LEMBRANÇAS é uma distopia que nos leva a conhecer uma sociedade controlada por pílulas e tecnologia. Todos os dias as pessoas acordam e não se lembram dos seus nomes, quem são, onde estão e nem o que eles fazem todos os dias. Tudo o que eles fazem é seguir ordens de um monitor que deixa bem claro o que cada um deve fazer para que eles não sejam punidos.
“ꟷ Bom dia. Meu nome é Raul, sou seu lembrante. Seu nome é Raquel, tem 24 anos e trabalha como garçonete no restaurante Fiers.”
“ ꟷ Seu trabalho começa em 60 minutos e fica distante 20 minutos daqui. Não se atrase; já tem três advertências, mais duas, será demitida e terá que ser realocada pelo Conselho, e isso nunca é bom.”
Raquel acorda atormentada e logo começa a seguir as instruções mesmo não entendendo nada, mas quando ela vai pegar a roupa que ela havia separado, encontrou uma pílula e um bilhete, que mandava trocar pela pílula que ela receberia do governo, sem entender nada ela seguiu o conselho do bilhete e tomou o cuidado de não deixar vestígio de que não havia tomado a pílula oferecido pelo seu lembrante, e sim a pílula de um estranho.
Atordoada ela seguiu para a rua e com a ajuda de uma pulseira que estava sempre em seu braço lhe lembrando de qual o próximo passo, desesperada ela tenta conversar com o taxista, mas ele está tão perdido quanto ela.
Já no trabalho ela segue as ordens, pois não tinha tempo para pensar muito, seus colegas de trabalho estavam na mesma situação que ela, todos estavam exaustos no fim do expediente. E essa era a rotina de Raquel, mas assim que ela começou a tomar as pílulas do estranho suas memórias começaram a voltar aos poucos, o que tornavam seus dias mais difíceis de seguir sem ser descoberta, já que as vezes ela agia de modo estranho e os seus colegas tinham como dever relatar qualquer coisa estranha.
[- Minhas Impressões -]
Eu adoro distopias e todas as questões que esse gênero sempre levanta, tanto de cunho social e político, quanto questões pessoais como moral, ética e liberdade. E aqui o autor abre um leque para um universo diferente e que te deixa o livro todo apreensivo para saber como que Raquel vai se sair sendo uma intrusa dentro daquele sistema criado pelo conselho.
“ Deitada no escuro, ouvindo os passos no corredor de fora da sua morada, apavorada a cada segundo com a eminência do barulho da cadeira caindo no chão da sala, era como se voltasse para o orfanato. ”
Aos poucos ela vai se lembrando de sua verdadeira vida e o que aconteceu com o mundo, então ela acaba perdendo sono ou tendo dificuldades em se manter longe das encrencas, mas a madrugada é tão tortuosa quanto o dia, já que ela acaba vendo o que acontece quando todos estão dormindo, o que causa desespero nela. O desconhecido continua a ajuda-la, mas a inquietação dela está pondo tudo em risco.
Ela entra em várias crises, as quais ela entra em dilemas consigo mesma, já que muitas vezes ela quer abrir mão de suas lembranças e da sua liberdade, voltando a tomar a pílula dada pelo governo, porque está muito cansada de tudo e apenas quer poder dormir tranquilamente. Só que uma coisa é certa, ela não quer ser marionete.
”Com o corpo todo tremendo, abraçou as pernas fortemente contra o peito e finalmente se permitiu chorar...”
O livro é uma introdução já que o autor deixa em aberto para o próximo livro. Os últimos capítulos são pura adrenalina, não larguei enquanto não cheguei na última página. Nos últimos capítulos Raquel entra em grandes problemas que fazem ela entrar em uma fuga com duas pessoas que ela mal conhece, mas que tem alguns objetivos em comum.
Através da leitura você perceberá a criatividade e a originalidade do autor, além de ter uma escrita fluida, envolvente e instigante que te deixará curioso para saber o que irá acontecer com a nossa personagem principal. Me senti impactada com a história e quero indicar muito esse livro para que vocês tenham a oportunidade de conhecer e mergulhar nessa leitura, pois vocês não irão se arrepender!
Escrito pela colaboradora Joseli Medeiros
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