Cortesia: Autor Érico J. Santos
N° de páginas: 158
Editora: Novo Século
Skoob
Onde Comprar: Saraiva / Amazon
O livro Alzheimer - a família, a doença lhe convida a fazer uma reflexão sobre a vida e a descobrir de fato quem somos, de onde viemos e para onde devemos ir. Acredite, você não vai ler apenas um livro que fala da doença. Vamos falar das nossas emoções, das ações do tempo, dos nossos desejos, das inquietações da família. O livro se propõe a refletir sobre qual caminho devemos seguir e nos convida a buscar o amor, o perdão, a compreensão. Venha, você está convidado a descobrir a si mesmo. O momento mais importante da vida é o agora; sinta-se vivo, ame agora.
Quem aqui acompanha o blog e suas postagens e, que por acaso já tenha lido alguma resenha minha, sabe que eu procuro sempre tirar ensinamentos e reflexões dos livros que leio, pois eu acredito que os livros têm essa função de nos fazer pensar e de nos colocarmos no lugar do outro. A maioria dos livros que leio são ficcionais, mas nem por isso deixo de aprender com eles, e isso é mérito exclusivo dos autores, todavia, este livro do qual eu trago a resenha para vocês agora, trata-se de um relato verídico do autor Érico J. Santos, que está sentindo em sua própria pele como é lidar com o fato de um ente querido seu estar enfrentando as dificuldades e dissabores ao se descobrir com a doença de Alzheimer.
O livro é emocionante, real e muito sensível também, pois nele não está contido lamúrias e desespero, e sim ensinamentos e incentivos para encorajar a todos que, porventura, se encontre passando pela mesma situação do autor de conseguir, mesmo em meio às constantes angústias, encontrar forças e coragem para enfrentar a batalha e crescer com ela.
O autor a todo momento cita inúmeras situações nas quais ele precisou lidar com sabedoria, discernimento e muito amor ao ajudar sua amada e corajosa mãe a viver e conviver com a doença, pois penso eu, por tudo o que li, o quão difícil e penoso é tanto para o doente, quanto para os familiares, ainda mais para aqueles que estão de frente, segurando a barra extremamente pesada que significa essa doença.
Ele nos leva a conhecer mais sobre o assunto em seu início e vai se aprofundando mais à medida em que a doença progride. Com isso, eu pude aprender e entender muito mais a respeito de como é para a pessoa que tem a doença e para seus familiares saber encarar cada novo esquecimento e o medo que isso provoca.
"Quando a família se preocupa com os lapsos de memória dos pais, procurando precocemente o geriatra, certamente será possível retardar o avanço da doença."
Ler este livro foi um verdadeiro presente para mim, sem contar o quanto me senti tocada durante a leitura, pois através do relato do autor pude sentir em suas palavras o enorme amor e carinho que o liga a sua querida mãe.
O Érico, acho que posso chamá-lo pelo primeiro nome (risos), toca em questões muito importantes no trato da pessoa com a doença, e me levou a refletir ainda durante a leitura o quanto precisamos ser fortes e confiar em Deus, e nos fazer sabedores da capacidade que temos de enfrentar tudo o que vem junto do Alzheimer, e o mais importante, nos ensina a praticar e exercer o perdão. Já que o ser humano tende a culpar a Deus, ao próprio doente e aos familiares pela doença em questão, mas se esquece que ninguém deseja para si uma doença tão assustadora e sabotadora como essa.
"Busque sempre a alegria no coração, o perdão da alma, o entendimento dos fatos, suas razões e suas emoções. Seja sábio: tome decisões no tempo certo. Quem sabe assim a natureza o protege da doença de Alzheimer para que você aproveite cada dia, minuto com os amigos, a família, os filhos e tudo de que precisa para ser feliz."
