Resenha - O Rei Afogado

03 novembro 2021

 


Alice era uma jovem influencer que foi assassinada em um quarto de hotel, o principal suspeito é seu namorado Felipe que ainda está desaparecido. Ana Laura agora precisa superar o luto em meio a fãs e alguns poucos parentes, não tão próximos, já que ela e a irmã era uma a família da outra. E o fato de que o assassino da irmã ainda está a solta a deixa perturbada, e a polícia está bem longe de apresentar um culpado.

E assim como ela, Ártemis irmã de Felipe também não acredita que ele seja o verdadeiro assassino, já que o assassino é meticuloso onde não deixa nenhuma prova na cena do crime além de fios de cabelo do próprio Felipe, e como sua marca é uma peça de xadrez branca entalhada em madeira  encontrada junto do corpo da vítima, o que lhe rende o apelido de o Rei Branco.

As duas jovens estão cansadas de esperar pela polícia o que faz as duas se juntarem e unirem força e cérebro para caçar o assassino do digital influencer. Contando com o dinheiro de Ana Laura para financiar os equipamentos que elas irão usar e as aulas de autodefesa. Elas queriam estar preparadas a tudo, e um plano bem elaborado é criado por elas.

A primeira parte do plano é elas lançarem Ana Laura como uma influencer no You tube, ela é escolhida para interpretar o papel por causa de seu perfil ser parecido com Alice que já demonstra ser o perfil preferido do assassino. Elas estão alcançando bons números e assim conseguem chamar a atenção do assassino e se colocam na mira dele. Ana Laura usa o nome RedQuen, onde a personagem que elas criaram usa máscara e uma peruca ruiva. O sucesso por RedQuen foi alcançado então elas usam esse perfil para atacar e subestimar o assassino intitulado o Rei branco.


Quando um novo assassinato ocorre, as meninas ficam assustadas, mas entendem que o que elas estão fazendo acaba se tornando mais importante ainda, pois precisam tirar o rei branco de circulação. Mas a nova cena de crime está diferente da primeira, porque além da peça de xadrez de madeira não havia nada em comum. A primeira cena era limpa e a arma usada foi uma arma branca, já a segunda cena era bagunçada e revirada, e a arma utilizada foi uma arma de fogo. O que fez as meninas acreditar que havia agora dois assassinos, sendo um copiador.


Não é surpresa que eu adoro um suspense policial, e quando envolve protagonismo feminino eu tiro o chapéu sem dó. Essa história é envolvente do início ao fim. Onde vamos acompanhar duas mulheres lutando para vencer um assassino, elas saem do banco de vítima direto para o banco de caçadoras. O perigo está sempre em volta, mas não intimida nossas protagonistas apenas fortalece o plano em que elas estão trabalhando.

Ana Laura e Ártemis nos surpreende com seus métodos calculistas e como elas superam seus medos, já que Ana sofre quando há muitas pessoas em um ambiente fazendo ataques de pânico deixarem ela suando frio. Fazer amizade para ela sempre fora difícil então ter Ártemis como sua amiga e parceira é uma experiencia maravilhosa para ela.

O livro trata de assunto complicado, já que a relação entre influencers e influenciados está sendo colocado na mesa, pois a ideia que o assassino prega é que os influenciadores os enganam fazendo eles criarem expectativas de que são amados e na verdade os influencers nem sabe da existência dos fãs. E ver o assassino ganhar força significa a meu ver que ele era uma pessoa tão sozinha que acreditou amar e ser amado pela sua primeira vítima Alice. 

Só que quando ele descobre ser apenas um seguidor, acaba o deixando tão revoltado que comete um crime. E esse sentimento de fã apaixonado não era só coisa dele, o Rei branco, já que ele ganhou um fã clube o qual eles discutiam o que fazer com os influencers.



Adorei o estilo de divisão do livro, onde temos a visão do assassino, o que é raro quando os autores colocam o culpado contando sua versão da história, ele é um assassino que não quer ser revelado é claro, mas que também adorou quando soube que tinham feito um clube em sua homenagem e que esses integrantes prometem proteger ele de toda forma possível.

A polícia ainda não tem nenhuma pista, ao contrário das meninas que já tem o assassino em sua mira, claro que elas usaram de métodos ilegais para descobrirem quem é o Rei Branco, e quando elas descobrem por que a polícia não tem nada elas precisam mais do que nunca buscar provas de quem é o verdadeiro Rei Branco, caso contrário seus esforços não serviriam de nada e ainda uma delas corre o sério risco de ser a próxima vítima.


Uma história que deixa a gente alucinada, ver as garotas treinando e fazendo o Rei Branco cair nas armadilhas sem nem perceber é magnifico. Elas usam tudo que podem para provar quem realmente está por trás dos assassinatos. Eu nunca pensei que iria gostar tanto de xadrez assim, já que elas usam das estratégias de enxadristas para pegar o Rei Branco, já adianto que aprendi diversas técnicas, e formas de ganhar o jogo. 

A escrita do autor é fácil de acompanhar, o que deixa uma história gostosa e proveitosa. A leitura pode ser finalizada em poucos dias. Quem não adora concluir a leitura rapidinho só para saber qual será o final impactante dos nossos personagens preferidos não é mesmo?

Um livro que faz se questionar se o que apresentamos na internet é a mesma pessoa que vive o dia a dia, pois a internet é uma terra sem lei onde podemos criar qualquer personagem e assim influenciar a vida de pessoas que muitas vezes procuram nas redes sociais uma forma de preencher um espaço que na realidade está vazio. O que faz as expectativas aumentarem. 

E se o influenciador não tomar cuidado pode causar mais mal do que bem, hoje vivemos em um mundo onde a sensibilidade emocional está no limite. Uma leitura muito boa, onde cada personagem está com uma criação impecável, podemos ver a evolução de cada um conforme a história ocorre. Vale cada página lida. Recomendadissimo!






 

Livro: O Rei Afogado
Cortesia: L.F. BomFá (Autor Parceiro)
Número de páginas:  240

Alice Machado está morta.

A famosa youtuber foi encontrada no Recanto da Coroa com um corte no pescoço.

Seu namorado desaparecido, jogador de e-sport, é o principal suspeito. Na cena do crime, o assassino desconhecido deixou apenas uma pista: uma peça branca de xadrez.

Ana Laura, a irmã de Alice, quer se vingar. Para isso, ela se junta à Ártemis, uma velha amiga e irmã de Felipe, em uma caçada física e tecnológica para encontrar o serial killer intitulado Rei Branco, antes que elas se tornem suas próximas vítimas.

De referências enxadristas à cultura pop, Rei afogado te fará mergulhar no mundo dos influencers digitais e na parte mais obscura da internet, onde homens cheios de ódio estão dispostos a matar por uma ideologia cega.

Neste jogo mortal, o objetivo será esmagar a mente do oponente.

Se você gosta de suspenses de tirar o fôlego, o novo romance de L.F. Bomfá, autor de Águia do Deserto, vai te prender até a última jogada.

Escrito pela Colaboradora: Joseli Medeiros


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