Resenha - Pollyanna

31 janeiro 2017


Título: Pollyanna
Autor: Eleanor H. Porter
Editora: Martin Claret
Skoob / Goodreads
Páginas: 
192
Onde comprar: Saraiva / Amazon

Pollyanna, de Eleanor H. Porter, é um clássico da literatura infanto-juvenil. Escrito em 1912, foi inicialmente publicado em capítulos no jornal Christian Herald, de Boston. Ganhou forma de livro em 1913 e de imediato tornou-se um best seller.Traduzido em quase todas as línguas, nunca mais parou de ser lido. Levado às telas pela primeira vez em 1920, foi refilmado muitas vezes, inclusive pelos estúdios Disney.No Brasil, com tradução de Monteiro Lobato, foi publicado pela primeira vez em 1934.Pollyanna é uma história sobre o amor, a amizade e, sobretudo, sobre o surpreendente poder de transformação que os jovens e as crianças podem ter, sem se dar conta.Uma otimista incurável, Pollyanna não aceita desculpas para a infelicidade e empenha-se de corpo e alma em ensinar às pessoas o caminho de superar a tristeza e a vida negativa.









A história começa quando Miss Polly Harrington, uma viúva solitária e severa, recebe uma carta que informa da vinda de sua sobrinha de onze anos chamada Pollyanna e logo no inicio podemos perceber sua indiferença quanto a noticia, mas ao mesmo tempo se sente na obrigação de recebê-la por ter um dever a cumprir como anfitriã.

‘’Miss Polly ergueu-se com o rosto contraído e os lábios apertados. Estava contente, naturalmente, por ser uma boa mulher, que não apenas sabia qual era seu dever como tinha força suficiente para cumpri-lo. ’’

Por outro lado, temos Nancy, uma moça de família simples, empregada muito responsável e atenciosa que fica encarregada de limpar o quarto no sótão onde ficará Pollyana, porém ela se sente bastante incomodada assim que a menina chega a casa, pois a tia trata a sobrinha com bastante frieza. A surpresa é que Pollyanna não abre a boca para reclamar e nem se mostra abalada com esse comportamento da tia, pois de acordo com ela, tudo tem um lado bom e isso se deve a um jogo que aprendeu com o seu pai.

Pollyana imaginava outro tipo de vida ao lado da tia, mas apesar das regras a seguir, não perde seu bom ânimo e assim, acaba vendo as coisas tudo de uma maneira diferente por causa do ‘’Jogo do Contente’’ no qual consegue ser feliz através de coisas simples enquanto, outras pessoas no qual ela vai conhecendo querem muito mais do que a vida não pode lhes dar.

‘’ ...Eu pensei em quanto odiava ver minhas sardas no espelho, e vi aquela paisagem tão bonita pela janela; então eu soube que tinha encontrado coisas para ficar contente. Sabe, quando se está procurando as coisas boas esquece-se das outras...’’

Então, com o passar das páginas, ela vai ensinando para diversas pessoas da cidade o seu jogo e acaba ficando bastante conhecida pelo seu bom coração, menos pela sua tia que continua sendo bastante indiferente com sua presença. Claro que haverá um acontecimento que mudará a vida de todos, inclusive da tia Polly e isso com certeza vocês terão que conferir lendo o livro, porque se eu falar mais do que devo estarei dando SPOILERS!





Definitivamente não esperava encontrar o tipo de enredo que encontrei em “Pollyana”.

E essa surpresa fez com que eu gostasse bastante, pois meus amigos, trata-se de um clássico por conta da mensagem que nos é passada através de uma criança de onze anos que vê a vida de uma maneira feliz e nunca vê problema em nada, enquanto nós normalmente vemos problemas em tudo né? (risos)

Na vida é impossível ser 100% feliz e com os obstáculos e dificuldades que nos são proporcionados vemos que supera-los é a maneira de buscar as coisas boas e não aceitar as ruins. Contudo, ver a menina passar por tantas coisas, percebi que ela conquista o carinho e a atenção de várias pessoas durante as páginas através desse jogo. As pessoas de inicio a tomam por uma pessoa estranha mais pela maneira que ela vai se explicando, mas tudo acaba fazendo sentido depois. 

Eu confesso que até eu a achei uma personagem um pouco esquisita, porém encantadoramente fantástica pela maneira que ela vê a vida com outros olhos.

Nada vai fazer muito sentido para vocês nessa resenha, pois apesar do livro ter 192 páginas, acontecem diversas coisas e as reviravoltas na história que fará que vocês compreendam tudo isso que estou falando. É um livro que nos passa uma lição valiosa de otimismo e que vale muito a pena ter na estante.