Penso que livros como este deveriam fazer mais parte do nosso dia a dia como leitores, pois ele nos dá uma certa dimensão das lutas, agruras e sofrimentos que o doente encontra e também a família, pois sofrem todos quando doenças como essa se instalam no seio familiar. É um tremendo choque de realidade do qual todos nós faríamos o que fosse possível para não termos que encarar. Mas a cada nova página que eu li, ficou muito claro para mim que o autor soube lidar de forma admirável e corajosa com a doença e todos os infortúnios advindos da mesma, embora saibamos que nem todas as pessoas têm o que é necessário para poder lidar com a doença e que, por conta disso, acabam abandonando seus pais em asilos ou à própria sorte.
Essa é uma triste realidade e ela acontece mais vezes do que podemos imaginar, porém o que está em pauta aqui é exatamente o contrário, já que o autor em momento algum permitiu que sua mãezinha enfrentasse o Alzheimer sozinha, muito pelo contrário. Ele é um filho ativo e participativo na vida e no dia a dia de sua mãe, cuidadoso, amoroso, preocupado e o principal, ele é um filho presente e que soube tirar dessa experiência algo de bom e valioso e nos brinda com essa emocionante história.
Eu como leitora digo que foi uma leitura realmente necessária e muito cativante também, que me sensibilizou demais, por várias vezes meus olhos marejaram e eu precisei engolir o bolo que se formou em minha garganta porque, por mais que eu imagine, não tem como eu saber de fato como é viver e conviver com essa doença tão devastadora e cruel.
Sou grata de verdade ao autor por me dar a chance de conhecer seu relato real sobre uma das piores doenças da qual eu já ouvi falar em toda a minha vida. Seu livro com certeza precisa ser lido, pois ajudará as pessoas a compreender e saber como lidar com a doença.
"Apenas quem já sente a dor da doença de Alzheimer pode imaginar o que é administrar conflitos. Quando buscamos amor e perdão no coração, aumentamos a possibilidade de respostas, descobrindo o objetivo a alcançar e o nível de energia para a nossa vida."
A capa do livro me sensibilizou bastante também por que passa a sensação de contemplação de uma vastidão de tudo e nada ao mesmo tempo, pois quando a pessoa que sofre dessa doença se perde de si mesma, ela não tem noção de nada que está ao seu redor. É um eterno olhar no vazio e uma busca por algo que não se sabe o que é, isso é muito triste, porém tremendamente real e assustador.
A escrita é leve, já que o autor escolheu uma abordagem voltada mais para a reflexão, o perdão e a necessidade de falar com Deus, de buscá-lo em todos os momentos de aperto e medo também. O livro não é longo, são 158 páginas, mas penso eu que seja o ideal, pois ele conseguiu falar de tudo um pouco sem se prender demais a um assusto. Isso permitiu uma leitura rápida e muito agradável, sem contar que ele conseguiu me fazer refletir e muito sobre suas palavras e sua mensagem. Acredito que tenha sido exatamente isso o que o autor queria e ele acertou em cheio.
Espero ler mais de seus livros em breve e, que em cada um deles, eu possa me tornar uma pessoa melhor e mais consciente da vida e de como tentar vivê-la da melhor forma possível, tirando dela e de mim mesma, o melhor que possa existir, pois o tempo é inexorável e não volta atrás. E como bem diz o autor: o mais importante da vida é o agora, portanto, cada um de nós temos a obrigação de nos sentirmos vivos, nos alegrar com isso e amar agora.
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Érico José dos Santos, nasceu em Maceió-AL , em 7 de dezembro de 1963. Ficou órfão de pai com apenas um ano de idade. Empresário, casado, pai de duas filhas, dedica-se à família, cuidando em seu próprio lar de sua mãe, de 87 anos, de sua sogra, de 85, e de sua cunhada especial, de 55 anos, todas com a doença de Alzheimer.
14 comentários
Oi Kaline!
ResponderExcluirEu estou doida pra ler esse livro, é a segunda resenha que leio do livro, linda por sinal, parabéns...
Quem passa esses momentos com alguém próximo sabe o quão difícil é,m perdi meu avó para o Alzheimer e foi mto triste...
Creio que i livro deixa grandes msg para os leitores, espero ler mto em breve.
