Título: Dezesseis
Autora: Rachel Vincent
Editora: Universo dos Livros
Páginas: 240
Onde comprar: Amazon / Saraiva
Havia muitas garotas parecidas com Dahlia 16, todas realmente idênticas a elas. Cerca de cinco mil garotas geradas a partir de um genoma, através de um processo científico que as destinava, desde o nascimento, para um dos Departamentos do qual fariam parte para trabalhar em prol do bom e perfeito funcionamento da cidade de Lakeview.
Dahlia, que neste ano estava na classe 16, faltando apenas dois anos para formar-se, faz parte do Departamento de Força de Trabalho, onde aprende o cultivo de legumes, frutas e verduras. Desde ainda muito pequena Dahlia percebia que sentia-se diferente das garotas que compunham seu genoma, embora sabia que para o funcionamento correto de Lakeview ela precisava manter-se dentro dos padrões em que todas as garotas se encontravam. Existiam regras rígidas a serem seguidas, como deveria agir ou pensar em qualquer que fosse a situação.
Quando Dahlia precisa comparecer a sala do Departamento de Administração, que cuida e controla todos os demais Departamentos, ela conhece Trigger 17, um cadente em formação do Departamento de Defesas. Após uma pane no elevador que levava ambos para o térreo do prédio da Administração, Dahlia vê aquele completo estranho quebrar todas as regras de conduta, incitando-a a falar algo indevido.
Naquele momento de medo, nos instantes em que ficaram presos juntos naquela escuridão do elevador quebrado, Dahlia sentia que o estranho tentava acalmar o pânico crescente nela. Sua voz suave dizia o que não lhe era permitido, mas gostava que ele estivesse se comunicando com ela, mesmo que só lhes fosse permitido falar "seu trabalho honra a todos nós" ou "obrigado pelo seu serviço" a pessoas de outros Departamentos. Ninguém saberia, afinal de contas. As câmeras do elevador desligaram-se assim que o aparelho parou de funcionar, então não haveria como alguém tomar consciência da breve conversa que tiveram. Não levariam todos que faziam parte de seus genomas para exames, afim de descobrir possíveis erros na genética depois que ela entrou em contato com Trigger 17, quebrando o protocolo a ser seguido.
Dahlia 16 queria acreditar que isso era verdade, mas não deixou de pensar nele ou em como ele havia dito que ela era bonita. Não queria achá-lo atraente, embora o fizesse. Sentia a necessidade de tê-lo em seus pensamentos, em seus sonhos todas as noites. Talvez fosse defeituosa, mas não correria o risco de colocar todas as garotas de seu genoma em perigo por uma simples atração. Se ela demonstrasse que tinha sentido algo por Trigger 17 todas as outras meninas seriam alvos de especulações, então achariam que elas, como Dahlia, também possuíam algum defeito. Além de acabar com a vida de todas elas, os geneticistas do Departamento de Especialistas teriam um grande trabalho pela frente, tendo que lidar com amostras de DNA para criar uma nova linha de garotas que iriam substituir a falha que Dahlia 16 representava.
Ela não queria colocar todas em risco, mas quando Trigger 17 aproximava-se dela não conseguia evitar se sentir diferente das demais. Ao ponto em que passou a acreditar que tinha a possibilidade de realmente não ser como as outras. Sabia que a Administração não admitiria uma garota diferente, mas sua atração por Trigger 17 tornava mais difícil de aceitar sua condição e aceitar ser apenas mais uma garota entre muitas.
Uma leitura leve, super rápida e fluída. Essa com toda certeza é uma obra que você leitor vai adorar ler num fim de semana, com aquela calmaria costumeira de um dia tranquilo. A escrita que temos aqui te faz devorar rapidamente entre cada um dos vinte e um capítulos. A história é envolve, o casal te deixa encantado e o universo criado pela autora pode até parecer "mais do mesmo", já que encontramos em livros do gênero algo bem parecido, mas ele não deixa de surpreender e de ser muito interessante de se ler.
Dahlia 16 é uma garota que se propõe a ser diferente das demais. Mesmo que com medo, ela tenta sempre se destacar, embora possa soar de uma maneira negativa algumas vezes, não é realmente sua culpa. Ela é apenas demasiadamente boa no que faz. É até mesmo por esse fato que há o encontro dos destinos dela e de Trigger 17.
A química que surge entre eles é linda, dando um toque de romance super legal para a ficção científica. Em nenhum momento me incomodou, até porque o romance que trás a reviravolta na vida de Dahlia, impulsionando-a através da vontade de estar com Trigger a se opor a ser só mais uma garota em prol de Lakeview.
