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20 julho 2022

Resenha - Realeza Americana

 


Realeza americana é um livro de romance que traz a junção da atualidade e da monarquia americana, Beatrice será a primeira rainha dos Estados Unidos, e com isso os seus pais a criaram com todo o esmero que uma rainha precisa para encarar o trono, só que o momento mais esperado chega antes que ela possa estar realmente preparada, pois para assumir o cargo de rainha ela precisa escolher em um tempo curto o primeiro rei consorte dos Estados Unidos. O que faz seus sentimentos entrar em conflitos angustiantes.

Beatrice tem dois irmãos gêmeos, Samantha e Jefferson, eles como não têm o mesmo compromisso que a irmã mais velha, eles são mais espontâneos e encrenqueiros, Samantha não liga para opinião das mídias sociais, aprendeu a muito tempo ignorar as críticas maldosas, até porque ela conta com uma importante amizade com Nina, uma garota simples e que almeja muito para o seu futuro, por isso estuda muito, e esconde sua amizade com a princesa e o príncipe dos EUA, pois ela não quer notoriedade, mesmo que uma de suas mães trabalhe para a realeza.

O príncipe é amado pelo país, e claro todas as garotas querem que ele as note, mas a primeira que consegue fisgar o coração do jovem príncipe é Daphne, uma garota que treinou a vida toda para ser princesa, e segue todos os passos da futura rainha para alcançar os seus objetivos. Ela só não contava que o príncipe a trairia e se apaixonaria por uma garota simples e que jamais ela cogitou ser uma concorrente.

Esses três filhos da realeza terão de lidar com a pressão que seus títulos carregam, e muitas das vezes o coração terá de ficar de lado, o amor nem sempre será a primeira opção. Eles são jovens e ainda tentam de maneiras conturbadas driblar as suas responsabilidades. Então fatores externos e internos não estão do lado deles.




Eu adorei esse livro, uma escrita viciante e criativa, onde a autora consegue trabalhar bem todas as personalidades, mesmo que Beatrice seja a personagem principal a princípio, ela consegue entregar os outros personagens com maestria. A rainha precisa escolher seu futuro marido, a pressão dos seus pais está alta e ela acaba se apaixonando pelo seu guarda costas, um homem que a conhece e a protege com a própria vida, mas ele não poderia ser seu rei consorte.
 

E por ironia do destino da lista de pretendentes escolhidos pelo seu pai, o único que ela não odiou, pelo contrário parecia ser o único a entender a situação da princesa é Theodore Eaton, que no baile em que a Beatrice teria de conhecer e escolher um futuro rei e marido, ele estava aos beijos com a princesa Samantha na sala dos chapéus.

A princesa mais jovem se sente excluída por ser a segunda na linha de sucessão, pois ela não se achava importante para ninguém e sentia falta de passar mais tempo com seu pai, e claro que sente inveja da irmã já que ela é toda perfeita. Sua personalidade é forte e intuitiva e não tem medo de deixar sua opinião clara, e tem o senso crítico essencial que só depois de uma boa conversa com seu pai ela entenderá seu verdadeiro papel na realeza. Também ela até que tenta resistir a paixão pelo noivo de sua irmã, mas ela não entende porque os preparativos dessa união estão tão apressados o que faz ela acusar Beatrice de roubar seu pretendente, quando poderia ter qualquer um.

Já o príncipe está apaixonado por Nina, sua melhor amiga e também a melhor amiga de Samantha, mas Nina não quer assumir o namoro pois tem medo da pressão da mídia, e sabia que ela não seria aceita como Daphne a ex do príncipe, ela não se acha boa o suficiente, mesmo ela amando o príncipe e tendo que encarar.
 

E também as responsabilidades que vem junto com o título do namorado pode ser mais pesado do que ela imaginava. E claro que ela estando no caminho de Daphne não ajuda muito já que a ex não aceita o fim do namoro e fará de tudo para estar com o príncipe, mesmo que isso custe sua própria personalidade e um amor verdadeiro.

Esse é o primeiro livro e trouxe a apresentação dos personagens e seus conflitos. A narrativa é feita por diversos personagens, o que nos dá um vislumbre melhor da história, e também conhecemos o íntimo de cada personagem, suas artimanhas e suas batalhas internas para se adequar ao momento e a vida de responsabilidades que eles têm pela frente, afinal a juventude ficará para trás e a realeza cobrará seu preço.

É uma história envolvente, daquelas que te deixa em cada capitulo o gostinho de quero mais, e o final deixou um conflito que irá tirar a paz dos leitores. Beatrice tem uma escolha importante a fazer e talvez ela tenha entendido a mensagem do pai errado. E Nina precisará ser mais decidida se quiser lutar pelo seu príncipe, mesmo que Daphne seja a namorada preferida do país e ela é quem ama de verdade o príncipe Jefferson. As intrigas e as armações por trás das amizades vai construir o caminho da realeza americana.









