Título: Mr. Mercedes (Bill Hodges #1)
Autor: Stephen King
Editora: Cia das Letras / Suma de Letras
Páginas: 400
Onde comprar: Saraiva / Americanas / Amazon
Bill Hodges é um excelente detetive. Resolveu inúmeros casos que seriam considerados quase impossíveis de encontrar a solução. Agora, isso é passado. Ele está aposentado e vive afundado em sua poltrona na frente da TV, alisando a arma do pai de vez em quando, com a perspectiva de um suicídio em mente. Quando chegasse a hora certa. Apesar da fama que Hodges possui, houve um crime que ele não foi capaz de encontrar o culpado: o Assassino do Mercedes. Várias pessoas desempregadas passaram a madrugada toda esperando na fila da feira de empregos somente para que um louco dirigindo um Mercedes cinza aparecesse indo para cima delas. Usando uma máscara de palhaço e com a névoa surgindo para ajudar na sua fuga, ninguém faz ideia de quem seja ele.
Até que, em mais um dia como qualquer outro, ao checar a correspondência, Hodges se depara com uma carta. Mas não é somente uma carta como qualquer outra; o envelope veio com o desenho de um emoticon, uma carinha sorridente com óculos escuros. Isso desperta imediatamente a memória do detetive e, antes mesmo de conferir o conteúdo, ele já sabe que veio do Assassino do Mercedes. Com uma escrita preenchida de humor ácido, tom provocativo e revelações que comprovem que ele é mesmo o assassino e não um farsante, a carta acaba extinguindo o torpor que Hodges estava sentindo há meses.
Nas frigidas madrugadas, em uma angustiante cidade do Centro-Oeste, centenas de pessoas desempregadas estão na fila para uma vaga numa feira de empregos. Sem qualquer aviso um motorista solitário irrompe no meio da multidão em um Mercedes roubado, atropelando os inocentes, dando ré e voltando a atropelá-los. Oito pessoas são mortas, quinze feridos.
Em outra parte da cidade, meses mais tarde, um policial aposentado chamado Bill Hodges é ainda assombrado por um crime sem solução. Quando ele recebe uma carta enlouquecida de alguém que se auto-identifica como privilegiado e ameaça um ataque ainda mais diabólico, Hodges acorda de sua deprimente e vaga aposentadoria, empenhado em evitar outra tragédia.
Brady Hartfield vive com sua mãe alcoólatra na casa onde ele nasceu. Ele adorou a sensação de morte sob as rodas da Mercedes, e ele quer aquela corrida de novo. Apenas Bill Hodges, com um par de aliados altamente improváveis, pode prender o assassino antes que ele ataque novamente. E eles não têm tempo a perder, porque na próxima missão de Brady, se for bem sucedido, vai matar ou mutilar milhares.
Mr. Mercedes é uma guerra entre o bem e o mau, do mestre do suspense, cuja visão sobre a mente deste obcecado assassino insano é arrepiante e inesquecível.
Bill Hodges é um excelente detetive. Resolveu inúmeros casos que seriam considerados quase impossíveis de encontrar a solução. Agora, isso é passado. Ele está aposentado e vive afundado em sua poltrona na frente da TV, alisando a arma do pai de vez em quando, com a perspectiva de um suicídio em mente. Quando chegasse a hora certa. Apesar da fama que Hodges possui, houve um crime que ele não foi capaz de encontrar o culpado: o Assassino do Mercedes. Várias pessoas desempregadas passaram a madrugada toda esperando na fila da feira de empregos somente para que um louco dirigindo um Mercedes cinza aparecesse indo para cima delas. Usando uma máscara de palhaço e com a névoa surgindo para ajudar na sua fuga, ninguém faz ideia de quem seja ele.
