Resenha: Piano Vermelho

21 julho 2017
Título: Piano Vermelho
Autor: Josh Malerman
Editora: Intrínseca
Skoob / Goodreads
Páginas: 320
Onde comprar: Saraiva / Amazon

Ex-ícones da cena musical de Detroit, os Danes estão mergulhados no ostracismo. Sem emplacar nenhum novo hit, eles trabalham trancados em estúdio produzindo outras bandas, enchendo a cara e se dedicando com reverência à criação — ou, no caso, à ausência dela. Uma rotina interrompida pela visita de um funcionário misterioso do governo dos Estados Unidos, com um convite mais misterioso ainda: uma viagem a um deserto na África para investigar a origem de um som desconhecido que carrega em suas ondas um enorme poder de destruição.
Liderados pelo pianista Philip Tonka, os Danes se juntam a um pelotão insólito em uma jornada pelas entranhas mortais do deserto. A viagem, assustadora e cheia de enigmas, leva Tonka para o centro de uma intrincada conspiração.
Seis meses depois, em um hospital, a enfermeira Ellen cuida de um paciente que se recupera de um acidente quase fatal. Sobreviver depois de tantas lesões parecia impossível, mas o homem resistiu. As circunstâncias do ocorrido ainda não foram esclarecidas e organismo dele está se curando em uma velocidade inexplicável. O paciente é Philip Tonka, e os meses que o separam do deserto e tudo o que lá aconteceu de nada serviram para dissipar seu medo e sua agonia. Onde foram parar seus companheiros? O que é verdade e o que é mentira? Ele precisa escapar para descobrir.
Com uma narrativa tensa e surpreendente, Josh Malerman combina em Piano Vermelho o comum e o inusitado numa escalada de acontecimentos que se desdobra nas mais improváveis direções sem jamais deixar de proporcionar aquilo pelo qual o leitor mais espera: o medo.






"Eu não faria isso se fosse você"

Philip Tonka é um jovem pianista que vive sua vida ao extremo ao lado de seus amigos com os quais tem uma banda de sucesso – The Danes. Juntos, os quatro: Philip, Ross, Duane e Larry, acreditam que seus dias servindo o exercito acabou depois de sua participação na Segunda Guerra Mundial;  o que apesar de garantir a eles um bom status e ajudar a promover a banda, nenhum deles tem saudade ou gostaria de reviver. No entanto, enquanto eles estão ajudando outra banda a se preparar para uma gravação, Jonathan Mull surge com uma proposta diferente e inusitada com o poder de transformar a vida de todos eles. O exercito precisa de ajuda para desvendar a origem de um som que vem sendo emitido no deserto de Namibe, na África, e que vem causando certo temor nacional uma vez que ele é capaz de inativar qualquer arma – inclusive as armas mais fortes conhecidas como bombas nucleares – e causa um terrível efeito colateral a quem entra em contato com ela.

A Banda que já se encontrava receosa em aceitar a missão e voltar para seus dias de soldado que acreditavam ter deixado para trás, só fica ainda maior ao escutarem um pequeno trecho do som e provarem dos terríveis mal estar que abatem seus corpos. No entanto, a oferta de cem mil dólares para cada um deles unido a instigante sensação de aventura na qual são viciados, fazem com que eles aceitem e embarquem nessa busca de algo que eles como músicos conhecem melhor do que ninguém: os sons de uma composição.

“ – Há coisas piores do que inventarem uma nova arma – diz Duane, terminando o drinque.
- Como o quê?
- Como o tipo de pessoa que a criou.” 

Agora, seis meses após a missão, Philip acorda de um coma em um hospital desconhecido repleto de fraturas que se espalham por todos os ossos de seu corpo. Apesar de não saber o que está acontecendo e nem onde estão os outros membros da banda, ele se lembra perfeitamente do que o encontrou no deserto, mas não parece disposto a falar sobre isso e a mais singela lembrança já o faz tremer por completo. Perguntas passam a surgir para o leitor que já se vê preso em uma trama complexa e repleta de mistério. Não sabemos o porque de nada está acontecendo, não sabemos sua ligação com o som e nem o que pode ter acontecido para deixa-lo nesse estado e seus companheiros desaparecidos... mas estamos prestes a descobrir ao longo de 320 páginas os perigos que podem se esconder por trás de um mero som.

“(...) que aconteceu, soldado Tonka? — Ele se curva, põe as mãos nos joelhos, e baixa os olhos azuis na altura dos de Philip. — O que você e os Danes encontraram no deserto? Ou melhor (...) -  A pergunta não é o que você encontrou... mas o que encontrou você.”