Livro: Realeza Americana
Autor Parceiro: 
Número de Páginas: 

Sinopse: Uma coroa prestes a mudar de mãos. Duas garotas disputando o coração de um príncipe. Esta é a história da realeza americana.

Quando os Estados Unidos venceram a Guerra de Independência contra a Inglaterra, o povo ofereceu uma coroa ao general George Washington. Dois séculos e meio depois, a Casa de Washington permanece no trono.

Mas eles não são como as outras famílias reais. Como uma personificação dos Estados Unidos, os Washington são lindos, incrivelmente famosos e o coração da corte mais gloriosa do mundo.

Mas, por trás dos salões de baile reluzentes, vestidos elegantes e figuras públicas aparentemente perfeitas, escondem-se romances proibidos e segredos escandalosos. A geração mais jovem da nobreza precisa navegar de forma eficiente (embora nem sempre discreta) por fofocas, dramas e a vigilância constante da mídia, do povo e de suas próprias famílias.

A autora best-seller do New York Times Katharine McGee imagina uma versão alternativa do mundo moderno, na qual a era brilhante das monarquias ainda não se desvaneceu – e o amor ainda é poderoso o suficiente para mudar o curso da história.


Escrito pela colaboradora Joseli Medeiros


04 julho 2022

Resenha - Mulheres que correm com os lobos





O livro mulheres que correm com lobos é dividido em contos clássicos que a autora reuniu para mostrar as diversas faces da mulher, os vários arquétipos de mulheres, então dentro dessas fabulas a autora que é psicanalista faz uma explicação elaborado entorno da personagem se referindo a mulher selvagem, a essência dos nossos antepassados.

Alguns dos contos que ela aborda é “La loba, a Mulher-lobo”, “O barba azul”, “ O patinho feio”, “Os sapatinhos vermelhos”, e vários outros. E todos eles trazem uma explicação minuciosa sobre as mulheres e tudo o que elas enfrentam.


“ Todas nós temos anseio pelo que é selvagem. Existem poucos antídotos aceitos por nossa cultura para esse desejo ardente. Ensinaram-nos a ter vergonha desse tipo de aspiração. Deixamos crescer o cabelo e o usamos para esconder nossos sentimentos. No entanto, o espectro da mulher selvagem ainda nos espreita de dia e de noite. Não importa onde estejamos, a sombra que corre atrás de nós tem decididamente quatro patas. ”


Esse livro é uma bíblia para toda mulher, claro que como sendo um clássico ele tem suas dificuldades na linguagem e na sua interpretação, precisando muitas vezes refazer a leitura. Uma leitura que deveria estar nas escolas, nas cabeceiras de mães e avós. Cada conto traz uma maneira diferente de como a mulher é tratada desde os primórdios. E até hoje a luta é árdua para conquistar o espaço e os direitos que é são das mulheres.

A parte em que eu mais gostei do elaborado da autora é quando ela fala da relação da mulher com o próprio corpo, como nós maltratamos e rejeitamos a nós mesmo, a nossa natureza, pois quando fazemos isso estamos rejeitando a nossa própria ancestralidade, já que nossa genética é herdada de nossa mãe e nossa avó.


“As histórias em que as mulheres são retratadas como belas, recatadas e do lar foram construídas, e o livro nos mostra, através de mitos e contos da cultura oral de diversas partes do mundo, que nem sempre foi assim”.


A leitura é intensa e cheia de reflexões para levarmos para a vida, eu já estou pronta para fazer a releitura, pois acredito que tenho muito o que entender ainda do livro, pois a autora também usa de metáforas para nos mostrar a teoria por traz de cada ação.

A metáfora da mulher como uma loba, animal não domesticável, foi feita pela autora para resgatar a ancestralidade da mulher e explicitar como a intuição e criatividade foram sendo soterradas pela racionalidade e cerceadas pelo patriarcado, que delimita nossos espaços, falas, pensamentos e lugares que podemos ocupar, nos limitando, nos prendendo onde bem entendem.

Esse livro também nos encoraja e nos ajuda a incluir as perdas, os medos e as mortes na vida e na nossa própria narrativa, para quem sabe podermos um dia ressignifica-la e vivê-la de maneira mais criativa, sendo autoras contando outras versões de nossa própria história e permitir uma liberdade que a muito já nos foi tirada.

É um livro que eu não consegui ler como costumo normalmente, que é ler rapidamente. Eu li capitulo a capitulo refletindo com calma, e tentei entender o máximo do que a autora queria me ensinar, reencontrar a própria essência é uma jornada lenta e que cada processo deve ser saboreado, desfrutado e claro aproveitado ao máximo. Esse livro deveria ser de cabeceira de toda mulher!