Até que, em mais um dia como qualquer outro, ao checar a correspondência, Hodges se depara com uma carta. Mas não é somente uma carta como qualquer outra; o envelope veio com o desenho de um emoticon, uma carinha sorridente com óculos escuros. Isso desperta imediatamente a memória do detetive e, antes mesmo de conferir o conteúdo, ele já sabe que veio do Assassino do Mercedes. Com uma escrita preenchida de humor ácido, tom provocativo e revelações que comprovem que ele é mesmo o assassino e não um farsante, a carta acaba extinguindo o torpor que Hodges estava sentindo há meses.
“Todo preceito moral é uma ilusão. Até as estrelas são miragem. A verdade é a escuridão, e a única coisa que importa é fazer uma declaração antes de se entrar nela. Rasgar a pele do mundo e deixar uma cicatriz. É disto que se trata a história, afinal: cicatrizes.”
Brady Hartsfield quer entrar em contato com Hodges através do Under Debbie’s Blue Umbrella, um site de relacionamentos que não registra as conversas. Assim, pode provocá-lo um pouco para que a ideia do suicídio finalmente se concretize. Com certeza ele não esperava que, ao invés disso, acabaria oferecendo ao detetive uma excelente motivação para continuar vivendo. Para finalmente parar de assistir programas ruins da televisão e deixar de acariciar a arma do pai. Hodges agora se sente bastante dedicado à missão de pegar o culpado pelo massacre da feira de empregos, e fará isso sozinho, já que seus colegas da polícia não encontraram mais informações. Ao longo do percurso, ele irá contar com a ajuda de personagens com características bem diferenciadas e, fora do comum.
Como estou mais habituada a ler obras de Stephen King que pertencem a gêneros como terror ou suspense, quando soube da premissa de Mr. Mercedes, não sabia se ele teria a mesma destreza ao criar uma obra de ficção policial. E, definitivamente, o autor acertou em cheio nessa obra espetacular! Cada aspecto foi bem trabalhado: a escrita em terceira pessoa através de um narrador onisciente, os capítulos intercalados que mostram a visão do mocinho (Bill Hodges) e do vilão (Brady Hartsfield), e até mesmo os personagens secundários tiveram momentos significativos. O suspense se faz bastante presente, portanto, não é uma história que irá fugir bastante do padrão da escrita de King.
O que me deixou ainda mais fascinada pelo autor é o modo que ele construiu e foi moldando o antagonista Brady Hartsfield. Afinal, não é uma tarefa fácil mergulhar nas profundezas da mente de um serial killer, pensar e sentir como ele. Conforme eu ia lendo os capítulos protagonizados por Brady, a sensação que tive foi a de que ele era muito real, de maneira que poderia facilmente se assemelhar a um assassino real. Como leitora, tive o privilégio de acompanhar cada linha de raciocínio, seus pensamentos mais obscuros, sua visão distorcida e pessimista do mundo, e seu relacionamento íntimo e freudiano com a mãe alcoólatra. Posso dizer que, sem dúvidas, cada aspecto de sua identidade perturbadora foi dissecado brilhantemente pelas mãos do King.
"Porque estou dizendo isso? Porque não vou mais achar você e entregá-lo para a polícia. Por que eu deveria? Não sou mais policial. Eu vou matar você. Vejo você em breve, filhinho da mamãe."
A ideia de mostrar o ponto de vista do mocinho e do vilão de forma alternada e simultânea é incrivelmente fantástica. É como assistir de camarote um jogo perigoso entre o bem e o mal, no qual nós, leitores, nos sentimos de mãos atadas e não podemos fazer nada para ajudar, nos restando somente torcer pelo vencedor. Se trata de uma corrida mortal sobre quem irá ser pego primeiro, o que, é claro, faz com que fiquemos com uma angústia e preocupação constantes durante toda a leitura. É impossível não ficar ansiosa a respeito de qual será a próxima vítima ou o grande massacre de Brady. Dito isso, por motivos óbvios, Mr. Mercedes é uma história bastante frenética e ativa, e como tal, nos deixa presos em suas páginas até que saibamos quem saiu vitorioso da competição.