[ - Minhas Impressões - ]

Piano Vermelho é a nova obra do autor Josh Malerman, publicada pela Editora Intrínseca, que encantou milhares de pessoas em sua primeira obra Caixa de Pássaros (Resenha aqui) e volta a mostrar todo o talento que possui para o terror em sua nova trama. Com um enredo que agrega mistério e terror na dose certa, o leitor se vê nitidamente intimidado e envolvido com uma história que promete páginas repletas de suspense e perguntas sem respostas. Ao contrário de sua primeira publicação, sua nova obra utiliza-se da mesma pegada sensorial presente nele, mas de uma forma completamente nova; enquanto a audição era utilizada como uma forma de sobreviver em um mundo onde a visão era algo perigoso, em Piano Vermelho o som é o grande vilão. Quanta dor e caos podem caber em uma mera composição de notas? Utilizando-se de algo totalmente inovador, essa é uma obra que surpreende em sua construção e que nos insere em um universo completamente novo e até de certa forma – assustador.

Com seu estilo característico de narrativa, o leitor logo se vê inserido em uma história arrebatadora com um inicio que confunde, instiga e leva a já tão conhecida sensação vertiginosa presente nas histórias do autor. Utilizando-se dos sentidos para criar uma atmosfera de terror, é palpável o clima de suspense presente em cada linha, onde novamente nos vemos sem saber o que se deve temer, mas que não impede a sensação crescente de claustrofobia ao nos vermos presos em uma história tão intensa e profunda. Josh utiliza-se de mais do que apenas a questão sensorial para construir sua trama, através de imagens e lembranças confusas e sem nexo e de um pavor que se manifesta como uma presença forte e inabalável somos levados a nos questionarmos acerca de tudo; e a imaginar um mal capaz de causar estragos que nem mesmo a ciência consegue explicar. Com uma construção repleta de intensidade, sentimentos como apreensão e temor são algo constante e inevitável. Novamente nos vemos cercados e presos no escuro de uma narrativa que é complexa, mas que nada nos revela antes da hora. No entanto, sua pegada forte e inovadora acaba por se confundir em meio às diversas opções disponíveis, se tornando um pouco fraca e perdendo a característica que tanto encantou os leitores de Caixa de Passáros: a sensação de realidade através de uma situação irreal.

Outro ponto que vale a pena ressaltar é que novamente nos deparamos com elementos criados exclusivamente para esse universo que não serão explicados. Mesmo com um novo ritmo na história, uma abordagem diferente e ao mesmo tempo igual, e um final que não fica tão em aberto como o anterior; ainda é possível encontrar, para aqueles que já tiveram contato anteriormente com outras obras do autor, suas principais características presentes no enredo. Perguntas sem respostas, um suspense sem fim e uma história que foge do real – ou não –, tem sua presença marcada nessa construção que de tão complexa vem a se tornar mais uma grande obra de um rapaz que vem construindo seu nome nessa nova geração de autores do gênero terror.


Apesar de seguir a narrativa impessoal já vista antes, Philip é um protagonista que chama atenção, mas não pela sua personalidade. Assim como outros protagonistas da história, nenhum deles aprofundados de forma a fazer com que tenhamos uma empatia ou ao menos uma preocupação ao não saber de seus paradeiros, é o mistério que ele apresenta que cativa e faz com que o interesse surja ainda mais forte. Cenas descritas cinematograficamente, com frases rápidas e que impactam visualmente, também dificultam que enxerguemos uma relação construída entre eles. Os Danes, mesmo se tratando de uma banda formada por amigos, não transmitem essa intimidade ou familiaridade em suas cenas; apenas em alguns momentos temos a sensação de companheirismo entre eles, e até mesmo a preocupação por parte de Philip se torna rasa e fica em um segundo plano; o que me incomodou um pouco.

Outra inovação por parte do autor foi o romance presente nas páginas dessa história que se desenvolve de forma rápida e ao mesmo tempo tão devagar; é algo que alcança um nível que beira o bizarro e chega perto de ser confundido com obsessão. Coincidências estranhas acontecem de uma forma tão forçada que foi difícil acreditar e ainda mais de se envolver. Por ser algo que foge de tudo que está para acontecer, e da verdadeira trama que atrai e faz surgir o anseio da leitura, acaba se tornando algo solto que não consegue se encaixar de forma plena no enredo. Não que seja ruim, apenas é algo que não conseguiu agregar nada para a história e que acaba passando aquela sensação de que seria melhor se houvesse sido desenvolvido de outra forma. Já acerca dos personagens secundários, pelo fato deles quase inexistirem, não há muito o que falar; alguns apresentam um papel importante e determinante para história, outros se tornam tão ambíguos em sua participar que não sabemos se se tratam de protagonista ou alguém que está ali só para preencher um espaço necessário e dar fluidez a história.