O livro nos ensina a nos encarar, a nos amar e respeitar nossas ancestrais, somos todas diferentes tanto fisicamente quanto mentalmente, e isso está tudo bem, assim como temos diversas personalidades dentro de nós mesmas, e também esta tudo bem. Sabe aquela voz interior que diz que algo está errado, que o que você está vivendo não é a sua vida, não é o seu melhor? Ouça, pois, é sua mulher interior te alertando te mostrando que você precisa mudar para então se enxergar e se respeitar. É seu eu interior manifestando a mulher selvagem que existe dentro de ti.









Livro: Mulheres que correm com os lobos
Cortesia: Editora Rocco
Número de Páginas: 575

Sinopse:Você trocaria o paraíso pela verdade? Na Amazônia do século XXII, milhões de pessoas vivem em complexos urbanos espalhados pela floresta. A descoberta de um medicamento milagroso trouxe uma era duradoura de prosperidade para a região, mas poucos sabem que há um grande preço a pagar por essa sociedade aparentemente perfeita. Cumpra seus deveres, não faça perguntas, receba suas recompensas. Ana e Jonas, dois jovens com passados muito diferentes, são uns dos poucos que sabem que esse equilíbrio está por um fio. As reservas de Vitória-régia Azul, a planta que atraiu os olhares do mundo todo para a floresta, são cada vez mais escassas, mas existe um meio de aumentar a produção... O único problema é que as instruções para o cultivo, escondidas no meio da Amazônia por uma cientista brilhante há muito desaparecida, podem ter caído nas mãos erradas. Nesta aventura, Ana e Jonas são os escolhidos para recuperar as informações que podem evitar uma catástrofe.



Escrito pela colaboradora Joseli Medeiros


30 maio 2022

Resenha - A Vítima Perfeita



A vítima perfeita tem como protagonista Naomi Jenkins, uma escultora de relógios de sol e sua história sofre uma reviravolta e tanto quando Robert, seu amante, desaparece misteriosamente e ela acaba quebrando a promessa que tinha feito a ele de manter distância de sua casa e jamais procurá-lo. Mas como está muito preocupada e sem saber o que fazer, ela vai até sua casa e fica parada bem em frente, olhando. O caminhão de Robert está estacionado rente ao meio fio e com isso, Naomi tem certeza de que tem algo muito errado acontecendo. Robert não é de faltar aos encontros e sempre que não pode ir, dá um jeito de avisá-la. Eles têm se encontrado regularmente há um ano, sempre no mesmo dia da semana, às quintas-feiras e no mesmo quarto de hotel. 

O relacionamento é sólido, ainda que sua melhor amiga insista em dizer que Robert não é flor que se cheire, Naomi teme que algo de muito ruim tenha acontecido a ele, e quando fica cara a cara com Juliet, a esposa traída, e a mesma lhe revela que fez um favor para ambas, Naomi se desespera, pois sua fala confirma que ela sabe quem é a mulher que está em sua casa procurando por seu marido. Contudo, o que mais deixa Naomi chocada é o que Juliet lhe diz e ela decide ir direto procurar a polícia e contar suas suspeitas.

A sargento-detetive Charlie Zailer e o parceiro, Simon, ficam encarregados do caso, mas não acreditam muito na versão que Naomi conta a eles e não levam o caso muito a sério. Para eles, Robert se cansou da amante e resolveu colocar um ponto final na relação, sem maiores explicações. Simples assim. Desesperada e sem alternativa, Naomi acaba inventando para os policiais que Robert e ela nunca foram amantes e que ele, na verdade, a estuprou. De forma detalhada, ela conta como tudo aconteceu, como Robert a sequestrou há alguns anos, a manteve presa, a estuprou e como ela o reconheceu.

"Eu deveria saber: o sofrimento nunca cessa. É uma corrida interminável -- a linha branca na reta de chegada se dissolve em pó e é espalhada quando me aproximo, e enquanto desaparece eu vislumbro uma nova linha a distância. E então corro na direção dessa, ofegando para salvar a vida, e a mesma coisa acontece. Uma espera chega ao fim, e outra começa. É isso que está me desgastando mais que a falta de sono. Sinto como se houvesse um animal preso dentro de mim, lutando para escapar, sacudindo para frente e para trás. Se pelo menos conseguisse descobrir um modo de ficar imóvel dentro da minha cabeça, não me importaria de passar a noite toda acordada."

A detetive Charlie não está convencida do seu relato e não consegue acreditar que Naomi esteja dizendo a verdade, mas quando as informações dadas por ela batem com os dados encontrados de outras vítimas e fica claro a semelhança entre os casos, os detetives se deparam com um estuprador em série e Simon faz uma descoberta surpreendente quando revista a casa em que Robert vive com a esposa. A partir desse momento, peças importantes do quebra-cabeça começam a surgir, todavia, o que era para ser um caso simples revela-se um caso bizarro e completamente imprevisível em que todos os envolvidos se chocarão com a verdade que será revelada, principalmente Naomi.