Em todo o tempo que levei para concluir essa leitura, não deixava de comparar tantas coisas apresentadas dentro desse contexto com nossa realidade. De certa forma, se olharmos bem para a história, é como vivemos. Dahlia é apenas aquela garota que tenta ser mais, melhor de uma forma boa, sem ganância ou malícia. Alguns trechos até citam nossa sociedade atual em comparação aos avanços científicos que ocorrem nesse futuro fictício da trama. Há muitos quotes interessantes que, se olhados por outra ótica, fariam um comparativo claro com alguns pontos da nossa maneira de viver e agir atualmente. Dahlia foi uma entre tantas que possuiu a coragem de abrir os olhos e perceber que não precisa seguir um padrão, não necessita ser como ditam que ela tem que ser. Talvez nós precisamos de mais Dahlias no mundo, não só nos livros.
Foi uma experiência ótima estar por dentro do universo de Lakeview e da vida de Dahlia e Trigger que, diga-se de passagem, é um dos personagens mais lindos. Eles dois formam um casal que te fará torcer para ficar junto.
Eu havia relutado em começar a ler Dezesseis, achando que seria mais uma como tantas outras. E devo dizer, há pontos aqui bem típicos de tantos outros enredos, mas isso não diminui em nada a qualidade da história ou da escrita. Vale muito a pena!
A capa está incrível, dentro do contexto em que a história se encontra. A autora e editora estão de parabéns por tornar esta uma obra tão boa!
Dahlia 16 vê seu rosto em toda multidão. Ela não tem nada de especial – é apenas uma entre as outras cinco mil garotas que foram criadas visando o bem da cidade. Ao conhecer Trigger 17, porém, tudo muda. Ele a considera interessante. Linda. Única. Isso significa que ele deve ser defeituoso. Quando Dahlia não consegue parar de pensar nele – nem resistir a procurá-lo, ainda que isso signifique quebrar as regras – ela percebe que deve ser defeituosa também. Mas, se ela for defeituosa, todas as idênticas também são. E qualquer genoma com defeito descoberto deve ser recolhido. Destruído. Ser pega com Trigger não apenas selaria o destino de Dahlia, mas o das cinco mil garotas com o mesmo rosto. No entanto… e se Trigger estiver certo? E se Dahlia for mesmo diferente? Subitamente, a garota que sempre seguiu todas as regras começa a quebrá-las, uma a uma…
Havia muitas garotas parecidas com Dahlia 16, todas realmente idênticas a elas. Cerca de cinco mil garotas geradas a partir de um genoma, através de um processo científico que as destinava, desde o nascimento, para um dos Departamentos do qual fariam parte para trabalhar em prol do bom e perfeito funcionamento da cidade de Lakeview.
"A natureza está repleta de beleza, mas nós não fomos feitos pela natureza. Fomos feitos pelos geneticistas – cientistas do Departamento de Especialistas, que sabem como montar o DNA humano como um pedreiro monta prédios, juntando cuidadosamente os componentes necessários até que o resultado tenha a forma e a função desejadas."
Dahlia, que neste ano estava na classe 16, faltando apenas dois anos para formar-se, faz parte do Departamento de Força de Trabalho, onde aprende o cultivo de legumes, frutas e verduras. Desde ainda muito pequena Dahlia percebia que sentia-se diferente das garotas que compunham seu genoma, embora sabia que para o funcionamento correto de Lakeview ela precisava manter-se dentro dos padrões em que todas as garotas se encontravam. Existiam regras rígidas a serem seguidas, como deveria agir ou pensar em qualquer que fosse a situação.
"Genomas defeituosos e ineficientes devem ser recolhidos, para o bem da cidade. Esse é o princípio mais fundamental de uma sociedade produtiva e ordenada."
Quando Dahlia precisa comparecer a sala do Departamento de Administração, que cuida e controla todos os demais Departamentos, ela conhece Trigger 17, um cadente em formação do Departamento de Defesas. Após uma pane no elevador que levava ambos para o térreo do prédio da Administração, Dahlia vê aquele completo estranho quebrar todas as regras de conduta, incitando-a a falar algo indevido.
Naquele momento de medo, nos instantes em que ficaram presos juntos naquela escuridão do elevador quebrado, Dahlia sentia que o estranho tentava acalmar o pânico crescente nela. Sua voz suave dizia o que não lhe era permitido, mas gostava que ele estivesse se comunicando com ela, mesmo que só lhes fosse permitido falar "seu trabalho honra a todos nós" ou "obrigado pelo seu serviço" a pessoas de outros Departamentos. Ninguém saberia, afinal de contas. As câmeras do elevador desligaram-se assim que o aparelho parou de funcionar, então não haveria como alguém tomar consciência da breve conversa que tiveram. Não levariam todos que faziam parte de seus genomas para exames, afim de descobrir possíveis erros na genética depois que ela entrou em contato com Trigger 17, quebrando o protocolo a ser seguido.
