Resenha - A menina que não acredita em milagres

23 maio 2017

Título: A menina que não acredita em milagres
Autor: Wendy Wunder
Cortesia: Editora Novo Conceito
Ano: 2017
Páginas: 288
Skoob / Goodreads
Onde comprar: Amazon

Campbell tem 17 anos.
Ela não acredita em Deus.
Muito menos em milagres
Cam sabe que tem pouco tempo de vida, por isso quer viver intensamente e fazer tudo o que nunca fez, no tempo que lhe resta. Mas a mãe de Cam não aceita o fato de perder a filha, assim, ela a convence a fazer uma viagem com ela e a irmã para Promise um lugar conhecido por seus acontecimentos miraculosos.
Em Promise, Cam se depara com eventos inacreditáveis, e, também, com o primeiro amor. Lá encontra, finalmente, o que estava procurando mesmo sem saber.
Será que ela mudará de ideia em relação à probabilidade de milagres?
A Menina que não Acredita em Milagres vai fazer você rir, chorar e repensar sua conduta de vida.










Essa leitura me surpreendeu de todas as formas. A capa é extremamente artística e fala muito bem A menina que não acredita em milagres foi lançado pela editora Novo Conceito, no ano de 2017. Esse é um daqueles livros que te ganha pela capa e pela simplicidade da escrita em que a autora Wendy Wunder consegue conduzir. Deixo sinalizado que é preciso estar sensível e ter uma mente aberta para leitura desse livro, pois Campbell, nossa protagonista tem uma resposta cientifica para todas as suas perguntas.
sobre a personagem que iremos tratar.

“— Você sabe, essa coisa de você ser brutalmente sincera e verdadeira, e estar sempre certa, mesmo quando está de saco cheio e cansada de sempre estar certa, porque você sabe que isso te faz parecer irritante.”

Toda adolescente sonha em ter um guarda-roupa enorme, várias amigas ou mesmo um amor de cinema! Mas, Campbell é uma jovem diferente! Ela tem câncer e sonha passar mais noites em sua casa; não precisar ter preocupações em ir a hospitais, realizar exames de rotina. Tudo que ela queria era estar curada, você me entende? Ou melhor... você a entende?

Este e outros motivos a fazem não acreditar em Deus, religião, nem mesmo no sobrenatural. Ela prefere buscar respostas nas análises da ciência, e manter o cetismo quanto a sua cura, através de um milagre. Não apenas pela sua doença, mas a Cam sabe que a sua vida nunca foi fácil. Ela tenta manter seu psicológico nos eixos, mas nem sempre é possível.


“— (…) Se existe um poder superior fazendo origami do universo, ele me odeia. Eu era uma criança gorda, meus pais se divorciaram, meu pai morreu e, depois, tive câncer. Então, não. Não confio em como as coisas vão desdobrar.”

Por outro lado, há pessoas que acreditam em milagres por ela e até tentam manter sua sanidade. Sua mãe, Pery; sua irmã mais nova e claro, a sua vozinha! Uma criaturinha divertidíssima e descolada para sua idade. Rodeada de amor e apoio, Cam sabe que seus dias estão contados e vai tentar aproveitar todo o tempo que puder para se sentir viva! A dor maior vem quando o médico confirma que não existe cura ou tratamento apropriado para o seu tipo de câncer. Se ela já era cética quanto a isso, as provisões dizem que ficará ainda mais. Dessa forma, a jovem não perde tempo e anota todas as metas que pretende alcançar, em sua lista de Flamingo, antes de sua morte. Quando lemos a lista de coisas que ela deseja, percebemos que é uma listagem bem peculiar e esquisita para alguém como ela.


Só que...mãe é mãe, não é?! E ela não desiste jamais de lutar pela vida de sua filha e o seu bem estar. Com muita dificuldade ela convence Campbell para ir a uma cidade de nome Pro ise, um lugar cheio de crenças, onde coisas milagrosas acontecem. Não foi fácil, mas ela sabe que sua mãe iria levá-la de todo modo. Contudo, antes de embarcar nessa aventura, a Cam faz uma visita na casa de sua melhor amiga: Lily, mas as coisas não dão muito certo. A sua melhor amiga está namorando, e Cam percebe que o cara não gosta da Lily, e por isso, o que era para ser uma despedida se torna uma briga!