[- Minhas impressões -]

Assim que me deparei com o título e a capa do livro desejei lê-lo imediatamente, pois aprecio muito o gênero e a sinopse entrega uma trama cheia de suspense e reviravoltas, e isso a história teve bastante. A trama se desenrola a partir do desaparecimento de Robert e esse acontecimento dá uma movimentada e tanto a história, todavia, confesso que desconfiei de que as coisas não eram como pareciam ser e devo dizer que estava certa quanto a isso.

 O final do livro e as revelações que ele trás são realmente chocantes e assustadoras, porque a autora teceu muito bem uma intrincada teia de ligações entre os personagens e suas ações ao longo da história e a maneira como tudo é descoberto e revelado foi realmente bem impactante. Mas até que se chegue ao final, os personagens se alternam para contar a história e cada um deles mostra a importância que tem para os desdobramentos no desenrolar da trama. Sophie Hannah é responsável por criar um suspense policial intrigante e envolvente que levará o leitor a tirar conclusões precipitadas e até mesmo assertivas baseadas na maneira em que a história é conduzida.

Contudo, não se engane achando que a autora "entregou" o plot do livro de bandeja, pois isso não acontece. Muito pelo o contrário. Antes da verdade vir à tona, algumas dúvidas surgem para confundir o leitor até que tudo seja finalmente revelado.

O leitor que está mais familiarizado com o gênero e que tem o costume de ler livros policiais talvez consiga desvendar o mistério logo no começo, mas ainda assim, não é tão fácil como pode parecer. A história é bem amarrada, os personagens são bem construídos, embora alguns detalhes e sutilezas de cada um em suas ações e atitudes gerem desconfiança e dúvidas, tornando tudo mais complicado ainda. A autora aborda também um assunto extremamente difícil e delicado em sua obra: o estupro e suas consequências traumáticas. Não é uma leitura fácil quando essa parte específica do livro é narrada, precisa ser forte para ir até o fim, por isso eu já deixo aqui o meu alerta.

 Eu gostei bastante dos capítulos investigativos do livro, mas não tanto quando o foco estava sobre Naomi, a protagonista da história. Infelizmente a personagem não me cativou e eu não consegui me conectar a ela, embora tenha me solidarizado completamente com tudo o que ela enfrentou. Para mim faltou carisma para a personagem principal, mas isso em nada prejudicou a leitura e tudo fluiu muito bem. Gostei do primeiro contato que tive com a escrita da autora Sophie Hannah e espero ler muitos livros seus daqui por diante, pois ela escreve muito bem e sabe prender a atenção do leitor do começo ao fim.









Livro: A Vítima Perfeita
Cortesia: : Editora Rocco
Número de Páginas: 422

Naomi sabe como descrever em detalhes os atos de um psicopata. Ela só precisa se valer de seu passado traumático. Toda semana, Naomi Jenkins se dirige às escondidas para um hotel barato onde se encontra com Robert Hawort, um homem cassado. Quando ele falta ao compromisso, sem nenhum aviso, Naomi tem certeza de que algo estranho aconteceu ao amante. A polícia, no entanto, não está convencida disso, especialmente depois que a esposa de Robert, Juliet, garante que ele não está desaparevido. Desesperada, Naomi resolve convencê-los de que Robert é perigoso e precisa ser encontrado com urgência. Para tanto, ela revela detalhes de sua própria experiência traumática do passado. Ao constatar que a história apresenta impressionante semelhança com outros relatos de mulheres vítimas de estupros, a sargento Charlie Zailer e o inspetor Simon Waterhouse iniciam uma investigação perigosa, repleta de pistas falsas reviravoltas. Aclamada por críticos e leitores como a nova estrela do romance policial inglês, Sophie Hannah cria neste livro um thriller psicológico sofisticado, com um enredo surpreendente que explora a natureza obsessiva do amor e do ódio e faz revelações chocantes sobre a psicologia humana.


09 maio 2022

Resenha - Sem Amor




"Quanto mais ela vai ter que esperar pelo seu felizes para sempre?"


"Sem Amor"
é um livro que gira em torno de Georgia, a protagonista da história, seus últimos dias no ensino médio, o crush que tem por um menino há alguns anos, até que chegue a faculdade. Que é o cenário central no qual ela fará importantes descobertas sobre si mesma.

Georgia nunca teve um namorado na vida e muito menos beijou alguém, do mesmo modo, ela nunca se apaixonou, embora tenha uma queda pelo garoto da escola, seu coração nunca bateu mais forte por ninguém. Enquanto os colegas e alunos da escola tem uma paixão por semana, o mesmo não acontece com ela. Mas quando tem a oportunidade de dar seu primeiro beijo, tudo o que ela consegue sentir é nojo.