A autora Eleanor H. criou uma personagem que possui um carisma que nos salta à vista e com isso faz com que ela transmita muito mais facilmente sua maneira linda de viver. Os personagens secundários também foram muito bem construídos no decorrer da narrativa, que, aliás, é bastante envolvente, pois a linguagem é de fácil entendimento e até confesso para vocês que em nenhum momento me senti cansada, pois normalmente a maioria dos clássicos da literatura é bastante maçante e com esse livro não foi o caso. Dei realmente sorte, porque tive trauma na escola por conta dos livros que tinham uma linguagem mais difícil de ser compreendida. (risos)

A diagramação do livro é simples, não encontrei qualquer tipo de erro de revisão. Simplesmente adorei essa edição da Martin Claret e espero poder ler outras obras clássicas que possam me passar mensagens tão lindas como Pollyanna me passou.

Recomendo e muito. Não deixem de contemplar essa obra viu? 
Um bom titulo para começar bem o ano.

19 comentários

  1. Ola. Confesso que não leria o livro, mas gostei do tema proposto e a maneira como é abordado, mostrando o otimismo que só uma criança pode ter em relação ao mundo.
    Todos deveríamos jogar o "Jogo do contente" de vez em quando, hehe.
    Gostei do enredo, mas não leria o livro por não fazer muito meu estilo.

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  2. Oie Silvana tudo bem?
    Tenho uma amiga que é apaixonada por esse livro e pela continuação se não me engano, eu pelo contrario nunca me interessei em ler ele, mas fico feliz que tenha gostado da leitura!
    Bjss

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  3. Oi, Silvana!
    Li esse livro faz anos. Amei a escrita e a nossa protagonista tão bem humorada. O jogo do contente me acompanha até hoje. <3
    Uma menina então pouca idade e já passou por muita coisa, mas não se deixar abalar por isso. <3
    Beijão!
    http://www.lagarota.com.br/
    http://www.asmeninasqueleemlivros.com/

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  4. Este livro marcou a minha infância e ainda tenho o meu exemplar, surradinho, na estante. Te entendo em achar a personagem esquisita, acho que porque vivemos dias tão pessimistas, que ver alguém tão positivo, nos causa estranheza.
    Adorei suas considerações sobre a obra e sua edição está linda, mesmo simples.
    MEU AMOR PELOS LIVROS
    Beijos

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  5. Oii
    Conheço o livro mas nunca tive vontade de lê-lo. Provavelmente eu daria a alguma criança para incentivar a leitura. Acho que tenho que aprender a brincar do Jogo do Contente, pois as vezes parece que nada está bom.

    P.s. Acho que você colocou a sinopse errada na postagem =)

    Vícios e Literatura

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  6. Olá ♥
    Eu lembro desse livro da época de escola tive que fazer uma leitura para falar sobre ele na aula de literatura. Chego a achar até bonito a ingenuidade de Pollyana, pois algumas crianças são assim. A tia sendo fria me fez ter um certo receio em relação a ela.Também achei ela meio esquisita as vezes, mas fazer o que era o jeito dela de fazer e levar as coisas.Uma coisa que me encanta é que uma menina com tão pouca idade passar por tantas coisas igual nossa protagonista já passou. Me deu vontade de fazer um releitura ♥
    Amei a resenha, beijos ♥

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  7. Oie!
    Eu ainda não li esse livro, mas pelo pouco que sei dessa história, acredito que ela seja incrível. Pois uma trama que passa tão linda mensagem, só pode ser incrível.
    Só sei que preciso ler logo esse livro.
    Bjks!
    Histórias sem Fim

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  8. Oi, silvana, ainda não li esse livro mas tenho uma vontade imensa, pois sempre ouvi falar da história de poliana e do jogo do contente, que realmente todos nós deveríamos aplicar mais nas nossas vidas. Fiquei intrigada com qual será o acontecimento que faz as coisas mudarem, inclusive com a tia malvada. Espero poder ler, e me animou ainda mais saber que a linguagem é de fácil entendimento.

