiro papel na realeza. Também ela até que tenta resistir a paixão pelo noivo de sua irmã, mas ela não entende porque os preparativos dessa união estão tão apressados o que faz ela acusar Beatrice de roubar seu pretendente, quando poderia ter qualquer um.

Já o príncipe está apaixonado por Nina, sua melhor amiga e também a melhor amiga de Samantha, mas Nina não quer assumir o namoro pois tem medo da pressão da mídia, e sabia que ela não seria aceita como Daphne a ex do príncipe, ela não se acha boa o suficiente, mesmo ela amando o príncipe e tendo que encarar.
 

E também as responsabilidades que vem junto com o título do namorado pode ser mais pesado do que ela imaginava. E claro que ela estando no caminho de Daphne não ajuda muito já que a ex não aceita o fim do namoro e fará de tudo para estar com o príncipe, mesmo que isso custe sua própria personalidade e um amor verdadeiro.

Esse é o primeiro livro e trouxe a apresentação dos personagens e seus conflitos. A narrativa é feita por diversos personagens, o que nos dá um vislumbre melhor da história, e também conhecemos o íntimo de cada personagem, suas artimanhas e suas batalhas internas para se adequar ao momento e a vida de responsabilidades que eles têm pela frente, afinal a juventude ficará para trás e a realeza cobrará seu preço.

É uma história envolvente, daquelas que te deixa em cada capitulo o gostinho de quero mais, e o final deixou um conflito que irá tirar a paz dos leitores. Beatrice tem uma escolha importante a fazer e talvez ela tenha entendido a mensagem do pai errado. E Nina precisará ser mais decidida se quiser lutar pelo seu príncipe, mesmo que Daphne seja a namorada preferida do país e ela é quem ama de verdade o príncipe Jefferson. As intrigas e as armações por trás das amizades vai construir o caminho da realeza americana.









Livro: Realeza Americana
Autor Parceiro: 
Número de Páginas: 

Sinopse: Uma coroa prestes a mudar de mãos. Duas garotas disputando o coração de um príncipe. Esta é a história da realeza americana.

Quando os Estados Unidos venceram a Guerra de Independência contra a Inglaterra, o povo ofereceu uma coroa ao general George Washington. Dois séculos e meio depois, a Casa de Washington permanece no trono.

Mas eles não são como as outras famílias reais. Como uma personificação dos Estados Unidos, os Washington são lindos, incrivelmente famosos e o coração da corte mais gloriosa do mundo.

Mas, por trás dos salões de baile reluzentes, vestidos elegantes e figuras públicas aparentemente perfeitas, escondem-se romances proibidos e segredos escandalosos. A geração mais jovem da nobreza precisa navegar de forma eficiente (embora nem sempre discreta) por fofocas, dramas e a vigilância constante da mídia, do povo e de suas próprias famílias.

A autora best-seller do New York Times Katharine McGee imagina uma versão alternativa do mundo moderno, na qual a era brilhante das monarquias ainda não se desvaneceu – e o amor ainda é poderoso o suficiente para mudar o curso da história.


Escrito pela colaboradora Joseli Medeiros


04 julho 2022

Resenha - Deusas da Morte



Deusas da Morte se passa no ano de 2023, em um cenário distópico no qual a humanidade foi praticamente exterminada por um vírus letal. Cinco mulheres, ou melhor dizendo, cinco deusas mitológicas extremamente poderosas, cruéis e impiedosas estão a frente da Confederação Global (Only God Saves) e controlam o restante da humanidade que sobreviveu ao vírus. 

De forma ditatorial, os seres humanos estão sendo governados por essas mulheres e a Terra enfrenta o horror apocalíptico imposto por elas: medo, incerteza, desconfiança são os companheiros dos sobreviventes do caos que o mundo virou, e elas em nada parecem interessadas no que diz respeito a ajudar as pessoas, muito pelo o contrário, todo o sofrimento, desespero e miséria imposta a todos parece deixá-las satisfeitas, e a medida que a destruição se alastra, menos interessadas em pacificar os conflitos elas demonstram estar.