Todavia, Georgia acredita que na faculdade tudo será diferente e que ela encontrará um grande amor e viverá uma linda história de amor igual as que vê nos filmes e nos livros que lê, porém as coisas não acontecem da maneira que ela gostaria deixando-a cada vez mais confusa. Então ela começa a se questionar e se perguntar se gosta de garotos ou garotas.


"Eu só. Amava. O amor. Eu sabia que era brega. Só que eu não era cínica. Eu era sonhadora, talvez uma pessoa que gostava de ansiar e acreditar na mágica do amor."


As expectativas criadas sobre o primeiro amor a deixam nervosa e angustiada e sempre que se imagina beijando alguma pessoa é como se ela fosse passar mal. Ao mesmo tempo que deseja de todo o coração beijar e amar alguém, isso acaba trazendo sofrimento e frustração para ela. Mas na faculdade, Georgia faz novas amizades e conhece novas pessoas, entre elas Rooney, sua colega de quarto muito extrovertida E é com sua ajuda que Georgia coloca um plano em ação que acaba por separá-la de seus melhores amigos desde a infância, Pip e Jason, que estão em uma faculdade diferente da dela.

Então sem os melhores amigos e sem amor, Georgia faz uma descoberta importantíssima com a ajuda de um novo amigo que lhe apresenta alguns termos e conceitos, tais quais - assexualidade e arromanticidade - dos quais ela nunca ouviu falar, mas que se encaixam perfeitamente na forma como ela se sente e que melhor lhe representam.

A amizade com Rooney faz com que ela aprenda e identifique as diferenças que existe entre amor, sexo e paixão e o quanto isso pode causar alegrias, satisfação e tristezas na vida das pessoas, visto que a própria Rooney vive tendo relacionamentos assim. Com as suas descobertas, Georgia compreende mais de si mesma e passa a se aceitar como é, o que acaba lhe trazendo grande conforto e tranquilidade, mas não sem antes sofrer com todas as dúvidas e inseguranças por não se encaixar entre as pessoas sexuais e românticas.



[- Minhas impressões -]

Esse é o meu primeiro contato com a escrita da autora Alice Oseman e confesso que não gostei muito. A leitura para mim foi bem sofrível, mas não porque o livro seja ruim, pois ele não é. Acredito que eu não tenha me conectado com a história e muito menos com a personagem da Georgia que, diga-se de passagem, é bem chatinha. questões como Arromance e Assexual foram muito bem abordadas pela autora e ficou nítido a importância de livros que tenham esse tipo de tema como foco central da história. Afinal, milhares de jovens pelo mundo afora passaram e irão passar pelo o que a Georgia passou, por isso é extremamente importante a discussão e relevância de histórias e personagens como ela. Contudo, sendo ela a personagem principal, sinto dizer, mas faltou carisma. Coisa que os seus melhores amigos, Pip e Jason tiveram de sobra e, tratando-se de personagens secundários, isso prejudicou e muito aqui a personagem principal.

Em contrapartida, a amizade dos três amigos foi o que mais gostei no livro, me emocionei em alguns momentos e senti um pouco de raiva da Georgia por algumas atitudes que não foram nada legais que ela teve em relação aos amigos. Achei que foi bem insensível da parte dela, mesmo que tenha sido sem querer.


"Sem Amor" é um livro que ajuda a pessoa a se compreender e se aceitar como é. Mas no livro irá passar uma mensagem muito importante de que ser assexual e arromântica não é sinônimo de ser uma pessoa sem sentimentos e sem amor, muito pelo o contrário. Pessoas assexuais e arromânticas amam suas famílias, amigos e animais, e conseguem viver muito bem com isso depois que tem a compreensão exata do que tudo isso significa. Afinal, o intuito do livro é fazer com que o leitor entenda os conceitos da pessoa assexual e arromântica e que se identifique se for esse o caso. O que eu percebi e que ficou muito claro para mim enquanto lia foi a sensibilidade e o comprometimento que a autora teve o tempo todo ao contar a história da Georgia, foi algo que me tocou bastante.
 
Apesar de ser um livro de 480 páginas, a leitura é bem fluída e os capítulos são curtos, o que acaba agilizando bastante o desenvolvimento e andamento da história.