Emburrada e sem esperanças, Cam chega à cidade de Promise. Lá, ela conhecerá Asher. Um garoto incrível e bondoso, por quem se apaixona rapidamente. Entre a ciência e religião, o coração da menina começa a mudar. Será que ela voltará a ter esperanças? 

Com choro e ranger de dentes terminei essa leitura satisfeita com o desfecho. Wendy, a autora, tem uma sensibilidade para comover as pessoas com sua escrita de modo rápido e chocante. Primeiro porque a narrativa nos conta que as doenças podem atingir qualquer idade; em segundo, cabe a nós aproveitarmos a vida de modo a não desistir de acreditar nas pequenas coisas.

O mundo já é tão complicado para não nos agarramos em algo! Apesar de cética quanto á existência de um criador, que poderia curá-la, mas-para ela- não o fez... a Cam acreditava na ciência e existia motivos para sua doença não haver tratamento. Mesmo assim ela se questionava sobre o porquê aquilo lhe acontecia. Até eu me questionei! Só que este é mais um daqueles mistérios da vida que nunca iremos entender.


A narrativa começa de modo chocante, ao revelar que a personagem tem câncer e é cética quanto a sua cura. Desse modo a montanha russa de sensações se mantem por todo o enredo. Houve momentos em que me tornei cética também, pelo que a personagem me fez sentir. Durante a leitura, me questionava e refletia sobre quais seriam as minhas escolhas se algo assim me acontecesse. Apesar de um drama convincente, a estória não deixa de ter toques de humor e ironia. Uma delas é o destino! Que fez a menina se apaixonar e, talvez, recuperar as esperanças.

A diagramação está belissima por dentro e por fora. A editora caprichou no quesito: comprar um livro pela capa. A menina que não acredita em milagres entrou para minha lista de favoritos do ano. Recomendei a obra para amigas, meus pais e familiares. É um enredo que pode ser lido desde adolescentes até adultos, porque a obra mescla drama, romance e humor.

“— Na verdade, não. Algumas coisas não têm explicação.”



Participe! - Já está valendo!



4 comentários

  1. Oi, Amanda. Eu não sabia do que esta história falava mas já estou apaixonada pelo enredo. É drástico quando lemos um livro já sabendo que um personagem vai morrer, é tudo bem triste, mas gostei de ver que talvez a personagem mude de opinião ao longo dos dias, o que me deixa muito mais animada para ler o livro, já que personagens céticas demais são muito chatas.
    Beijo.
    Leitora Encantada

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  2. Desde que vi esse título me interessei pela leitura, porque só a partir dele e possível se questionar, o que se passou para que essa menina não acreditasse nesse milagre. Após ler sua resenha fiquei encantada por essa estória, e como a vida dessa personagem vai mudar, por ela se apaixonar. E acredito que essa paixão pode sim mudar a vida de todos nos, e acender em nós a esperança.

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  3. Olá! Achei bem interessante a recomendação! É uma situação tão horrorosa que me dá arrepios só de pensar, é uma doença muito cruel e imagino que a leitura seja bem triste. Acredito que, como você disse, temos que estar sensíveis para esse tipo de leitura, mas é uma indicação que vou anotar.

    Beijos!

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  4. Amanda!
    Senti um toque de "A culpa é das estrelas", embora tenha percebido muitas diferenças.
    Gosto de ler sick-lit, porque sempre fazemos diversos questionamentos dos porquês e do porque conosco, deve ser uma leitura emocionante e como falou, trazer diversas emoções exacerbadas.
    Bom final de semana!
    “A solidão é a mãe da sabedoria.” (Laurence Sterne)
    Cheirinhos
    Rudy
    TOP COMENTARISTA DE MAIO 3 livros, 3 ganhadores, participem.

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