"Nada mudou, que eu saiba, mas tudo parece diferente. É como se você estivesse no canto da minha visão onde quer que eu vá, mas, quando eu me viro para olhar, você nunca está lá."
Dahlia 16 queria acreditar que isso era verdade, mas não deixou de pensar nele ou em como ele havia dito que ela era bonita. Não queria achá-lo atraente, embora o fizesse. Sentia a necessidade de tê-lo em seus pensamentos, em seus sonhos todas as noites. Talvez fosse defeituosa, mas não correria o risco de colocar todas as garotas de seu genoma em perigo por uma simples atração. Se ela demonstrasse que tinha sentido algo por Trigger 17 todas as outras meninas seriam alvos de especulações, então achariam que elas, como Dahlia, também possuíam algum defeito. Além de acabar com a vida de todas elas, os geneticistas do Departamento de Especialistas teriam um grande trabalho pela frente, tendo que lidar com amostras de DNA para criar uma nova linha de garotas que iriam substituir a falha que Dahlia 16 representava.
"Está claro que tenho um defeito. E o mundo não tem lugar para defeitos."
Ela não queria colocar todas em risco, mas quando Trigger 17 aproximava-se dela não conseguia evitar se sentir diferente das demais. Ao ponto em que passou a acreditar que tinha a possibilidade de realmente não ser como as outras. Sabia que a Administração não admitiria uma garota diferente, mas sua atração por Trigger 17 tornava mais difícil de aceitar sua condição e aceitar ser apenas mais uma garota entre muitas.
"Mas todo mundo é um entre muitos. Uma parte do todo. E é assim que deve ser."
[-Minhas impressões-]
Uma leitura leve, super rápida e fluída. Essa com toda certeza é uma obra que você leitor vai adorar ler num fim de semana, com aquela calmaria costumeira de um dia tranquilo. A escrita que temos aqui te faz devorar rapidamente entre cada um dos vinte e um capítulos. A história é envolve, o casal te deixa encantado e o universo criado pela autora pode até parecer "mais do mesmo", já que encontramos em livros do gênero algo bem parecido, mas ele não deixa de surpreender e de ser muito interessante de se ler.
Dahlia 16 é uma garota que se propõe a ser diferente das demais. Mesmo que com medo, ela tenta sempre se destacar, embora possa soar de uma maneira negativa algumas vezes, não é realmente sua culpa. Ela é apenas demasiadamente boa no que faz. É até mesmo por esse fato que há o encontro dos destinos dela e de Trigger 17.
A química que surge entre eles é linda, dando um toque de romance super legal para a ficção científica. Em nenhum momento me incomodou, até porque o romance que trás a reviravolta na vida de Dahlia, impulsionando-a através da vontade de estar com Trigger a se opor a ser só mais uma garota em prol de Lakeview.
Em todo o tempo que levei para concluir essa leitura, não deixava de comparar tantas coisas apresentadas dentro desse contexto com nossa realidade. De certa forma, se olharmos bem para a história, é como vivemos. Dahlia é apenas aquela garota que tenta ser mais, melhor de uma forma boa, sem ganância ou malícia. Alguns trechos até citam nossa sociedade atual em comparação aos avanços científicos que ocorrem nesse futuro fictício da trama. Há muitos quotes interessantes que, se olhados por outra ótica, fariam um comparativo claro com alguns pontos da nossa maneira de viver e agir atualmente. Dahlia foi uma entre tantas que possuiu a coragem de abrir os olhos e perceber que não precisa seguir um padrão, não necessita ser como ditam que ela tem que ser. Talvez nós precisamos de mais Dahlias no mundo, não só nos livros.
Foi uma experiência ótima estar por dentro do universo de Lakeview e da vida de Dahlia e Trigger que, diga-se de passagem, é um dos personagens mais lindos. Eles dois formam um casal que te fará torcer para ficar junto.
Eu havia relutado em começar a ler Dezesseis, achando que seria mais uma como tantas outras. E devo dizer, há pontos aqui bem típicos de tantos outros enredos, mas isso não diminui em nada a qualidade da história ou da escrita. Vale muito a pena!
A capa está incrível, dentro do contexto em que a história se encontra. A autora e editora estão de parabéns por tornar esta uma obra tão boa!
12 comentários
Olá Emilly!
ResponderExcluirEste é um livro que estou de olho desde seu lançamento. Pela capa e sinopse, parece ser uma distopia. Pela estória, parece ser similar a "Imperfeitos", da Cecelia Ahern, que li recentemente. Inicialmente, a protagonista vê o sistema como algo bom, e segue fielmente às regras. Em certo ponto, começa a perceber os erros do sistema e se rebela contra ele.