O que dizer dessas capa e contracapa tão maravilhosas? Além de atraente, os desenhos possuem detalhes relevantes que condizem perfeitamente com a história. Assim como o conteúdo do livro, toda a diagramação, revisão ortográfica e espaçamento entre linhas estão muito bem lapidados e não possuem nenhuma particularidade que possa tornar a leitura desagradável ao leitor. Para aqueles que já são fãs do Stephen King como eu, digo que vocês irão se surpreender positivamente e vão encontrar o mesmo estilo de escrita que já conhecem em Mr. Mercedes. E para aqueles que nunca leram nenhuma obra do autor, mas apreciam suspense e romances policiais, podem ler que não há nenhuma chance de vocês finalizarem a leitura decepcionados. Já não vejo a hora de conferir os próximos volumes da trilogia!
Participe! - Já está valendo!
14 comentários
Olá!
ResponderExcluirBoa noite!
Stephen King é um escritor que está estremamente acima da média!
Esta capa é realmente maravilhosa,eu tbm curti demais a forma que foi alternada entre o mocinho e o vilão
.este livro é magnífico
Quando li a sinopse não tinha me interessado.acbei que não era a parecido com a escrita dele.me enganei feio e tive uma surpresa maravilhosa
Valeu demais a pena.
Parabéns pela resenha
Amanda!
ResponderExcluirImportante ver que um autor consagrado no gênero terror, consegue se arriscar a escrever outro estilo, no caso um thriller policial e da mesma forma, sabe tecer a teia entre o protagonista e o antagonista, dividindo os capítulos entre a visão de ambos e permitindo ao leitor, participar de forma ativa na descoberta de todos os mistérios e segredos que o livro traz.
Fantástico!
“A sabedoria dos homens é proporcional não à sua experiência mas à sua capacidade de adquirir experiência.” (George Bernard Shaw)
Cheirinhos
Rudy
TOP COMENTARISTA DE MAIO 3 livros, 3 ganhadores, participem.
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
Olá! Bom, pra ser muito honesta eu não gosto do Stephen King. Até hoje não consegui gostar de nenhuma história que li e nenhum livro me chamou atenção, então nem procuro mais saber sobre o que são os lançamentos. Achei que Mr. Mercedes fosse outro terror e não sabia dessa vertente policial dele, apesar de também seguir a linha de maldades e crueldades básica dele, pelo que entendi.
ResponderExcluirAchei bem interessante o suspense ser dividido entre capítulos do assassino e do investigador, isso realmente é um ponto muito positivo na escrita.
Quem sabe o King ganhe outra chance comigo. rs
Beijos!
Oiee Amanda ^^
ResponderExcluirAcho muito intrigante quando o autor tem a audácia de não só mostrar o mocinho, como também o vilão. Chega a ser assustador, de tão real, né? haha'
Eu nunca li nada do Stephen, e como não sou fã de terror, acho que se fosse começar a ler suas obras, começaria por esta, que beira mais o suspense e investigação. Acho a capa incrível!
MilkMilks ♥
http://shakedepalavras.blogspot.com.br
Oi, ainda não li nada do King justamente por ter medo de não conseguir terminar o livro rsrs Pois em filmes podemos fechar os olhos, mas já que esse segue mais para o lado policial e gosto disso, acho que vou dar uma chance. Bjs
ResponderExcluirOi!
ResponderExcluirO King é maravilhoso realmente!
É bom ver quando autores se arriscam a escrever algo diferente. O fato de mostrar o ponto de vista de ambos os lados (bem e mal) me chamou atenção. Adoro quando se pode ter uma percepção do que se passa no outro lado da história!