Bjs!
Também sempre procuro tirar alguma lição de algum livro que esteja lendo, mesmo que a maioria seja de ficção.
ResponderExcluirNão conhecia o livro acima, mas é dolorido demais viver isso na família. Minha avó tem passado pela doença e mesmo que ela more distante de mim, é ruim quando ela não me reconhece. Estranhamente reconhece minha filha e nunca a mim.
Estou vendo também uma série, Greys Anatomy, onde na temporada que estou, a esposa de um médico enfrenta a doença. Ou a família enfrenta né?
Vai para a lista de desejados com certeza é quero muito conhecer este livro que tem uma capa linda, enredo maravilhoso e ainda é nacional!!!
Beijo
Eu li esse livro pra sorteio recentemente mas não tinha lido nada sobre ele, confesso que não faz o meu estilo, eu sou muito de ler por puro entretenimento. Mas eu achei bem interessante a leitura para poder indicar o livro a uma pessoa da família, acho que não custa tentar não é mesmo? Obrigada pela resenha.
ResponderExcluirKaline!
ResponderExcluirDeve ser uma leitura transformadora e intensa, não é mesmo?
Tenho o maior interesse em ler esse livro,principalmente porque venho de um DNA de duas gerações de Alzheimer: minha vóinhaa teve o que chamavam na época de ARTERIOSCLEROSE e mainha e minha tia, irmã dela, estão com ALZHEIMER, já viu que vou na trilha, embora procure sempre exercitar a mente e cuidar da alimentação para que não aconteça mais cedo.
Esse livro poderia abrir meus horizontes...
cheirinhos
Rudy
Muito bonita a resenha. Quando vi esse livro imaginei que era um livro do tipo didático, com coisas práticas para o dia a dia. Mas que bom saber que é um livro sensível ,cheio de amor e humanidades . Eu conheço duas pessoas que sofrem de Alzheimer, e é uma tristeza, uma doença que leva o passado ,a vida toda. Incrível esse livro contar toda dedicação desse rapaz com a mãe, onde muitos se livram dos pais idosos, esse escritor ao contrário cuida de sua mãe com imensa dedicação e amor, Um belo livro , para ler ,refletir e aprender.
ResponderExcluirNossa deve ser profundo e ti fazer pensar mais nesse assunto que é de pouco conhecimento pra muitas pessoas, ainda nao tive a oportunidade de ler mas futuramente quero ler ele!!!
ResponderExcluirOi, Kaline!
ResponderExcluirConfesso que livros do estilo de Alzheimer - a familia, a doença não faz o meu gênero, mas lendo sua resenha fiquei interessada e se eu tiver a oportunidade de ler esse livro vou ler sim... O que mais achei interessante no livro é que o autor não se concentra nas lamúrias e desespero que o Alzheimer provoca mas sim nos ensinamentos e incentivos para conviver e lutar contra essa doença.
Ah, concordo completamente com você, qualquer tipo de doença não afeta apenas o doente mas também sua família; quando minha irmã se descobriu com diabetes todos nós sofremos junto com ela, se não fosse a ajuda de Deus não sei como seria... Confiar em Deus é fundamental!
Abraços, valeu pela dica.
Que livro encantador!
ResponderExcluirNão conhecia o livro e nem o autor e estou encantada com toda essa trama e sua resenha.
Meu avó teve Alzheimer e tivemos que lidar com amor e paciência com ele, então ler o livro séria uma oportunidade enorme.
beijinhos
She is a Bookaholic
Olá! Caramba só com a resenha já deu para sentir que o livro, além de grandes ensinamentos, traz também uma grande carga emocional e promete mexer bastante com nossas emoções. Eu também procuro sempre tirar alguma lição das minhas leituras, por mais fantasiosas que elas possam ser. E o Alzheimer é um assunto pouco conhecido por mim, logo quero muito conferir a leitura e aprender um pouco mais sobre ele.