Muito bom saber que é possível fazermos uma ponte com a nossa realidade, e também verificar que o livro se mostra diferente das fórmulas repetidas em outras obras do gênero.
Oi Emilly, tudo bem?
ResponderExcluirJá li muitas resenhas deste livro, e não paro de pensar em como ele parece com um filme que eu assisti. Não me lembro o nome agora, mas no filme as pessoas não sentiam emoções e eram consideradas loucas caso manifestassem alguma emoção. Quero ler este livro, gosto do gênero.
Beijos
Emily!
ResponderExcluirTão bom ler um livro de ficção que parece crível, porque todo desenrolar da trama é bem escrita e fundamentada. E ainda traz uma protagonista que busca sua individualidade em um mundo que até então não sabia existir.
E aí, com toda certeza acabamos nos identificando com os protagonistas e nos colocando no lugar deles, genial!
Quero poder ler.
Que o final de semana seja de alegria e paz!
“Conhecimento sem transformação não é sabedoria.” (Paulo Coelho)
Cheirinhos
Rudy
TOP COMENTARISTA DE SETEMBRO 3 livros, 3 ganhadores, participem.
Oieee!
ResponderExcluirAhhh, Dezesseis, já conhecia e já está na minha lista. Que resenha e que história perfeita e ao mesmo tempo taciturna. Acho melhor eu não opinar muito, pois sou super fã de um romance. Apesar de ser contra a lei, estou torcendo para que Dahlia e Trigger fiquem juntos.
O livro parece ser uma mistura de romance e ficção, que são meus gêneros favoritos.
Achei a capa linda. Através da sua resenha descobri o motivo pelo qual o nome do livro é Dezesseis, no início eu não tinha entendido.
Enfim... amei a resenha e quero muito ler esse livro.
Beijoooos.
OI Emily.
ResponderExcluirQue história linda.
Eu quero muito, muito mesmo, ler esse livro, entretanto ainda não tive a oportunidade de fazer isso, eu adorei os personagens o fato de que surge um amor e arção entre eles de forma tão natural, já balançou meu coração.
Eu não sou muito para o lado de ficção não, mas esse livro eu preciso ler, sem sombra de duvidas, espero desfrutar dessa leitura e amar os personagens.
Bjs.
Gosto de distopias bem diferentes, esse livro me lembrou um pouquinho outras distopias.. de pessoas robóticas e que falam uma frase só. Fiquei com um pé atras desse livro lendo essa resenha, parece ser um pouco clichê
ResponderExcluirOi Emilly ;)
ResponderExcluirGosto muito de livros que abordam distopias, mas nunca mais tinha ouvido falar de um que me interessasse tanto, acho que desde Divergente, que eu amo!
Amei essa ideia de clones que o livro traz. Adoro personagens que quebram tabus e não seguem as regras kkkk e acho que vou adorar a Dahlia.
Amo demais essa capa, e apesar de não ter lido o livro ainda, da pra ver que ela combina mesmo com a história... a editora arrasou!
Enfim, acho que vou adorar a leitura de Dezesseis, e espero que a sequência do livro saia logo, pois com certeza vou ficar ansiosa demais, do jeito que sempre fico, querendo saber o que a autora preparou para os personagens kkkk
Bjos
Olá! Tudo bem?
ResponderExcluirAmo livros dos gêneros distopias e não dispenso uma leitura.
E nossa, como o livro me lembrou da série Feios por causa do catalisador, que por sinal é uma série incrível. Eu gostei da premissa deste livro e saber mais sobre esses clones. Fiquei intrigada pra saber mais do romance que acontece entre Dahlia e Trigger. Espero que esse livro seja muito bom e vou dar uma chance a ele.
Beijos.
Eu adorei a resenha, o livro me lembrou a série 'Divergente'. Estou com muita vontade de ler. Sucesso linda!
ResponderExcluirwww.blogdasmaniasdegarotos.com.br
Olá!
ResponderExcluirDesde o lançamento do livro, tenho uma imensa vontade de ler esse livro. A trama é bastante interessante, vemos uma forma de como a sociedade quer algo padronizado, do jeito que precisar, mas esse livro mostra isso de uma maneira bem diferente, eu amei bastante a trama e estou desejando muito ler.
Oi! Eu estou louca por esse livro. Amo esse cenário que aborda clonagens e DNA. Orphan Black é uma ótima dica de série para aqueles que gostam desse gênero também! Beijos
ResponderExcluirQuero ler esse livro desde lançamento, essa capa chama muito a atenção por ser bem diferente, agora fiquei mais doida para ler ainda depois dessa resenha...
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