Livro: Sem Amor
Autor: Alice Oseman 
Cortesia: Editora Rocco
Número de Páginas: 480
Amazon / Skoob

Georgia nunca se apaixonou, nunca beijou ninguém, nunca nem teve um crush. Mas, como uma eterna romântica obcecada por fanfics, ela tem certeza de que vai encontrar sua pessoa um dia. É isso que uma sociedade obcecada por paixão e sexo lhe ensinou. Quando começa a universidade com seus melhores amigos, Pip e Jason, em uma cidade diferente e bem longe de casa, Georgia está pronta para encontrar um grande amor. Com a ajuda de Rooney - sua colega de quarto extrovertida que vivew tendo relações casuais e parece não ter problema nenhum com isso - e uma vaga para atuar no grupo de teatro, seu sonho adolescente nunca pareceu tão próximo. O problema é que, quando seu plano romântico causa uma enorme rixa entre seus amigos, Georgia acaba em uma comédia de erros digna de Shakespeare e começa a questionar como o amor pode parecer tão fácil para outras pessoas, mas tão impossível para ela. É aí que um novo amigo lhe apresenta alguns termos e conceitos - assexualidade, arromanticidade - dos quais ela nunca ouviu falar, mas que parecem representá-la como Georgia jamais imaginou. De repente, ela se sente mais insegura do que nunca sobre seus sentimentos. Será que está mesmo destinada a permanecer sem amor? Ou será que só estava procurando a coisa errada esse tempo todo? Quanto mais ela vai ter que esperar pelo seu felizes para sempre?




18 abril 2022

Resenha - Jack e o Porquinho de Natal



Jack tem um porquinho de pelúcia rosa que está com ele há muito tempo e que é carinhosamente chamado de O Poto. Seu inseparável OP, como ficou conhecido está junto a Jack em todos os momentos de sua vida, sejam eles bons ou maus e o conhece e compreende como ninguém. Mas tudo muda na véspera de Natal quando Jack e OP se perdem um do outro, para o completo desespero do menino.

Por outro lado, os pais de Jack se separaram quando ele era ainda bem pequeno e, algum tempo depois, sua mãe encontrou um novo amor. O namorado de sua mãe tem uma filha, que para sua total surpresa e alegria vem a ser Holly, sua colega da escola. Mas a menina mudou, não é mais aquela pessoa legal e carinhosa de antes e por isso, Jack acaba enfrentando algumas dificuldades de relacionamento com a agora meia-irmã.


"Jack não acreditava que Holly realmente estivesse enjoada. Ela só queria ser chata. Estava estragando a véspera de Natal e provavelmente ia estragar o dia de Natal também, esbravejando com Jack e se fazendo de centro das atenções. Em silêncio, ela continuou a provocar Jack com a cara de bebê. O bolo de raiva na barriga de Jack, já duro e apertado, de repente ficou em brasa."

 
Holly não está feliz com o namoro do pai e sempre que pode, implica com Jack, por não querer ter um irmão mais novo e muito menos uma madrasta. A garota faz da sua vida um verdadeiro inferno e o provoca de todas as maneiras possíveis e acaba sendo a responsável pelo desaparecimento de OP após discutir outra vez com Jack, deixando o garoto completamente arrasado com a perda de seu único e fiel amigo.

Então a menina sente-se tão mal com sua atitude que acaba se arrependendo de todas as coisas ruins que fez e falou para Jack, mas de nada adianta, pois seu arrependimento não irá trazer OP de volta e ambos sabem disso.

Então ele ganha um novo brinquedo do pai de Holly, o Porquinho de Natal, mas ele não está nem um pouco satisfeito com a substituição de seu melhor amigo OP, mas por outro lado é este novo porquinho o responsável por elaborar um plano de resgate a OP. Esse porquinho ganha vida e diz a Jack que pode ajuda-lo a recuperar o seu melhor amigo, porém eles precisam estar de volta antes que a véspera se torne o dia de Natal.

Juntos, Jack e o Porquinho de Natal embarcam na maior e mais arriscada aventura de suas vidas em um mundo repleto de magia e criaturas incríveis, surpreendentes e assustadoras. 




[- Minhas impressões -]

Esse é o segundo livro que leio da J. K Rowling e me apaixono completamente. O primeiro foi "O Ickabog" e tem resenha dele aqui, inclusive.

Jack e o Porquinho de Natal é um livro que mistura fantasia, magia e nos faz lembrar de algumas animações infantis carregadas de amor, ensinamentos, amizade verdadeira, perdão e esperança. Toda a jornada de Jack ao lado do Porquinho e em busca de OP é permeada por descobertas que só mais para a frente irão fazer sentido para ele.

A autora usou e abusou de seus personagens, brinquedos e objetos que mostram o valor das coisas, bem como de várias críticas sociais implícitas em toda a história, ensinando a Jack o certo e o errado no decorrer de sua jornada de resgate a OP.

Jack é uma criança que está passando por dificuldades em casa, na escola e com a nova meia-irmã. É muita coisa para assimilar, digerir e aceitar, por isso, o único que pode lhe dar a segurança psicológica necessária para passar por tudo isso é OP, que lhe foi arrancado da pior maneira possível no momento em que ele mais precisou do amigo.