ResponderExcluirOlá Kaline,
ResponderExcluirSendo sincera, eu evito muito ler esse tipo de livro, concordo com o que disse sobre a leitura, mas eu tento fugir um pouco de "choque de realidade", porque sei como ele nos toca!
Infelizmente conheço um pouco dessa luta, e sim, ela é terrível, acredito muito que na maioria das vezes é pior para quem convive, já que temos que aprender a lidar com aquilo, e olha, paciência e amor são sem dúvidas essenciais, mas sensibilidade também, para entender que a culpa não é da pessoa...
É um livro muito bom, mesmo sem ler já sei disso, e espero também que conheça mais sobre outras obras do autor.
Beijos
Olá!
ResponderExcluirO tema já nos fala que o livro é bem intenso e carregado de emoções. Essa doença é bem triste e cruel, porque aos poucos o doente vai esquecendo e se torna uma criança novamente. Já acompanhei de perto um doente de Alzheimer, a avó da minha amiga tinha, e era tão triste e ao mesmo tempo ela me ensinou tanto que não tem como você não se comover.
Pretendo ler o livro com certeza.
Fiquei surpresa em saber que o autor é Maceioense, perto de mim e eu nem sabia de sua existência, vou pesquisar mais sobre ele e suas obras, se tiver outras.
Bjs!
Oi Kaline, tudo bem?
ResponderExcluirQue resenha linda e emocionante! Fiquei muito tocada por suas palavras. Graças a Deus eu não tive que conviver com esta doença, mas tenho amigas que tem familiares que sofrem com ela e sei o quanto é triste e difícil cuidar de alguém nestas condições. Como você falou é uma das piores doenças que existe.
Bjus
www.docesletras.com.br
Uma das coisas que não me cativou tanto foi o livro parecer de auto ajuda, não sei se o gênero é este, porém é o que parece.
ResponderExcluirSendo assim, tenho muitos medos acerca do gênero com aqueles que não sabem lidar com a leitura e tomam isso como um mapa para trilhar a vida ou um manual.
Como você disse, também não consigo não tirar proveito de algum livro. Claro que tem aqueles que não conseguimos (não porque ele é ruim, mas porque não nos tocou de alguma forma).
Mas as pessoas pegam e transformam o livro num manual e resolvem viver a risca do que ele diz, não que isso seja ruim, porém pode ser problemático. Por ser algo que devemos refletir!
E o livro Alzheimer me faz pensar também em como agir perante a situação, assim como Eu não sei bem o que fazer, podendo então refletir. E não sabendo agir apenas conforme manda a ciência.
Ainda penso bastante em ler a obra e conhecer a escrita do autor que me parece ser ótima!
Acho que tu conseguiu transmitir bastante a emoção que sentiu ao ler nesse post. Acabei ficando emocionada apenas lendo teu relato. Ultimamente tenho visto muitos posts sobre esse livro no meu feed do instagram, mas até então não tinha parado para ler uma resenha dele, apenas sabia pouco da sinopse.
ResponderExcluirNão sou uma pessoa religiosa, não sei se o fato dele levar um pouco para esse lado do perdão e etc me agradaria, mas tratando-se de uma história real eu acho que ficaria sim muito emocionada ao ler, livros com assuntos como esse têm uma carga emocional bem forte e deixam-me sensível. Mesmo não sendo religiosa acredito que eu conseguiria tirar alguns ensinamentos também, durante a leitura da resenha acabei pensando algumas vezes em minha avó, que não teve alzheimer por um longo tempo mas ficou doente por bastante tempo e foi difícil para quem a amava segurar a barra, como tu citou na resenha, e que o tempo todo eu lembro de ter chegado a culpar Deus por ela ter ido, de ter me revoltado um pouco por esse motivo. Nos seus últimos dias ela não se lembrava mais de ninguém e pouco de quem era, acredito que ali ela conviveu com o alzheimer. É realmente muito triste, não consigo imaginar a dor da família dele ao todo dia ver a doença tomar conta e como deve doer o sentimento de não poder fazer nada para pará-la.
Gostei muito da resenha, o livro parece ser muito interessante mesmo.