Título: A verdade sobre amores e duques
Autora: Laura Lee Guhrke
Editora: Harlequin
N° de páginas: 320
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Henry Cavanaugh, duque de Torkil, ansiava por uma vida ordenada e previsível. Mas isso era impossível com a família que tinha. Apenas a mãe facilitava sua vida... até se apaixonar por um artista que estava inferior à classe social de sua família e decidir seguir o conselho amoroso de Lady Truelove de largar tudo e seguir os desejos do coração. Agora Henry vai exigir que a mulher mexeriqueira que lhe deu aquele conselho imprudente o ajude a trazer a mãe de volta antes que um casamento possa colocar o nome da família na lama. *** Irene Deverill é oque a sociedade londrina considera uma ovelha negra: dirige o jornal da família, é sufragista, solteirona e têm certas tendências ao marxismo. Mas ninguém sabe que ela tem um grande problema nas mães: o duque de Torkil exige que ela o ajude a impedir que a mãe se case com um homem de reputação duvidosa. Irene não acha que isso é uma questão em que deva se envolver, mas ela não pode recusar a proposta quando Henry oferece ajuda para conseguir um bom pretendente para a irmã dela. Esse relacionamento forçado fará Irene descobrir que Henry é mais que um "lírio do campo" e que ele é capaz de despertar nela sentimentos que nunca pensou existir.
Irene Deverill é uma mulher que está acostumada a tomar as suas próprias decisões não precisando, portanto, da aprovação masculina. Seu pai já de idade está entregue ao vício da bebida e não dá a mínima para o jornal da família. Seu irmão mais velho há muito foi embora de casa por sérias divergências com o pai. Restando ao seu lado somente a irmã mais nova, Clara. Uma jovem romântica e sonhadora, todavia muito tímida quando se torna o centro das atenções.
Forte e decidida a fazer com que o patrimônio da família e o único meio de sustento de todos continue a dar bons frutos, Irene investe todo seu esforço e comprometimento com o jornal, e principalmente com a coluna de Lady Truelove, uma dama misteriosa que oferece conselhos amorosos para todas as mulheres através das cartas que recebe pedindo ajuda. E uma das cartas endereçadas à conselheira amorosa pertence a mãe do duque de Torkil, Henry Cavanaugh, um homem totalmente envolvido em cuidar da família e do bem estar de todos.
Em uma certa manhã à mesa do café, após ler a coluna de Lady Truelove na qual ela aconselha uma mulher mais velha a seguir os desejos do coração e fazer o que realmente anseia, Henry percebe por tudo o que lê que a mulher da carta nada mais é do que a sua própria mãe. Chocado com sua imprudência em colocar-se de livre e espontânea vontade na "boca" de toda a sociedade londrina ao deixar bem claro para quem quiser saber que a mulher da carta nada mais é do que sua mãe, ele parte para o ataque e vai atrás de Irene Deverill, a quem ele considera ser a culpada da iminente ruína e vergonha da mãe e de toda sua família.
" - Ele tirou o chapéu e fez uma reverência, aquele olhar gélido defrontando-se com ela.
Enquanto o duque se erguia, um sorriso sombrio tocou seus lábios. - Lady Truelove, presumo?''
Henry parece estar certo de que Irene e Lady Truelove sejam a mesma pessoa e partindo desse ponto ele exige que ela entre em contato com sua mãe e a renunciar da ideia absurda de se casar com um artista a quem ele considera como um aproveitador descarado. Deste momento em diante a vida dos dois está atrelada uma a outra, já que Henry lhe culpa por todo o infortúnio e sofrimento que seus conselhos possam vir a causar na vida de sua mãe.
" - Gostaria que a senhorita levasse em consideração o impacto que suas decisões podem ter na vida de outras pessoas. Se minha mãe sofrer ridicularização e escárnio por causa da senhorita e de seu jornal, qual a sua cota de responsabilidade? Se a vida dela for arruinada, quais consequências a sua sofrerá? Dado o seu papel na decadência dela, qual castigo a senhorita merecerá?"
Diante dessas palavras tão duras, Irene não vê outra solução a não ser aceitar a proposta do duque de tentar demover sua mãe de se casar com um aproveitador interesseiro, já que ele promete ajudar sua irmã Clara a conseguir um bom pretendente. Todavia no momento em que aceita fazer o que Henry lhe pede com a promessa de arrumar um bom partido para sua irmã, tanto Irene quanto Henry jamais poderiam suspeitar do que resultará dessa convivência forçada e extremamente fortuita para ambos.
O amor chega sem avisar e pouco a pouco eles vão percebendo que existe um sentimento muito mais forte e profundo do que mera atração física entre eles. Mas será que Henry conseguirá lidar com a total independência e liberdade de Irene em fazer e ser o que quiser, sem pedir a opinião e muito menos a permissão de homem algum?
Leiam o livro e descubram como se desenrola essa ardente estória de amor.
[- Minhas Impressões-]
Pois então, quando li o título do livro pensei que seria mais uma estória romântica e repetitiva das que estou acostumada a ler e que por sinal adoro. Que fique bem claro (risos). Mas então fui surpreendida por uma personagem feminina que domina toda a estória e que faz o que bem quer, do jeito que melhor lhe convém.
Irene Deverill é uma mulher que está a frente de seu tempo e que não aceita estar sob o julgo de homem algum, e quando se depara com o duque de Torkil, ela percebe que ele é encrenca para o seu mundinho perfeito e organizado onde os homens não têm vez. Henry por sua vez, percebe que está diante de uma mulher diferente de todas as outras que conheceu e por isso mesmo sente-se completamente atraído por sua coragem destemida em enfrentá-lo de igual para igual.