"O inferno de vocês é aqui na Terra, vendo perecer uns aos outros até que um novo mundo nasça da destruição, se houverem humanos merecedores de redenção. Até lá, nós somos as cinco, somos Una e nada nos impedirá."


As deusas em questão são: Éris, Hel, Sekhmet, Ticê e Hine- Nui- Te- Po, deusas grega, nórdica, egípcia, tupi-guarani e maori, nessa ordem. O intento de cada uma delas é que a Terra se torne o inferno propriamente, e a cada capítulo nos é dado a oportunidade de conhecer mais e melhor cada uma dessas deusas implacáveis e mortais através de seus atos e de seus inimigos, que vem a ser um pequeno grupo de pessoas distribuídas por alguns lugares do mundo que se unem para fazer frente às deusas em forma de Resistência e que agindo na surdina, conseguem reunir provas sobre a identidade de cada uma, e, dessa maneira, ficamos a par sobre a origem, etnia, cultura e até mesmo de qual época mitológica cada uma delas pertence.

O grupo resistente se denomina como Speranza e, embora contem com pouquíssimos membros, eles conseguem descobrir e ligar as cinco deusas da morte a toda destruição e aniquilamento que a Terra e os seres humanos estão enfrentando.


"As lágrimas, contidas com muito custo, ameaçavam cair com força, quando compreendeu que provavelmente estava só e a extensão do que isso significava."


De posse de documentos tão importantes e igualmente perigosos para a sobrevivência de cada integrante do grupo será que a Speranza conseguirá revelar a cruel verdade por trás das poderosas e mortais líderes da Confederação Global?





[- Minhas Impressões -]


Deusas da Morte é um livro curto, mas de uma intensidade e impacto extraordinários. A autora Ellen Reys usa e abusa de sua escrita forte e precisa para envolver o leitor de forma completa e visceral. É impossível não se surpreender com os capítulos, que intercalam passado e presente e nos leva a conhecer a história de cinco deusas e os motivos que fizeram com que elas se tornassem seres tão cruéis, vingativos e inclementes. 

O livro é dividido em cinco partes, uma para cada deusa e não perde tempo com enrolação, muito pelo o contrário. Da primeira até a última página, a história se desenrola de maneira ágil e muito fluída com acontecimentos e revelações que prendem totalmente a atenção do leitor, ainda que muitos desses acontecimentos sejam violentos e as descrições dos mesmos sejam bem realistas, por isso eu gostei e curti à beça a leitura. 

A história é cheia de detalhes e a autora pontuou cada um deles de forma coesa e consistente, aflorando ainda mais a curiosidade para o ponto central da trama: a revelação das identidades das deusas, culminando em um plot simplesmente incrível e sem defeitos em cima dessa revelação. Eu realmente gostei muito do livro e o que mais me chamou a atenção foi que a autora colocou como personagens principais cinco mulheres extremamente poderosas e cheias de protagonismo. 

A ganância e sede de poder que rege as cinco mulheres foi muito bem explorado pela autora, bem como o intenso trabalho de pesquisa que teve para dar veracidade e realismo a trama, assim como o cenário apocalíptico e despótico em que a mesma se passa.

Deusas da Morte é o livro ideal para quem é fã de fantasia misturada com realidade e que ao mesmo tempo aborde situações do mundo atual e a ganância do ser humano. Essa é minha primeira experiência com a escrita da Ellen e não poderia ter sido melhor, seu talento é inegável e eu estou muito impressionada com tudo o que li. Por isso eu digo: vocês precisam ler esse livro.