Apesar de não ter agradado a muitos que esperavam encontrar algo no estilo de Caixa de Pássaros, Piano Vermelho é uma obra que entrega ao leitor o thriller que promete em sua sinopse e desde suas primeiras páginas. Por diversas vezes é necessário que haja um esforço por parte do leitor para se inserir em um enredo que apresenta coisas tão surreais que dificultam a aproximação, mas que fazem sentido ao estarem presente ali no decorrer das páginas. Nada é de fácil compreensão ou entregue de forma pronta para quem está a se aventurar por seus capítulos; pensar é essencial, principalmente diante dos questionamentos que a obra pode vir a gerar.


Quanto à diagramação eu irei falar apenas da que eu tive contato que foi a digital através da leitura do e-book da obra, e que me surpreendeu. Capítulos enfeitados com ondas sonoras, uma fonte agradável e com poucos erros de revisão, sem falar na divisão por partes que foram feitos de forma a combinar com a parte musical; são detalhes que nos levam a pensar o tempo todo sobre uma das principais questões da obra: o som e o perigo que ele representa. A capa também é bonita, apesar de sombria, e combina perfeitamente com a história com detalhes que apenas quem já conhece seu enredo irá entender. Muito bem trabalhado e com uma tradução feita com esmero, essa é mais uma obra que se mostrou dentro do padrão da Editora e que cria uma harmonia com o outro livro do autor, mesmo sendo volumes únicos e completamente opostos – essencial para quem gosta de ter a estante organizada.

Assim como outras obras de Josh Malerman, sua escrita forte e com a presença de elementos confusos e ameaçador não serão capazes de agradar a todos, assim como é quase impossível uma mesma impressão feita por leitores diferentes. Por isso é essencial que você se permita iniciar a leitura sem grandes pretensões e principalmente sem querer comparar histórias diferentes. Ao se deixar envolver com o que o enredo pode te oferecer você encontrará uma história que possuí falhas, mas que é capaz de ser classificada como algo bom e transformador!


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13 comentários

  1. Oi Bruna, tudo bem?
    Tinha visto que este livro seria lançado, mas não sabia exatamente nada do que se tratava. Essa premissa é muito louca, o autor gosta mesmo de usar os sentidos na construção de suas histórias. Fico feliz que o final não seja tão aberto como o anterior, mas mesmo assim pelo visto ele não responde tudo né. Fiquei muito intrigada com este protagonista e curiosa para descobrir porque ele não morreu mesmo depois de ter se quebrado todinho. Adorei a resenha, e espero ler em breve.
    Beijos

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  2. Olá !
    Li Caixa de Passaros no começo do ano e adorei a escrita do autor e fiquei com vontade de ler outros livros dele !
    Não conhecia esse ainda e ele parece ser bem misterioso !
    Vou dar uma chance ao livro mas sem muitas expectativas para eu não me decepcionar !!

    Adorei sua resenha !
    Bjo

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  3. Ai, esse livro!! Preciso dele!
    Quer dizer que depois de "brincar" com a visão no outro livro, o autor apela agora para a "audição"? Genial! Este é o meu gênero favorito, terror regado à mistério, e esta obra parece ser das boas, daquelas que não conseguimos largar enquanto não conseguimos respostas e chegamos ao final!
    Estou pronta para imergir neste "pavor vertiginoso" em que perdemos as rédeas da realidade e nos entregamos a uma boa estória! A falta de empatia com as personagens acredito ser também proposital, o que interessa mesmo é o mistério.
    Tomara que o livro físico conte com a mesma diagramação e ilustrações de notas musicais, pretendo colocá-lo ao lado do seu "irmão".

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  4. Não consegui ler o tal Caixa de pássaros ainda mas esse já é outro que me deixou bem interessada. O jeito dele de criar a trama, de deixar a gente confuso, interessado em entender e com esse clima de terror e apreensão na história parece muito bom. Não saber o que se deve temer é o mais louco. Achei legal como o protagonista consegue deixar a gente confuso. Mesmo que não se aprofunde muito no jeito dele, que a gente não consiga ficar lá muito simpatizado ou se importando, tem uma coisa diferente ali. Parece que os personagens são como uma base pra fazer a gente sentir as coisas loucas da história. Achei isso diferente e me interessou. É como se o personagem em si não fosse o protagonista e sim o terror e mistério da história, o clima sabe? Me passou essa impressão.
    Pode ser que no fim das contas essas coisas não agradem tanto, que as falhas e erros pesem mais, mas achei legal o jeito do livro. Seria algo bem diferente de ler pra mim.

