Resenha - Robopocalipse

22 janeiro 2018

Título: Robopocalipse
Autor: Daniel H. Wilson
Editora: Grupo Editorial Record
Skoob / Goodreads
Páginas: 406
Onde comprar: Amazon / Submarino

Ela está na sua casa. Ela está no seu carro. Ela está no céu. Ela está no seu bolso. E agora a tecnologia quer acabar com você.
Uma inteligência artificial é criada: Archos. Em segundos de análise de dados, ela conclui que a humanidade é descartável. A partir disso, ela toma conta de toda forma de tecnologia on-line do mundo. Primeiro, pequenos bugs em equipamentos e programas são percebidos, sem que ninguém perceba nenhuma conexão entre os acontecimentos. Então, no que ficou conhecido como a hora H, Archos lança um ataque total contra a raça humana. Por isso, para detê-la, a humanidade deverá fazer algo que jamais foi tentado antes: unir-se por um objetivo em comum.





Em um futuro não muito distante as máquinas se tornaram vitais para o funcionamento da sociedade. Elas são programadas apenas para servir, seja de forma autônoma ou com a "ajuda" de um ser humano. Mas a criação de Archos, uma Inteligência Artificial com poder de processamento tão grande ao ponto de conseguir escapar de uma gaiola de Faraday muda tudo. Archos não pode ser contido. Agora ele domina tudo, desde smart cars até as bonecas eletrônicas, e sem ninguém perceber (na real que as pessoas só percebem que o mundo tá acabando quando o teto cai na cara delas né?) ele faz com que toda a tecnologia se volte contra a humanidade.

Nos primeiros meses de vida do vírus apenas alguns acidentes isolados são percebidos, apenas bugs. Mas depois as coisas começam a piorar e os humanos começam a ser deliberadamente assassinados. A civilização, de certa forma, regride, os humanos precisam se juntar em acampamentos parecidos com tribos para sobreviver. Os poucos que se arriscam a andar pelas cidades podem ser capturados e levados para campos de concentração. Ainda assim, grupos de resistência são formados para descobrir o que os robôs intencionam fazer com o mundo, e como o fim do mundo pode ser detido.

Archos sempre acreditou que robôs não poderiam trabalhar junto com os seres humanos, sempre achou que o homem não foi programado para viver ou conviver, apenas para matar. Será que ele muda de ideia quando vários grupos rebeldes partem em uma missão para acabar com ele sendo ajudados por um pequeno grupo de robôs que se livraram do seu vírus?

"Não há honra em matar algo que não sabe que está vivo."




[ - Minhas Impressões - ]

Sempre conversei com meus amigos sobre um provável Apocalipse, mas sem aquelas coisas sem nexo de zumbi ou anjos e demônios igual a gente vê no Supernatural. O Apocalipse pra mim tinha que ser uma coisa mais real, tinha que ser com robôs! Eu confesso que sou meio obcecada por ficção científica, talvez a ideia tenha vindo daí. E enquanto eu ficava pensando num futuro em que as Inteligências Artificiais se rebelassem tava *tudo bem*, e eis que um livro desse cai no meu colo!

Quando recebi Robocalipse me dividi em duas reações: 1) QUE CAPA BIZONHA (isso significa estranho!) e 2) Isso é real??? Tem um livro disso??? Eu vou abandonar todas as minhas leituras e ficar com esse livro!!! Geralmente eu sou do time Total Flop, falo que vou ler e não leio, mas Robopocalipse te prende na história de um jeito que parecia que a minha vida dependia de eu saber como eles iam conseguir matar a I.A. ou se eles iam mesmo conseguir isso!

"— Porque você está programado para desejar algo que vai machucá-lo. E não consegue deixar de desejar. Não consegue parar de desejar. Está na sua programação. E, quando finalmente encontrar, essa coisa vai acabar com você. Essa coisa vai destruir você."