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  9. Eu adoro Pollyanna! Li pela primeira vez quando ainda era uma criança e desde então reli algumas vezes, a garotinha me encantou logo de cara com seu jogo do contente, entendo perfeitamente ela sair encantando tanta gente pela cidade. Amo tanto esse primeiro livro quanto Pollyanna Moça, e minhas edições deles são bem antigas, mas não as troco por nenhuma outra porque têm história, foram dadas pela minha avó, eram os livros dela. :)

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  10. Olá Silvana, tudo bom?
    Tenho um carinho muito especial por esse livro! Ele foi o responsável pelo meu nome e as vezes acho que pelo meu amor pela leitura também rs Fico feliz que tenha gostado da leitura, ainda que tenha estranhado a personagem algumas vezes (sempre fico feliz quando vejo pessoas gostando dos livros que eu gosto haha). É lindo acompanhar a história da personagem jogando seu jogo do contente, sempre tentando ver o melhor da vida mesmo em meio as adversidades. Amei sua resenha!

    Beijos!
    @PollyanaCampos
    Entre Livros e Personagens

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  11. Eu li esse livro quando eu era muito criança e eu já amei. Acho que esse livro asim como o pequeno príncipe tem um que de coisas que só quando adultos nós conseguimos entender né? Amo o jogo do contente de POllyanna. Beijos

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  12. Oi Silvana, tudo bem?
    Tive a oportunidade de pegar esse livro da escola várias vezes, mas nunca fiz isso, acredita? É que o meu gosto pela leitura é bem recente, então acabei perdendo a oportunidade. Ao conferir a resenha, vi que não deveria ter passado a chance, deve ser incrível a perspectiva tão otimista que essa menina tem, mesmo sendo maltratada! Estou bem ansiosa para descobrir quais são as reviravoltas. Com certeza o lerei.

    Beijos! ♥

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  13. Oi, Silvana!
    Nunca tive uma oportunidade de ler uma resenha de Pollyanna, apesar de sempre ter ouvido falar sobre o livro, fiquei curiosa para conhecer o ''Jogo do Contente'' tenho certeza que o livro traz ótimos ensinamentos e reflexões!
    Fico feliz da narrativa não ser arrastada, geralmente isso acontece mesmo nos livros clássicos! Vou colocá-lo na minha lista de leitura.
    Parabéns pela resenha!

    Beijos!
    Eli - Leitura Entre Amigas
    http://www.leituraentreamigas.com.br/

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  14. Olá, tudo bem?
    Nossa, eu sou um apaixonado por este clássico, ele realmente nos faz viajar pela trama. E sim, são 192 páginas de pura reviravolta e de momentos que mudam muito a história. É um clássico diferente dos demais, pois continua sempre atual. Você já leu Pollyana Moça, a sequência deste? Se não, você deve, irá gostar muito.

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  15. Olá!
    Esse livro está na biblioteca da minha escola e nunca parei para alugar ele, infelizmente, após essa resenha senti um bom pressentimento em relação a essa história, mesmo não sendo fã de histórias que tenham moral adorei conhecer como Pollyanna leva a vida e quero saber mais! Espero conseguir ler em breve.
    Beijos,Lari.
    Segredosdeumacerejeira.blogspot.com

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  16. Oieee
    Tudo bom?
    Nossa fiquei aqui tentando imaginar o motivo dá tia dela a tratar dessa forma.
    Eu já tinha ouvido falar desse livro, mas nunca li uma resenha.
    Beijos

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  17. Oi, tudo bem?
    Eu confesso que sempre vi esse livro por ai e tinha curiosidade com ele, mas nunca parei para saber mais sobre a história, tanto que eu não sabia praticamente nada sobre. Então de cara sua resenha me deixou animada, me apaixonei por Pollyana logo nos seus primeiros comentários sobre ela e esse jogo do contente é tão lindo! Enfim, parece ser uma leitura realmente muito bacana e cheia de aprendizados.

    Beijos :*

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  18. Oi, Silvana

    Eu li esse livro há muito tempo, mas, por ser muito nova, acho que não captei a mensagem do livro. Hoje em dia, após ter lido vários livros que retratam a perspetiva de uma criança em relação ao mundo que a cerca, acho que mergulharia mais na história.
    Que bom que você gostou e que se surpreendeu!

    Beijo

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  19. Esse foi um dos primeiros livros que eu lembro de folhear em minha infância, minha mãe tinha uma coleção infantil e este estava entre eles. Quando aprendi a ler, foi o primeiro livro da coleção que li, pois o desenho dos cristas e o reflexo deles na parede sempre me chamou muito a atenção.

    Lembrar dessas coisas me traz uma saudadinha, haha!

    Não conhecia essa edição da Martin Claret, quem sabe não esteja na hora de ter essa historia linda na minha estante, novamente?

    Abraços!
    www.asmeninasqueleemlivros.com

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