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  5. Parece ser uma trama bem construída. Esse suspense todo me deixou bem intrigada.
    E apesar de não curtir muito essa agonia, fiquei curiosa pra ler esse livro.
    Quero muito saber o desfecho do personagem e até da banda!
    Não li nada do autor ainda. Mas tenho interesse em alguns títulos.
    Beijos
    Caroline Garcia

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  6. Bruna!
    Li Caixa de pássaros e gostei, porém fiquei com a sensação de que faltava algo.
    Curiosa em poder ler Piano vermelho porque dá para perceber que o autor se utiliza uma vez mais dos sentidos humanos para desvendar a origem do som aniquilador de várias formas.
    E mesmo com todas suas ressalvas, a curiosidade é maior, porque se é um thriller psicológico já me conquista e se houveram pequenas mudanças por parte do autor, para mim é uma evolução criativa, mostra que ele não gosta da mesice e já me conquistou por isso...
    Bom final de semana!
    “Educar é semear com sabedoria e colher com paciência.” (Augusto Cury)
    Cheirinhos
    Rudy
    TOP COMENTARISTA DE JULHO 3 livros, 3 ganhadores, participem.

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  7. Oi, Bruna!
    Estou com uma ótima expectativa para fazer a leitura desse livro! Li Caixa de Pássaros e amei, pois fiquei presa no enredo de uma forma absoluta. Gostei muito da escrita do autor e estava louca para ler algo mais.
    Sua resenha está excelente, muito completa! Fiquei mais motivada para ler o mais rápido possível.
    Obrigada!!
    Beijos.

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  8. Olá!
    Sou louca pra ler Caixa de Pássaros e pretendo ler ainda esse ano.
    Com certeza Piano Vermelho também vai entrar na lista de próximas leituras, apesar das ressalvas <3
    Adoro thrillers psicológicos <3
    Beijos

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  9. Olá!
    Que livro! A trama realmente é incrível, eu já estou com uma imensa vontade de ler ele, agora fiquei bastante curiosa por saber o que será que aconteceu com eles é que som é esse que deixa todos com medo?! E maravilhosos a história, já tinha ouvido de fala caixa de pássaros e no momento não li ele mas pretendo ler e conhecer um pouco a escrita do auto e me supreende com suspense que aborda nele.

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  10. Oi Bruna,
    Estou doida para ler Piano vermelho, tinha muito medo de ler Caixa de Pássaros mas a ansiedade venceu e li algumas semanas atrás. Fiquei completamente vidrada na história que o Josh Malerman criou, agora quero muito mais! Apesar das pontas soltas características do estilo da narrativa do autor, essa trama complexa e muito bem elaborada que envolve mais uma vez os sentidos para conduzir o suspense é absolutamente genial! Confesso que não curto nenhum pouco uma história de terror, mas a leitura é tão fluida e agonizante de uma forma que tira o fôlego, não há como largar o livro kkk
    Estou intrigada para saber qual vai ser o desfecho dessa história, e mesmo que fiquem algumas perguntas sem respostas, desconfio que mais uma vez vou ser fisgada por uma história desse autor.
    Beijos

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  11. Olá Bruna ;)
    Já vi a editora comentando muito sobre esse novo livro do autor, e já fiquei super animada para ler. Ainda tenho que ler Caixa de Pássaros, que também é muito bem comentado, vou ver se consigo aproveitar e ler os dois juntos!
    A única coisa que me desmotivou foi que tem vários protagonistas e eles não são muito aprofundados... as vezes isso atrapalha a leitura para mim.
    Tenho curiosidade de ler os livros do autor, ainda mais se tem essa narrativa diferente, com essa escrita forte, mesmo tendo elementos confusos. Estou torcendo para gostar!
    Bjos

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  12. Já li caixa de pássaros e gostei e muito desta estória, apesar de ter sido frustante final. E por isto quando soube deste lançamento fiquei bastante interessada, e curiosa para saber mais sobre este mistério, e pela sua resenha segue uma premissa bem parecida com seu livro anterior, onde os personagens não são aprofundado, mas no qual possui uma escrita fluida, com diálogos inteligente, que te deixam bastante instigados.

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  13. Oi, diferente do outro livro dele esse me chamou a atenção, com certeza por causa dos sons, banda,etc.
    Não gostei muito de saber que ficaram pontas soltas, não me dou muito bem com isso.
    Mas ainda quero ler, na verdade preciso ler pra expressar realmente a minha opinião sobre o autor.

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