Resenha - Uma Mulher na Escuridão

24 maio 2019

Título: Uma Mulher Na Escuridão
Autor: Charlie Donlea
Cortesia: Faro Editorial
Páginas: 304
Skoob 
Onde comprar: Amazon Saraiva

Ao limpar o escritório de seu pai, falecido há uma semana, a investigadora forense Rory encontra pistas e documentos ocultados da justiça que a fazem mergulhar num caso sem solução ocorrido 40 anos atrás. No verão de 1979, cinco mulheres de Chicago desapareceram. O predador, apelidado de Ladrão, não deixou nenhum corpo ou pista — até que a polícia recebeu um pacote enviado por uma mulher misteriosa chamada Angela Mitchell, cujas habilidades não-ortodoxas de investigação levaram à sua identidade. Mas antes que a polícia pudesse interrogá-la, Angela desapareceu. Agora, Rory descobre que o Ladrão está prestes ser posto em liberdade condicional pelo assassinato de Angela.


Rory Moore é uma investigadora forense muito inteligente. Ela apenas assume casos que ainda não tiveram solução porque, ao investigar, conecta-se com a vítima e assim consegue perceber aquilo que passa despercebido e resolver casos que pareciam sem solução.

No verão de 1979 um serial killer assombrou a cidade de Chicago. Conhecido por "O Ladrão", ele foi condenado apenas pela morte da mulher que descobriu sua identidade, mas era acusado pelo desaparecimento de outras cinco mulheres. Assim, iremos acompanhar Angela Mitchell, uma pessoa autista que sofre com Transtorno Obsessivo-compulsivo e no qual descobriu a identidade do responsável por esses desaparecimentos.

Em 2019, logo após o falecimento de seu pai, Rory precisa assumir e representar um dos clientes dele perante a justiça: O Ladrão. Após analisar os papeis e conhecer um pouco mais sobre Angela Mitchell, ela percebe que pode haver algo por trás do motivo de seu pai ter pego esse caso. Assim, se vê presa ao passado tentando entender quem foi e o que aconteceu com Angela, pois qual era o propósito de seu pai ao representar o assassino que assombrou o verão de 1979? Isso e muito mais vocês terão que descobrir lendo o livro!



Primeiro, quero dizer que a sinopse disponível no skoob, atrás do livro ou em outras plataformas entrega mais do que deveria. Não estraga totalmente a experiência da leitura, mas acho que a surpresa pode ser maior sem ela. Então, ao iniciar a leitura e fazer conhecimento da sinopse, achei que os fatos seriam apresentados a partir das descobertas de Rory, onde eu me enganei (e de certa forma, ainda bem). A história é contada intercalando passado e presente, e é nos capítulos que se passam em 1979 que vamos tomando conhecimentos da verdade.

Os capítulos sobre o passado foram, sem sombra de dúvidas, os que eu mais gostei. Eles conseguiram prender a minha atenção. Depois que a identidade do Ladrão é descoberta, lá pela metade do livro, eles perderam um pouco da intensidade, porém continuaram interessantes, já que ainda havia detalhes não esclarecidos.

Esses capítulos, inicialmente, eram sobre Angela e sua obsessão pelo desaparecimento das mulheres, já que os capítulos que se passam em 2019 era com foco em Rory e suas descobertas sobre o pai e o caso. Confesso que não foram tão bons assim para mim, e mesmo no momento em que fechei o livro, não conseguia me lembrar dos detalhes deles, apenas de fragmentos, porém a personagem é de grande importância para a história então não tiro o mérito da existência dos capítulos dela, os quais fazem ligação com o passado.

Houve alguns momentos de êxtase na leitura, principalmente quando estamos perto de descobrir quem era o Ladrão, pois mesmo que essa revelação não seja tão impressionante, esse fato não tira a graça dela e ainda é uma das melhores coisas para mim. E mais adiante, encontramos muitos acontecimentos e até antes de descobrirmos quem era o suposto assassino é inegável a minha tamanha curiosidade, porque minha empolgação continuou mesmo depois da descoberta.



Infelizmente, na ultima parte do livro, o ritmo de leitura e meu interesse caíram muito. E um fato que contribuiu para isso foi os capítulos no passado terem chegado ao fim, porque apesar disso, eu gostei de como as coisas se encerraram, porque eu realmente não esperava aquela conclusão. E a maneira que Rory assimilou as coisas me pareceu dedutivo demais para ela ter tanta certeza (porém compreendo, dada a inteligência dela)

Gostei demais da personagem Angela, a qual me encantou do início ao fim. Como vocês sabem, os capítulos dela foram os melhores para mim, e mesmo com a queda na última parte (que é relativamente pequena,) os capítulos da personagem compensam isso.

Desse modo, a quarta e ultima parte não estragou minha experiência com a história, a qual achei muito intensa. Foi uma leitura que me deixou com uma sensação muito diferente ao fechar o livro e uma história que permaneceu na minha cabeça algum tempo depois. E, ao escrever essa resenha no dia seguinte, ainda sinto que não assimilei tudo.

A trama que o autor criou é inegavelmente muito boa, sendo bem elaborada e criativa. O livro também tem um clima muito pesado, sério e sombrio que combina totalmente com a história. Gostei muito da narrativa do autor, porém não foi um dos melhores thrillers que li, porém ele tem sim muita qualidade. Dito isso, não vejo a hora de ler outras obras de Charlie Donlea.

Quanto a diagramação do livro, preciso confessar que a Faro Editorial caprichou bastante na edição do livro. Tem aquele ar sombrio e misterioso que a história propõe. A fonte é de um bom tamanho e as páginas amareladas. Uma obra que sem dúvida não pode deixar de ter na sua coleção do autor.


2 comentários

  1. E inegável que Charlie tem tomado um lugar grandioso no ranking dos maiores e melhores escritores de suspense nos últimos tempos.
    Sou apaixonada pela maneira que o autor traça seus enredo e desenha seus personagens, garantindo ao leitor um se jogar na história único, que nos deixa de boca aberta com as reviravoltas e claro, os finais que sempre surpreendem.
    E acredito que este lançamento seja bem tudo isso e não vejo a hora de poder conferir.
    A Faro é uma das grandes Editoras que tem realmente este cuidar dos seus livros, diagramação, capa..tudo sempre muito caprichado!!!
    Lerei!
    Beijo

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  2. Olá! Acredita que ainda não tive contato com a escrita do autor, essa é mais uma oportunidade de mudar isso (risos). Gosto dessa mescla de passado e presente, acho que torna a leitura ainda mais dinâmica, uma pena o presente não ser assim tão marcante, mas acho que não chega a atrapalhar o decorrer da leitura (ou assim espero).

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