A resenha de hoje é do livro "O cidadão", terceiro volume da maravilhosa saga "Chicote' no qual nos deparamos com um novo assassino, que executa suas vítimas com um único e certeiro tiro. A carismática dupla de investigadores de polícia, Grego e Romano estão de volta após os acontecimentos dos livros anteriores e se deparam com alguns assassinatos que, à primeira vista, não parecem ter nenhum tipo de ligação, já que se trata de acontecimentos aleatórios.
Afinal, o que poderia haver em comum entre as vítimas, sendo elas um fazendeiro, um travesti e um médico? Nada, não é mesmo? Será?
Grego e Romano são chamados para investigar as mortes que mais uma vez assolam Belo Horizonte e descobrir o que está por trás de cada uma delas. Conforme a história flui nos deparamos com um personagem já bastante conhecido dos livros anteriores, e mais para frente da trama entenderemos o motivo de sua presença, bem como sua importância para a mesma, assim como sua ligação com os recentes acontecimentos.
"Tentou usar de palavras numa sociedade que só respeita o ouro e o poder. Quanto mais ouro acumulava, mais poder tinha. Quanto mais poder tinha, mais ouro acumulava. Cedeu ao brilho do ouro e à sedução do poder. Desperdiçou a oportunidade de se perpetuar com honra, preferiu o ouro. Sua existência morrerá juntamente com sua vida. Era o tipo de homem que não merecia ser lembrado. Sem filhos e sem netos, ele se encerra no seu próprio epílogo. Ninguém falará dele, ninguém saberá dele. Vida sem limites, morte sem cerimônias."
As mortes seguem sendo misteriosas, mas à medida que avançamos na leitura nos deparamos com um forte elo de ligação entre elas que só faz aumentar ainda mais a vontade de descobrir tudo, uma vez que é inevitável teorizarmos sobre a trama enquanto estamos lendo. Nossos pensamentos vagueiam em várias direções, todavia nada se compara a incrível experiência de sermos surpreendidos mais uma vez pela magnífica escrita do autor Nuno Rebelo. E eu te convido a se surpreender também, você não vai se arrepender.
[- Minhas Impressões-]
Aaahh, que prazer imenso ler mais um livro do autor Nuno Rebelo, ainda mais por se tratar do terceiro volume da saga Chicote que já se tornou tão querida para mim, daí a minha alegria ao ler esse livro. E confesso que estava com saudade de Grego e Romano e o "reencontro" foi em grande estilo, uma vez que a trama está simplesmente sensacional.
Com um enredo instigante, cheio de ação, mistério e suspense (do jeitinho que eu gosto) o autor mais uma vez prendeu totalmente minha atenção à sua escrita impecável. A obra inicia com um capítulo único, porém impactante em que é possível vislumbrar o que está por vir nos capítulos seguintes, só que tudo o que acontece é ainda melhor do que se poderia imaginar.
O terceiro livro da saga faz jus aos anteriores, pois possui personagens extremamente cativantes, desafiadores e surpreendentes, assim como em "Chicote" e "O mergulhador", um exemplo disso é a identidade do assassino, as escolhas de suas vítimas, mas, principalmente, o que ou quem o motivou a agir dessa maneira.
Os capítulos finais são simplesmente arrebatadores, cheios de adrenalina, revelações e acontecimentos chocantes com Grego e Romano roubando a cena mais uma vez, (eles são demais) pois embora sejam policiais, isso não os impede de se envolverem emocionalmente com os casos que investigam e até mesmo com as vítimas, como já aconteceu antes.
"O Cidadão" gira em torno de política, ganância, jogos de interesses, vingança e críticas sociais, sendo esta última um ótimo combustível para o desenvolvimento da trama e habilmente abordada pelo autor em toda a obra.
O final do livro nos dá um gostinho da próxima história que está por vir e eu mal posso esperar para me envolver completamente em mais uma trama da saga Chicote, pois já deu para ter uma ideia de que será maravilhoso e tão envolvente quanto os outros. Lembrando que "O cidadão" pode ser lido de forma independente, bem como os outros livros da saga "Chicote", mas você só tem a ganhar lendo os três e em sequência. Vai por mim...Recomendadíssimo!!!
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