Tenho esse livro já faz um tempinho, se não me engano desde do lançamento, porém sempre que pego para lê-lo fico com bastante receio, por aborda um gênero que foge totalmente do que tenho costume de apreciar, e por esse fator tenho medo de me decepcionar. Porém e notório de essa trama e boa, já que aborda a visão do vilão e mocinho, isso me instigou de primeira, outro ponto, e a rapidez com que leitura se desmancha, por ter uma estória surpreendente.
ResponderExcluirOlá ! sempre vejo esse e outros livros deste autor nas redes sociais. Mas nunca me entenrecei em saber do que se tratava a leitura. E agora lendo sua resenha, com muita sinceridade, só a resenha me envolveu bastante. Não é o meu estilo de leitura, mas gostaria de me aventurar neste estilo. Depois de ter lindo sua resenha.
ResponderExcluirAbraço
Bia Oliveira
Oi!
ResponderExcluirNão sabia que essa história era tão emocionante assim.
Imagino que deve ter sido bem 'frustante' pro vilão enviar uma carta para motivar o detetive a se matar e ele ficar ainda mais motivado a viver e desvendar o único crime que não conseguiu em sua carreira.
Achei bem bacana a ideia de intercalar a visão do vilão e mocinho, assim sabemos um pouco mais das motivações de cada um, principalmente da mente de um serial killer
Oi, Amanda!
ResponderExcluirSempre vejo muita gente elogiando o autor e suas obras, mas nunca me arrisquei a ler nenhum livro do King porque terror não é bem o gênero que me deixa confortável, mas pelo que vi esse livro se aproxima mais da linda policial que é um gênero que eu adoro, por isso achei uma boa dica para começar a conhecer a escrita e o estilo do autor. Vou ler com certeza!
Beijos,
Rafa [ blog - Fascinada por Histórias]
Olá! Stephen King não é meu escritor favorito à toa. A forma como ele conduz suas narrativas, seja qual for o tema do livro, é maravilhosa. Ele não perde tempo com descrições desnecessárias de ambientes e características físicas. Todo o trabalho dele é feito dentro da cabeça dos personagens, transportando aos poucos, num ritmo calculado, para a sua cabeça. Ele faz isso tão bem que chega a ser assustador. Mestre, mestre, mestre! Além de tudo, ele escreve numa velocidade louca. 3 livros ao ano. Acho que "Stephen King", na verdade, é o pseudônimo de uma junta de dez ou mais excelentes escritores, haha. Explicaria muita coisa. Ainda não li Mr. Mercedes e não conhecia a sinopse. Agora quero mais que nunca. Long live the King!
ResponderExcluirOie! Eu sempre li ótimos comentários sobre as obras e a escrita de Stephen King, mas nunca cheguei a realizar leitura. Eu tinha o exemplar de It A Coisa, mas acho que, para quem nunca leu algo do autor, não é uma boa forma de começar, porque só o tamanho já me desanimava, hahah. Enfim, achei bem interessante a ideia desse livro e fiquei curiosa para saber como o detetive lidará com tudo isso. É legal saber que a escrita aprofunda tanto o leitor a ponto de podermos acompanhar a mente do criminoso. Recentemente descobri que não sou fã de suspense, então não sei se leria a obra, mas é uma boa indicação e, se um dia a oportunidade surgir, tentarei engajar a leitura.
ResponderExcluirBeijos,
Fernanda F. Goulart
OOi!
ResponderExcluirQue bom que gostou do livro e de toda sua construção. Não é um gênero que curto, porém, acho mesmo que seja uma ótima indicação para aqueles que já gostar do estilo e, claro, os fãs do autor. Não sei bem o porquê, mas pelo título eu fiquei fascinada. haha
Olá!
ResponderExcluirAcredita que nunca li nada do autor? E morro de vontade de começar com esse, mas tenho medo porque como você mesma disse, é diferente daqueles que ele está acostumado a escrever. Também achei sensacional ele alternar os pontos de vista entre o vilão e o protagonista, com certeza deu uma dinâmica totalmente diferente a obra.
Beijos.