O embate entre seus personagens foi bastante instigante e recheado de uma atração mal disfarçada. Foi maravilhoso testemunhar suas brigas, insultos e desaforos, mas especialmente seus beijos carregados de ardor e paixão (risos).
Clara, irmã de Irene foi uma personagem que me cativou logo de cara. Adorei sua doçura, bondade e seu jeito de ser. Estou na torcida para que a autora escreva um livro só para ela, pois adoraria vê-la encontrar seu príncipe encantado e seu feliz para sempre.
A capa do livro foi outro fator que contribuiu para que eu quisesse ler a respeito sobre a verdade entre amores e duques, porém devo dizer que achei a estória um tantinho cansativa às vezes. Sabe quando o assunto fica se arrastando e dando voltas e mais voltas... foi exatamente essa sensação que tive, mas nada tão ruim assim para me fazer desistir da leitura, muito pelo contrário. Acredito que não tenha rolado uma química entre mim e os personagens centrais, simples assim. É raro acontecer de eu não cair de amores logo de cara por eles, geralmente um ou outro não me agrada cem por cento, mas neste caso específico foram os dois. Fazer o que né, vai ver que eu sou muito exigente, ou não.
Por isso mesmo que faço o convite para que todas vocês leiam o livro e pontuem o que mais gostaram e o que mais lhes agradaram em toda a estória. E viva ao amor.
7 comentários
A Verdade Sobre Amores e Duques chamou a minha atenção de cara devido a protagonista Irene Deverill, cheia de si, dona do próprio nariz, a própria representação de GRL PWR. Todo o seu zelo e cuidado pela família e sua preocupação com os negócios, visto a situação atual, é muito legal. Além disso, sua história com Henry, apesar do clichê de confronto e ajuda, parece ser muito boa também. É uma pena as partes cansativas, mas como você disse não diminuir o valor da leitura, vou arriscar.
ResponderExcluirMeu Deus que historia mais entrelaçada e cheia de estratagema ahahahahah, adorei!! Embora tu tenha comentado que não achou a "mais do mesmo", me pareceu que sim, mas com tantos "tapas e beijos", desaforos e acertos dá pra se divertir. Historias com mulheres fortes e a frente do seu tempo sempre rendem assunto e me agradam muito. Quando a narrativa é bem escrita, não tem como não se apaixonar pelos personagens e torcer finalmente pelo primeiro beijo. Enfim, não é o tipo de livro que eu correria para ler, além do que tu falou de ser meio cansativo, mas se der para dar umas risadas porque não?
ResponderExcluirOlá! E eis que me deparo com meu gênero literário favorito, já fiquei aqui suspirando só com essa capa (risos). Minha paixão pela Harlequin é antiga, desde seus romances de banca, por isso fiquei encantada com mais essa história amorzinho e bem feliz em saber, que apesar de tratar de um romance de época, teremos uma mocinha Girl Power e com pensamentos e atitudes modernos, fatores que somam e fazem com que a leitura se torne ainda mais especial. Já fiquei aqui na dúvida, será que nossa protagonista e Lady Truelove são realmente a mesma pessoas?! Sei não hein...
ResponderExcluirNão há como negar que a capa deste livro é maravilhosa!!Já tinha dado uma espiada nela,mas não havia de fato, lido nada a respeito.
ResponderExcluirE oh, eu também amo um bom romance igualzinho.rs Mas pelo que li acima, este livro vem repleto de diferenciais e isso é maravilhoso!
Além de trazer uma personagem forte e destemida, traz de quebra um personagem que se permite encantar.
Adoro um bom romance construído e se sair faísca,melhor ainda!!!
Beijo
Eu amo quando há uma personagem forte, que é a frente do seu tempo e que não se deixa intimidar. Já é um ponto positivo.
ResponderExcluirE também gosto quando o casal trocam farpas, acho que deixa a leitura mais empolgante.
Parece uma leitura muito prazerosa.
Beijos
Desde que vi esse livro eu fiquei apaixonada , primeiro pela capa, agora pela resenha.
ResponderExcluirAdoro romances de época, principalmente quando os personagens fogem da caricatura.
E só de saber que o negócio da família é um jornal, e que Irene Deverill é uma mulher bem moderna e destemida para a sua época já me cativou. Imagino a sequência de diálogos e encrencas que esses dois vão se envolver.Cada um lutando por suas ideias e desejos.
Pena que a história ficou se enrolando e se repetindo para o seu gosto.Às vezes sinto isso, parece que os escritores querem render uma história, popular encher linguiça. ..
Mas mesmo assim que bom ter sido uma boa leitura!
Coisa linda essa capa, acho bela demais, eu não conhecia essa escritora, mas já quero muito esse livro.
Como você disse, mais um livro de época com uma mocinha super decidida e a frente do seu tempo, coisa que eu também AMO!! Nunca vou cansar desses livros que no início o casal fica se estranhado, trocam farpas, mas conforme vai passando a história começa a atração, os beijos até que chega no amor. E essas mocinhas super decididas que não abaixam a cabeça e se preocupam com a família acima de tudo são meu ponto fraco, amo esse tipo de livro e pela resenha esse é com certeza um deles. Que pena que você achou a história um pouco repetitiva, mas como você recomendou, vou tirar minhas próprias conclusões.
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