Livro: Deusas da Morte
Autora Parceira: Ellen Reys
Número de Páginas: 125
Amazon / Skoob

Sinopse:A terra passa um período de devastação política, social e ambiental. Cataclismos sem precedentes mudaram a geografia do planeta. Em meio ao pânico causado pela chegada do "fim do mundo", o surgimento de variantes letais do vírus que ameaça dizimar a população mundial, uma organização teocrática, presidida por cinco mulheres toma conta das maiores cidades, dando início à Confederação Global e insuflando os cidadãos a cometerem atos vis contra aqueles que ousam se opor à Nova Ordem. Cinco deusas sanguinárias e inclementes, no papel de cinco mulheres poderosas e cruéis, cuja sede de poder não vê obstáculos para seguir em frente, ainda que o resultado seja morte e destruição. Fique atento, o caos total pode estar mais próximo do que você imagina.




Resenha - Mulheres que correm com os lobos





O livro mulheres que correm com lobos é dividido em contos clássicos que a autora reuniu para mostrar as diversas faces da mulher, os vários arquétipos de mulheres, então dentro dessas fabulas a autora que é psicanalista faz uma explicação elaborado entorno da personagem se referindo a mulher selvagem, a essência dos nossos antepassados.

Alguns dos contos que ela aborda é “La loba, a Mulher-lobo”, “O barba azul”, “ O patinho feio”, “Os sapatinhos vermelhos”, e vários outros. E todos eles trazem uma explicação minuciosa sobre as mulheres e tudo o que elas enfrentam.


“ Todas nós temos anseio pelo que é selvagem. Existem poucos antídotos aceitos por nossa cultura para esse desejo ardente. Ensinaram-nos a ter vergonha desse tipo de aspiração. Deixamos crescer o cabelo e o usamos para esconder nossos sentimentos. No entanto, o espectro da mulher selvagem ainda nos espreita de dia e de noite. Não importa onde estejamos, a sombra que corre atrás de nós tem decididamente quatro patas. ”


Esse livro é uma bíblia para toda mulher, claro que como sendo um clássico ele tem suas dificuldades na linguagem e na sua interpretação, precisando muitas vezes refazer a leitura. Uma leitura que deveria estar nas escolas, nas cabeceiras de mães e avós. Cada conto traz uma maneira diferente de como a mulher é tratada desde os primórdios. E até hoje a luta é árdua para conquistar o espaço e os direitos que é são das mulheres.

A parte em que eu mais gostei do elaborado da autora é quando ela fala da relação da mulher com o próprio corpo, como nós maltratamos e rejeitamos a nós mesmo, a nossa natureza, pois quando fazemos isso estamos rejeitando a nossa própria ancestralidade, já que nossa genética é herdada de nossa mãe e nossa avó.


“As histórias em que as mulheres são retratadas como belas, recatadas e do lar foram construídas, e o livro nos mostra, através de mitos e contos da cultura oral de diversas partes do mundo, que nem sempre foi assim”.


A leitura é intensa e cheia de reflexões para levarmos para a vida, eu já estou pronta para fazer a releitura, pois acredito que tenho muito o que entender ainda do livro, pois a autora também usa de metáforas para nos mostrar a teoria por traz de cada ação.

A metáfora da mulher como uma loba, animal não domesticável, foi feita pela autora para resgatar a ancestralidade da mulher e explicitar como a intuição e criatividade foram sendo soterradas pela racionalidade e cerceadas pelo patriarcado, que delimita nossos espaços, falas, pensamentos e lugares que podemos ocupar, nos limitando, nos prendendo onde bem entendem.

Esse livro também nos encoraja e nos ajuda a incluir as perdas, os medos e as mortes na vida e na nossa própria narrativa, para quem sabe podermos um dia ressignifica-la e vivê-la de maneira mais criativa, sendo autoras contando outras versões de nossa própria história e permitir uma liberdade que a muito já nos foi tirada.

É um livro que eu não consegui ler como costumo normalmente, que é ler rapidamente. Eu li capitulo a capitulo refletindo com calma, e tentei entender o máximo do que a autora queria me ensinar, reencontrar a própria essência é uma jornada lenta e que cada processo deve ser saboreado, desfrutado e claro aproveitado ao máximo. Esse livro deveria ser de cabeceira de toda mulher!

