Resenha - O Duque que eu conquistei - Livro 1

20 setembro 2022


Poppy Cavendish é uma mulher guerreira, trabalhadora e que batalha desde muito nova. Órfã, aprendeu desde cedo a cuidar de si mesma e a se virar sozinha e mesmo morando com o tio, o que mais deseja é dar andamento ao seu Horto, negócio de decoração de flores e plantas e ser completamente independente, sendo reconhecida por toda a Inglaterra por seu desempenho e habilidade. Mas sob nenhuma hipótese ela quer depender do sobrenome importante de algum eventual marido que venha a ter para realizar seus projetos.
 

"Toda a sua vida havia sido ditada pelo destino deles: suas mortes que a mergulharam em uma crise atrás da outra; sua caridade que lhe permitira sobreviver, economizar e firmar a tênue base de seus negócios; suas meias-verdades que sabotaram suas ambições.'' 


Então, considerada por muitos moradores da região como excêntrica, por ser mulher e solteira, ela precisa provar seu valor constantemente.Muito talentosa com arranjos de flores e plantas, Poppy recebe e aceita o convite para decorar o salão de baile para escolha da noiva do duque de Westmead.

O convite vem muito a calhar e não poderia ter chegado em melhor hora, pois essa é uma grande oportunidade de crescimento para o seu negócio. 


Archer, o duque de Westmead precisa se casar urgentemente, gerar um herdeiro, continuar sua linhagem e não perder tudo o que conquistou após superar a ruína financeira de sua família. 

A oportunidade de arrumar uma esposa para si está toda depositada no baile que oferece a Sociedade e Constance, sua irmã, está mais do que disposta a lhe arrumar a esposa perfeita, ainda que tenha sido avisada de que ele não está em busca de amor. Afinal, romance e amor não faz parte da sua vida, uma vez que o duque deseja continuar vivendo sua vida sem dar satisfação a mulher alguma.
 


"Ainda que a única coisa no mundo que ele quisesse menos que uma esposa fosse um filho."



Assim que se conhecem, Poppy e Archer sentem uma grande atração e lutam com todas as suas forças para não sucumbirem, todavia, um acontecimento escandaloso após o baile os forçam ao casamento. Sendo essa a única maneira encontrada para a solução do problema.

E é aí que os problemas de fato começam para ambos, já que o duque tem segredos e não quer que sua esposa por obrigação tenha conhecimento de nenhum deles em hipótese alguma. E lembrando que casamentos arranjados, quando envolvem sexo, ainda que por obrigação, podem levar os envolvidos a descoberta de uma intensa e louca paixão, não é mesmo?


[- Minhas impressões -]

Estava ansiosíssima para ler esse livro e conhecer a escrita da autora Scarlett Peckham, uma autora estreante que logo me fisgou pela sua capa, que eu achei belíssima e de muito bom gosto. A escrita da autora é deliciosa, leve e super envolvente, os personagens são interessantes e carismáticos. Contudo, a história acabou se arrastando em alguns momentos e, acredito eu que tenha sido por causa da Poppy. A personagem é legal, mas ela estava tão obcecada em prosperar profissionalmente e ganhar dinheiro que isso acabou me irritando um pouquinho e deixando a leitura meio arrastada às vezes.

O duque de Westmead, Archer, é um personagem bem duro e sombrio e isso se deve ao seu triste passado, mas ele tem os seus momentos e sabe ser bastante amoroso quando quer. Poppy e Archer tem muita química e as cenas de sexo entre eles são quentes e incrivelmente intensas, sem pender para a vulgaridade e rola até um BSDM quando ela descobre que o marido curte levar umas chicotadas e decide que será ela então a chicoteá-lo a partir de então.

Confesso que a atitude de Poppy me surpreendeu bastante, tendo em vista que essa prática não era comum na época e isso por si só já chama a atenção do leitor, ainda mais quando a esposa decide participar das fantasias e joguinhos sexuais do marido. Porém, se eles se entendem e são felizes assim, QUEM SOU EU para dizer que estão errados não é mesmo? A prática das chicotadas está ligada ao passado de Archer e ele usa a dor causada como uma espécie de punição por algo que aconteceu e que o faz se sentir culpado. Só que no fundo, no fundo, ele gosta de apanhar, porque o ato lhe dá prazer e o excita sexualmente.

É diferente? Sim, é. Ainda mais pela época em que a história se passa, como já mencionei, mas embora tenha me causado um pouco de estranhamento no começo, admito que gostei bastante do livro como um todo, sem contar que eu sou definitivamente apaixonada por livros e histórias de época. Meu coração bate mais forte e acelerado por esse gênero. Foi um grande prazer conhecer a escrita da autora e como eu já tenho os outros dois livros da série, logo, logo iniciarei a leitura do livro 2 que conta a história de Constance e o conde de Apthorp, "O conde que eu arruinei".


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