Resenha - Uni-Duni-tê

16 janeiro 2018
Título: Uni-Duni-Tê
Autor: M. J. Arlidge
Páginas: 322
Editora: Record
Skoob
Onde comprar: SaraivaAmazon
                                                   
Um assassino está à solta. Sua mente doentia criou um jogo macabro no qual duas pessoas são submetidas a uma situação extrema: viver ou morrer. Só um deverá sobreviver. Um jovem casal acorda sem saber onde está. Amy e Sam foram dopados, capturados, presos e privados de água e comida. E não há como escapar. De repente, um celular toca com uma mensagem que diz que no chão há uma arma, carregada com uma única bala. Juntos, eles precisam decidir quem morre e quem sobrevive. Em poucos dias, outros pares de vítimas são sequestrados e confrontados com esta terrível escolha. À frente da investigação está a detetive Helen Grace, que, na tentativa de descobrir a identidade desse misterioso e cruel serial killer, é obrigada a encarar seus próprios demônios. Em uma trama violenta que traz à tona o pior da natureza humana, Grace percebe que a chave para resolver este enigma está nos sobreviventes. E ela precisa correr contra o tempo, antes que mais inocentes morram.
                                             




Se antes eu já gostava de livro de suspense e terror psicológico, após ter lido Uni-Duni-Tê eu me tornei fã desse gênero.


Um assassino cruel, impiedoso e sádico está à solta nas ruas de Londres espreitando pessoas normais e sem nenhuma relevância (aparentemente) no seu jogo macabro e letal. Dotado de uma mente extraordinária, mas usada totalmente para causar dor e sofrimento às pessoas, ele usa sua inteligência para atraí-las para si e com isso vê-las sucumbir a dor e ao desespero.

Amy e Sam são os primeiros a cruzarem o caminho do assassino, sendo capturados e levados para um lugar onde por mais que eles gritem por socorro, jamais serão ouvidos e muito menos libertados. A partir daí tem início a um terror psicológico onde eles recebem a ligação de um celular com uma mensagem que revela que para um deles sobreviver o outro terá que morrer. E o pior, eles terão que decidir qual deles terá esse triste fim. A mensagem também diz que há uma arma carregada somente com uma bala, destinada ao escolhido para o sacrifício.

"- No chão, ao lado do celular, tem uma pistola. Está carregada com uma bala. Para Sam ou para você. Este é o preço da sua liberdade. Para viver, precisa matar. Você quer viver, Amy?"

Diante desta monstruosa realidade, Amy e Sam sabem que um deles não saíra do cativeiro com vida. É só uma questão de tempo para ver qual deles sucumbirá primeiro.
Outras pessoas são sequestradas aos pares assim como aconteceu com o casal e a investigação é levada ao conhecimento da detetive-inspetora Helen Grace, uma mulher que não tem medo de nada e é muito respeitada por sua equipe.
Em meio ao desaparecimento de pessoas sempre em dupla, Helen sabe que está diante de algo nunca antes enfrentado por ela em todo o tempo que é policial.

"Mais um sequestro, então. E ainda mais estranho que o primeiro. Dois homens adultos, inteligentes, fortes e capazes de se cuidar tinham simplesmente evaporado."

Helen parte então ao encalço do assassino, que já está sendo encarado como um serial killer por toda a equipe de polícia, pois conforme os dias passam mais pessoas são sequestradas da mesma forma que as anteriores. Elas simplesmente desaparecem sem deixar nenhuma pista.
Para ajudá-la na caça e captura do criminoso Helen conta com uma equipe muito eficiente, porém dois detetives trabalham diretamente com ela na linha de frente, e são eles: Mark Fuller e Charlene Brooks, muito eficientes e sempre dispostos a darem o melhor de si na profissão. Mas nem tudo caminha bem para o detetive fuller, já que ele está passando por problemas pessoais que estão afetando sua vida profissional atraindo assim a atenção de Helen, que pressente que ele pode vir a prejudicar o andamento do caso.

" - Sei como se sente, Mark, e, se quiser tirar alguns dias de folga, tudo bem. Mas você não vai me deixar na mão.
Havia uma determinação ferina em sua voz.
  - Você é bom demais para jogar tudo fora. É o melhor detetive com quem já trabalhei."

Helen e sua equipe começam a juntar as peças do quebra-cabeça em que o caso se transformou, mas a medida que eles vão descobrindo mais pistas sobre esse jogo macabro elaborado pela mente psicótica e louca de um assassino cruel e sanguinário ela se depara com uma verdade avassaladora, da qual ela é uma peça crucial e indispensável ao jogo.
Todas as provas e elementos descobertos sobre a pessoa que está por traz dessas mortes violentas apontam para uma trama cheia de vingança, ódio e rancor e caberá a detetive-inspetora Helen Grace dar um fim a essas mortes de uma vez por todas. Nem que para isso ela tenha que se colocar na linha de frente do inimigo.



[ - Minhas impressões - ] 

Minha gente, esse livro me fez ir dormir às cinco horas da manhã. É isso mesmo! Com uma escrita rápida, dinâmica e super empolgante não teve quem me fizesse largá-lo antes de conhecer a identidade do assassino. E quando enfim eu soube... uau! Eu fiquei pasma!
Não tem como eu não gostar desse livro, ele é bom demais!