O livro é uma fantasia infantil que emociona justamente por contar a história de amizade e ludicidade entre uma criança e seu brinquedo preferido.

Trata-se do resgate da pureza e ingenuidade que faz parte da alma de toda criança, bem como o aprendizado de que a vida é feita de escolhas, boas ou ruins, certas e erradas, o que o leva a crescer e amadurecer ao compreender que as relações têm um fim e que precisa abrir mão de uma ou outra para que novas relações ganhem força.

Eu simplesmente amei o livro e a história que ele contou. Me emocionei bastante com a linda relação de Jack com OP e mais ainda com o final maravilhoso e lindamente escrito pela autora, que é simplesmente imbatível em suas criações.

Sua escrita é incomparável e inimitável. A maneira como ela dá vida a seus personagens e os ensinamentos que ela traz no livro é algo inexplicável, mágico e único.

J. K Rowling não decepciona com sua escrita fluída, mágica e diferenciada de tudo o que há. Ela é simplesmente imbatível! A edição está belíssima com capa dura e ilustrações que tornam a leitura ainda mais prazerosa e apaixonante.

Jack e o Porquinho de Natal é uma leitura que eu indico para todo mundo que ama a magia natalina, assim como eu. É um livro imperdível e extremamente necessário, seja você criança ou não.






Livro:  Jack e o Porquinho de Natal
Autor: JK Rowling
Cortesia: Editora Rocco
Número de Páginas: 320
Amazon / Skoob

Uma emocionante e empolgante aventura sobre o amor de uma criança pelo seu tesouro mais precioso e até onde ela está disposta a ir para encontrá-lo. Uma fábula apaixonante para toda a família, escrita por uma das maiores contadora de histórias do mundo. Um menino e o seu brinquedo estão prestes a mudar tudo... Jack tem um porquinho de pelúcia cor-de-rosa que ele chama de O Poto. OP, como ficou conhecido, está ao lado de Jack nos bons e maus momentos e compreende todos os seus sentimentos. Até que, em uma véspera de Natal, para grande tristeza do menino, OP é perdido. Jack ganha um novo brinquedo, o Porquinho de Natal, e é este substituto que vai armar um plano para que, juntos, eles embarquem em uma jornada repleta de magia em busca do que foi perdido e a fim de reencontrar o melhor amigo que Jack já teve.





15 fevereiro 2022

Resenha - Skyhunter

 


Talin é uma guerreira Foice de Mara, treinada com excelência para destruir os Fantasmas. Ao lado de um grupo de guerreiros extremamente bons no que fazem, eles tentam livrar a cidade do iminente avanço da Federação Karensa, que a cada dia está mais perto de invadir Mara e render o povo.

Muito determinada, Talin se recusa a ceder ao desespero e perder a esperança de vencer a Federação. Quando criança, ela perdeu o pai, a voz e sua casa. Tudo em uma única noite e de uma só vez. Sem casa, ela e a mãe são forçadas a buscar abrigo em Mara, um país que considera ela e seu povo repugnantes, mas é em um grupo de guerreiros Foices que Talin acaba encontrando refúgio, conforto e aceitação. E esse mesmo grupo jurou suas vidas uns aos outros, bem como impedir a vitória da Federação custe o que custar.


"É para isso que fui treinada a vida toda. Meu nome é Talin. Sou Foice de Mara, a última nação livre deste lado do oceano. Somos todos lendários portadores da morte, assassinos de monstros. E a única coisa que restou em nosso lar é a aniquilação."


A esperança de salvação surge na forma de um prisioneiro que é levado para ser executado às vistas de todos. Todavia, Talin percebe algo diferente nele e acredita estar diante de uma peça fundamental para lutar contra a Federação e vencê-la.

O prisioneiro em questão é um desertor cheio de segredos e que carrega no olhar o desejo de morrer. Mesmo aparentando vulnerabilidade, Talin sente que está diante de uma força ainda desconhecida, o que faz com que ela acabe intercedendo ao líder dos Foices para que não o mate e como castigo, o prisioneiro acaba se tornando sua responsabilidade.

Não é nada fácil para ela ser vista para cima e para baixo tendo junto a si o prisioneiro, porém, sua decisão de interceder por sua vida acaba se mostrando a melhor coisa que Talin fez, pois ela acaba descobrindo a magnitude, força e potência que se esconde por debaixo da aparente figura de prisioneiro do rapaz e acredita que ele pode ser a única esperança de vitória que eles têm.

Guerreira cheia de virtudes, Talin é considerada por todos como inferior por não ser natural de Mara e é tratada com muito preconceito, desconfiança e insultos pelo povo.