O livro nos ensina a nos encarar, a nos amar e respeitar nossas ancestrais, somos todas diferentes tanto fisicamente quanto mentalmente, e isso está tudo bem, assim como temos diversas personalidades dentro de nós mesmas, e também esta tudo bem. Sabe aquela voz interior que diz que algo está errado, que o que você está vivendo não é a sua vida, não é o seu melhor? Ouça, pois, é sua mulher interior te alertando te mostrando que você precisa mudar para então se enxergar e se respeitar. É seu eu interior manifestando a mulher selvagem que existe dentro de ti.









Livro: Mulheres que correm com os lobos
Cortesia: Editora Rocco
Número de Páginas: 575

Sinopse:Você trocaria o paraíso pela verdade? Na Amazônia do século XXII, milhões de pessoas vivem em complexos urbanos espalhados pela floresta. A descoberta de um medicamento milagroso trouxe uma era duradoura de prosperidade para a região, mas poucos sabem que há um grande preço a pagar por essa sociedade aparentemente perfeita. Cumpra seus deveres, não faça perguntas, receba suas recompensas. Ana e Jonas, dois jovens com passados muito diferentes, são uns dos poucos que sabem que esse equilíbrio está por um fio. As reservas de Vitória-régia Azul, a planta que atraiu os olhares do mundo todo para a floresta, são cada vez mais escassas, mas existe um meio de aumentar a produção... O único problema é que as instruções para o cultivo, escondidas no meio da Amazônia por uma cientista brilhante há muito desaparecida, podem ter caído nas mãos erradas. Nesta aventura, Ana e Jonas são os escolhidos para recuperar as informações que podem evitar uma catástrofe.



Escrito pela colaboradora Joseli Medeiros


Resenha - Amazônia 22 - Uma Distopia nos Trópicos



Uma sociedade baseada em um governo que diz que precisa de ordem e disciplina para funcionar, que todos devem pensar primeiro no interesse da sociedade. E qualquer ameaça a sociedade deve ser eliminada imediatamente.

Em uma era onde tudo estava doente e que graças a descoberta da Vitória-régia azul conseguiram salvar a humanidade de doenças, agora o Brasil é dividido em complexos, e na Amazônia o complexo 68° era o maior, criado para conter a devastação da floresta.

Ana é filha de Augusto o mais novo eleito gestor do complexo, e junto com seu pai ela tinha regalias que muitos não podiam apreciar, e mesmo assim ela não estava contente, com sua inteligência ela sempre achou maneiras de furar a segurança do complexo e andar livremente. Ela tem como seu único amigo Felipe, que também é primo do rapaz que ela mais odeia, Diogo.
 

Jonas é um jovem órfão que já tinha aceitado o destino dele e do irmão mais novo Danilo, que eles seriam aqueles que limparam e organizariam o complexos para as pessoas que tiveram mais sorte e nasceram em famílias estruturadas. Mas tudo muda quando o auto conselheiro Valeriano o chama e diz que ele foi promovido, assim ele e o irmão passariam para os andares superiores, frequentaria as melhores turmas de estudo, e claro uma alimentação mais digna. E garantia de um lugar melhor para dormir.
 


[- Minhas Impressões -]

Esse livro é incrível e mereceu com todas as honras ter sido finalista do prêmio Geek 2021, a estrutura que o autor criou mostrou algo original e inovador, algo que aprecio muito nos livros e principalmente nas distopias. A escrita é jovial e fluída.
 

O que eu mais gostei é a construção das intrigas e mistério. Jonas mesmo tendo o extinto de guerreiro, por anos sendo mantido na organização de uma sociedade totalitária acabou desenvolvendo o medo de agir, e acreditando que para a segurança dele era melhor ficar na dele e quieto.
 