Eu não sei se vocês já leram os livros da trilogia Os Arquivos Têmis, mas eles são narrados meio em forma de entrevistas e meio em forma de documentos e aqui também não é muito diferente! O autor nos apresenta vários focos narrativos com várias pessoas diferentes e todas essas pontas se completam no final, mas ainda assim a gente consegue captar a urgência e o pavor com relação a tudo que tá acontecendo, e consegue sentir empatia pelos personagens, ao mesmo tempo em que fica: ah, mas se eu fosse ele, acho que fazer isso ou fazer aquilo outro ia ser melhor, sabe?

Sinceramente, eu não consigo descrever com palavras o quanto esse livro é incrível e o quanto eu gostei de ler ele. Mas pra vocês terem uma ideia, eu fiz essa leitura a quase dois meses e eu ainda fico remoendo a história e pensando em tudo o que aconteceu e como os personagens ficaram. Pra mim, pra minha pessoa, essa é uma história muito real, que pode acontecer de verdade em qualquer instante (desde que encontrem a singularidade) e uma coisa que, ainda não sei se me deixa apavorada ou muito entusiasmada, é que o autor é PhD em Robótica, ou seja... Pra você que gosta de ficção científica, que adora aquele clima de suspense e essa vibe de conspiração, esse livro é uma super recomendação!

"Quanta mudança uma pessoa é capaz de absorver antes que tudo perca o sentido? Viver por viver não é vida. As pessoas precisam de sentido assim como precisam de ar."

Agora, quanto a edição: depois de um tempinho encarando a capa eu consegui achar bem legal! Mas o fato de ela ser igual a capa original, com certeza é maravilhoso, até porque acho que se fizessem uma nova ia ficar uma coisa meio sem nexo! A diagramação é a mais simples possível, e muito tranquila, muito gostosinha de se ler. Confesso que nem reparei muito nisso, fiquei ocupada lendo ou refletindo sobre como o mundo ia ficar louco se esse Apocalipse acontecesse real oficial!

Nessa edição a gente tem o mesmo problema de várias edições do Grupo Editorial Record: letras borradas e folhas finas, de um jeito que da pra ver o que tá escrito do outro lado! Já tô tão acostumada com isso que nem me importo mais, mas vai que esse é seu primeiro contato né? Sempre bom avisar essas coisas! E não lembro de ter encontrado nenhum problema na revisão.


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4 comentários

  1. Oi Natália!
    É a quarta resenha que leio desse livro, no começo não estava mto animada em ler, mas ao decorrer das resenhas me convenci á conhecer pois o enredo e essa capa linda me chamaram bastante atenção, já está na listinha dos desejados!
    Bjs!

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  2. É engraçado e triste ao mesmo tempo quando a gente imagina algo assim. E estamos caminhando a passos largos para algo deste porte.
    Logo, logo, as inteligências artificiais estarão substituindo a humanidade em tudo. Mas..e sentimentos? Também deixarão de existir?
    Não conhecia o livro e mesmo não sendo tão fã de ficção científica, gostei demais de tudo que li acima, até pelo lance de fazer pensar e se questionar por nosso futuro.
    Vai para a lista de desejados com certeza.
    Beijo

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  3. Natália!
    Gosto demais de livros de ficção, principalmente quando tem robos e tecnologia envolvida, porque fica tão próximo da nossa realidade, não é mesmo?...
    Achei magnífica a frma diferenciada da narrativa, trazendo vários pontos de vistas e entrevistas.
    Não li o livro e nem assisti o filme, embora tenha lido boas críticas sobre ele.
    Desejo uma semana produtiva e abençoada!
    “Bem aventurados os que mudam suas atitudes sem esperar um ano novo.” (Desconhecido)
    cheirinhos
    Rudy
    1º TOP COMENTARISTA do ano 3 livros + Kit de papelaria, 3 ganhadores, participem!

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  4. Ok Ok eu não fiquei nem um pouquinho interessada nesse livro eu vi que na época do lançamento um blog falou muito bem dele mas em compensação foi o único não gosto muito de filmes de robô nem de livros e o único que eu li foi Eu Robô editora aleph mas quem sabe de uma chance a esse algum dia

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