Os Foices sempre lutam em duplas e um soldado é o escudo do outro, sempre se protegendo nas lutas e combates. Talin sofre a perda de seu escudo logo no começo da história, o que a deixa completamente abalada e muito culpada, e justamente quando está passando pelo luto que ela se depara com Red, o prisioneiro prestes a ser executado. Ao interceder por sua vida, ele acaba se tornando o seu escudo e vice-versa.

O grupo de guerreiros Foices é composto por Adena e Jeran que são o escudo um do outro e junto com Talin eles são os melhores guerreiros de Mara e estão sempre juntos.

Talin e Red desenvolvem uma relação de amizade que dissipa qualquer dúvida de que eles venham a se envolver romanticamente ao longo da história. A amizade deles é construída passo a passo e chega ao ponto de um ser capaz de fazer qualquer coisa pelo outro, até mesmo morrer, mas o livro não envereda por esse caminho. Contudo, por se tratar de uma série, nada impede que a história siga por esse caminho em um próximo livro.

A trama de Skyhunter acontece em um mundo cheio de guerra, invasões, embates e a necessidade de domínio do mais forte sobre os mais fracos e em muito a história se assemelha com as várias situações que o nosso mundo viveu e vive ainda hoje.




[- Minha impressões -]

Logo que a história tem início já dá para perceber o potencial do enredo e dos personagens. Um mundo caótico, personagens fortes, corajosos e destemidos, um povo sofrido e subjugado por um líder tirânico e cruel. Desde que o mundo é mundo a gente já se deparou com situações como essa nos livros de História, jornais e programas de TV.

O livro traz uma temática de comunicação bastante interessante por parte da protagonista Talin, que ao perder a voz comunica-se através de sinais com os amigos e com a mãe. Isso acaba gerando uma representatividade para as pessoas surdas ou com baixa audição, bem como para o núcleo LGBT, que é representado por Jeran e o Prima-lâmina, líder dos Foices. Pode-se dizer que o romance fica por parte dos dois, ainda que seja de maneira bem sutil, já que eles não são um casal de fato.

Talin tem uma relação tão bonita e forte com a mãe que é impossível não se comover e se emocionar com as duas sempre que estão juntas. Assim também é com Jeran e Adena, e mais tarde Red. Eles são um grupo realmente muito amigo, unido e fiel.

A história é cheia de ação, luta, sofrimento e amizade e é narrada por Talin de maneira emocionante e ritmada envolvendo completamente o leitor.

O título e a capa de Skyhunter são explicados antes que a história chegue na metade, dessa forma o leitor tem conhecimento do significado de ambos e de que maneira isso faz total sentido na mesma. São mais 400 páginas de uma história muito bem escrita que aborda preconceito, racismo, diferenças sociais em um mundo distópico e com uma pegada a lá Jogos Vorazes e Divergente.

Os momentos de embate entre os Foices e os Fantasmas é algo que eleva a história e prende completamente a atenção do leitor. A autora possui uma escrita bastante fluída, sagaz e surpreendente e ela usa e abusa da facilidade que tem para escrever sobre os sentimentos e emoções humanas.

Essa foi a primeira vez que li algo da Marie Lu e foi uma experiência muito prazerosa e satisfatória para mim. Espero que seja a primeira de muitas que virão. 

Finalizei a leitura cheia de vontade de saber o que vai acontecer com os personagens no próximo livro e, principalmente com Talin e Red e mal posso esperar pela continuação.

Que venha logo!








Livro: Skyhunter
Autora: Marie Lu
Cortesia: Editora Rocco 
Número de Páginas: 421
Amazon / Skoob

Em um mundo destruído pela guerra, um time de jovens guerreiros está disposto a sacrificar tudo para salvar aquilo que amam.

A Federação Karensa conseguiu conquistar todos os países, deixando Mara com a última nação livre do mundo. Refugiados escaparam para suas fronteiras tentando fugir de um destino pior do que a morte: serem transformados em uma arma de guerra mutante monstruosa, conhecida como Fantasma -- após a transformação, eles são enviados para atacar seus inimigos.

Os lendários Foices, guerreiros de elite de Mara, são treinados especialmente para destruí-los. Mas a derrota parece inevitável à medida que o número de Fantasmas cresce e a Federação avança.

Mesmo assim, uma Foice se recusa a perder a esperança.

Depois de ter sua voz e sua casa tiradas dela, Talin Kanami conhece de perto a brutalidade da Federação. A crueldade obrigou que ela e sua mãe buscassem asilo em um país que considera seu povo repugnante.

Ela só encontra conforto em um pequeno grupo de Foices que juraram suas vidas uns aos outros e estão determinados a impedir Karensa a todo custo.

Quando um prisioneiro misterioso é trazido da frente de batalha, Talin acredita que ele é mais do que aparenta ser. Será que é um espião da Federação?

Ou seria ele a arma que pode salvá-los?



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