Ana é inquieta, mas também acredita muito no que o governo faz e que é o único que ela conhece seja a melhor opção, e aceita a verdade deles como a única. Mesmo que a forma como Jonas é tratado pelos colegas a incomode ela não faz nada para impedir.
 

Mas tudo muda quando em uma conversa entre Ana e Jonas, Diogo inimigo de Ana se mete e acabam rolando uma troca de socos entre os meninos, e no meio da confusão eles são levados para a sala do conselheiro, para serem punidos. Lá os três recebem uma missão, com a intensão de terem suas fichas limpas, Ana não queria manchar a imagem do pai, Diogo precisava de uma ficha perfeita para ser aceito no exército como o seu pai e Jonas não queria ser rebaixado para a escória da sociedade novamente.

E assim eles partem para uma missão dentro da Mata Atlântica para procurar por documentos que estão com rebeldes, documentos esses que contém uma fórmula secreta para eles continuarem evoluindo e sobrevivendo. Eles sendo jovens usariam a desculpa de uma excursão escolar para se infiltrar como espiões.

É claro que uma coisa dessas só poderia dar errado né, já na viajem Felipe melhor amigo de Ana se alto coloca na missão, e ele mesmo tendo ido por livre espontânea vontade, está sempre incrédulo e fazendo de tudo para atrapalhar a missão.

Ele estraga os alimentos e provisões que deveriam durar dias, ele modifica o GPS fazendo eles se perderem, e até é suspeito de tentar matar Jonas, depois que o mesmo salvou a vida de Felipe. Ele é um pé no saco na verdade.

Os quatro jovens e uma instrutora que fala menos do que sabe vão viver uma aventura atrás da outra e no meio de tudo isso segredos são revelados, intrigas fazem eles se odiarem ainda mais. E Jonas é um cordeirinho no meio de lobos, porque ele é o único que não tem valor vivo caso eles sejam pegos pelos rebeldes.

Um mistério faz eles duvidarem da própria missão, ao mesmo tempo que fazem eles duvidarem de si mesmos. Todos têm seus segredos e angústias, e muitas vezes é o gatilho que eles precisam para agir. Lutando pela sobrevivência eles vão descobri que estão no meio de uma briga entre o governo totalitário, os rebeldes  e contrabandistas perversos.
 

A história toda é hilária, o final é de tirar o fôlego de qualquer um, a missão deles está fadada ao fracasso desde o início. Eles vão ter de lidar com inimigos dentro do próprio grupo. E as escolhas deles será o que vai definir o caminho de cada um.
 

E claro que agora eu preciso da continuação né, já que a aventura e a luta desses jovens está só começando. E a evolução deles é demasiada angustiante, já que nós como leitores estamos percebendo as armações por trás das intenções. A vontade de entrar no livro é grande. Um livro recomendadíssimo.












Livro: Amazônia 22 Uma Distopia nos Trópicos
Autor Parceiro: Eduardo MC
Número de Páginas: 294

Sinopse:Você trocaria o paraíso pela verdade? Na Amazônia do século XXII, milhões de pessoas vivem em complexos urbanos espalhados pela floresta. A descoberta de um medicamento milagroso trouxe uma era duradoura de prosperidade para a região, mas poucos sabem que há um grande preço a pagar por essa sociedade aparentemente perfeita. Cumpra seus deveres, não faça perguntas, receba suas recompensas. Ana e Jonas, dois jovens com passados muito diferentes, são uns dos poucos que sabem que esse equilíbrio está por um fio. As reservas de Vitória-régia Azul, a planta que atraiu os olhares do mundo todo para a floresta, são cada vez mais escassas, mas existe um meio de aumentar a produção... O único problema é que as instruções para o cultivo, escondidas no meio da Amazônia por uma cientista brilhante há muito desaparecida, podem ter caído nas mãos erradas. Nesta aventura, Ana e Jonas são os escolhidos para recuperar as informações que podem evitar uma catástrofe.



Escrito pela colaboradora Joseli Medeiros

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