A personagem principal é uma mulher cheia de segredos e super interessante, e eu adorei ver uma mulher comandando uma equipe cheia de homens (risos), fez um bem danado. Helen é forte, destemida, corajosa, esperta e muito justa, mas é perseguida por seus demônios do passado, que teimam em não deixá-la em paz.

A estória é cheia de ação e emoção, e quanto mais eu lia mais eu queria ler. Parecia até que eu estava dentro do livro tamanha a minha concentração, pois ele é riquíssimo em detalhes. Sem contar que o autor acertou em cheio ao criar uma trama de suspense com um terror psicológico envolvente e muito bem contado. Geralmente livros assim tendem a se arrastar um pouco ao longo da leitura, mas não foi o que aconteceu com este livro em questão. Não teve marasmo, lentidão, tédio, nada.  A leitura fluiu que foi uma beleza.

Os personagens foram primorosamente bem construídos e foi um verdadeiro deleite conhecer um a um com seus erros, defeitos, medos, fracassos, sonhos e segredos. Eles foram apresentados de forma bem humana e realista mostrando que quando colocadas em situações extremas as pessoas são capazes do inimaginável.


Em vários momentos eu fiquei muito angustiada ao ler as privações pelas quais os que foram sequestrados tiveram que enfrentar, foi realmente muito forte ler o terror e a agonia deles. Mas o que mais me impressionou foi descobrir a identidade do assassino e o que o motivou a fazer o que fez.  Aquilo não era gente, era um ser desprovido de qualquer sentimento bom que existe. Porém, dá pra entender porque ele se transformou nesse monstro cheio de dor e ódio (não estou querendo justificá-lo, muito pelo contrário).

Eu fiquei estarrecida com o sequestro das duas últimas pessoas e também muito triste, pois eu sabia que para uma sobreviver a outra teria que morrer. Me deu muita dó deles. Sem contar que a falta de comida e água acaba transformando as pessoas em verdadeiros animais, que são capazes de fazer qualquer coisa para sobreviver. Foi deprimente, chocante e apavorante vê-los reduzidos a criaturas nojentas e repulsivas.

O livro é narrado em primeira pessoa intercalando passado e presente em capítulos curtos e muito ágeis, instigando o leitor a querer se aprofundar e se apoderar da estória o mais rápido possível.
Eu mergulhei nas páginas e fui devorando uma a uma com vontade e desespero. Foi uma leitura que mexeu muito com as minhas emoções.

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5 comentários

  1. Este livro está na minha lista de desejados já tem um bom tempo e eu tenho fé de que conseguirei ler ele um dia.
    Amo essa mistura de suspense, mistério e um bom serial killer sendo caçado por uma ótima equipe de detetives.
    Ainda mais quando o terror não está só nas letras ou ações,mas também indo para este lado de mexer com o psicológico e sei bem que este livro traz tudo isso e ainda um pouco mais.
    Lerei com certeza!
    Beijo

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  2. Kaline!
    Gosto muito de thriller psicológicos bem construídos e que nos deixam curiosos ao ponto de não queremos largar o livro até encontrar o assassino por trás de tudo.
    Achei que o livro lembra Jogos Mortais deve ser carregado de suspense e com grande mistério por trás de tudo.
    Só achei o título um tanto infantil, mas se o livro é bom mesmo, vale muito a pena a leitura.
    Desejo uma semana mais que abençoada e Novo Ano repleto de realizações!!
    “Meta para o Ano Novo? Ser feliz!” (Desconhecido)
    cheirinhos
    Rudy
    1º TOP COMENTARISTA do ano 3 livros + Kit de papelaria, 3 ganhadores, participem!

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  3. Adoro livro de suspense e adorei esse ter como detetive uma mulher, afinal quando queremos somos melhores que o FBI rsrsrs
    Fiquei bem curiosa e já tenho duas suspeitas para o assassino, agora só falta ler pra ver se minha dedução está correta.

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  4. Nossa Kaline, você me deixou com vontade de sair correndo agora mesmo pra livraria pra comprar esse livro . Ja adorei o título em si, acho que tem tudo a ver com a história. Outro ponto é que foto mais criativa, super assustado a faca com as rosas hahaha. Quanto a história eu também adoro quando mulheres comandam e mostram como nós somos brilhantes hahahaha. Você me deixou curiosa pra saber quem é o assassino e quem são as duas últimas pessoas sequestradas sem ao menos começar a ler. Sei como é a questão das cenas fortes, quando leio livros do gênero eu sou mto impressionável mas não paro não rsrs. Acho que podiam transformar em filme porque o plot é mto bom e eu ia estar na fila da estréia. Muito boa resenha e já coloquei até na lista de "quero ler" no skoob e meta pra 2018 ainda.

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  5. Tinha ouvido falar nesse livro mas eu não procurei saber sobre o que era confesso que eu fiquei bem impressionada quando eu soube do que se tratava eu realmente quero ler esse livro a sinopse é bem interessante e me lembrou muito um jogo chamado roleta russa

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