Resenha - Loney

13 julho 2016



Quando os restos mortais de uma criança são descobertos durante uma tempestade de inverno numa extensão da sombria costa da Inglaterra conhecida como Loney, Smith é obrigado a confrontar acontecimentos terríveis e misteriosos ocorridos quarenta anos antes, quando ainda era criança e visitou o lugar. À época, a mãe de Smith arrastou a família para aquela região numa peregrinação de Páscoa com o padre Bernard, cujo antecessor, Wilfred, morrera pouco tempo antes. Cabia ao jovem sacerdote liderar a comunidade até um antigo santuário, onde a obstinada Sra. Smith crê que irá encontrar a cura para o filho mais velho, um garoto mudo e com problemas de aprendizagem. O grupo se instala na Moorings, uma casa fria e antiga, repleta de segredos. O clima é hostil, os moradores do lugar, ameaçadores, e uma aura de mistério cerca os desconhecidos ocupantes de Coldbarrow, uma faixa de terra pouco acessível, diariamente alagada na alta da maré. A vida dos irmãos acaba se entrelaçando à dos excêntricos vizinhos com intensidade e complexidade tão imperativas quanto a fé que os levou ao Loney, e o que acontece a partir daí se torna um fardo que Smith carrega pelo resto da vida, a verdade que ele vai sustentar a qualquer preço. Com personagens ricos e idiossincráticos, um cenário sombrio e a sensação de ameaça constante, Loney é uma leitura perturbadora e impossível de largar, que conquistou crítica e público. Uma história de suspense e horror gótico, ricamente inspirada na criação católica do autor, no folclore e na agressiva paisagem do noroeste inglês.”

Livro: Loney
304 páginas || Skoob || Editora: Intrínseca || Onde Comprar








“Se o lugar tinha outro nome, eu nunca soube, mas os moradores chamavam-node ‘Loney’ — um estranho pedaço de lugar nenhum...”

Por mais pacato que um lugar pareça, ele guarda um mistério. E não foi diferente com Loney. De acordo com Tonto, e todas suas lembranças, “Era impossível conhecer de verdade o Loney”.

Tudo começa com uma peregrinação de Páscoa até um antigo santuário da região, juntamente com o Padre Bernard, o qual assumiu o lugar do Padre Wilfred, após seu misterioso falecimento.

Padre Bernard foi enviado da Irlanda do Norte para assumir a Paróquia. Ele tem uma personalidade liberal e moderna, totalmente o oposto do Padre Wilfred, gerando um atrito muito grande com a comunidade e principalmente com a Srª. Esther Smith, uma mulher com devota fé, que se sente na obrigação de servir de guia para o novo padre, o ensinando a liderar seu rebanho, assim como fazia o falecido padre.

Mesmo com a desaprovação do novo padre, alguns amigos da comunidade religiosa, organizaram um retiro espiritual para a misteriosa casa Moorings, localizada no Loney. Apesar de todo aspecto afrontoso, é o lugar que abriga aquele grupo de peregrinos.

“A primavera afogava o Loney. Dia após dia, a chuva vinha impetuosa do mar em gigantescas e vaporosas cortinas, que devastavam Coldbarrow, fazendo com que o lugar desaparecesse de vista, e depois deslocava-se em direção ao interior e encharcava os pastos.”.


Srª Smith acreditava que durante a peregrinação, um milagre aconteceria: seu filho mais velho Hanny seria curado por Deus. E por conta de toda devoção da mãe, e por ela sempre seguir fielmente os ensinamentos deixados pelo Padre Wilfred, Tonto de certa forma é forçado a servir na igreja como coroinha. Assim, ele acaba aceitando as perspectivas dela para seu futuro, mesmo não querendo, mas acaba se acomodando com isso, pois o único objetivo de sua vida sempre fora proteger o irmão Hanny do mundo. Ele prezava muito o bem de sua família e principalmente a fé de sua mãe.

“Ele havia compreendido o que eu já sabia sobre a Mamãe fazia um bom tempo — que se alguma coisa cedesse, se algum ritual deixasse de ser cumprido ou algum método fosse abreviado por conveniência, então a fé dela desmoronaria e se reduziria a estilhaços. Acho que foi aí que ele começou a sentir pena dela.”

Fatos anormais começaram a acontecer, abalando as pessoas daquela casa. É quando vemos que nossas percepções nem sempre são o que parecem. Cada acontecimento, de certa forma macabra, revela mais pistas sobre uma misteriosa relação do falecido padre Wilfred, com Tonto, que até então, ninguém imaginara.

O medo levou as pessoas a fazerem coisas estranhas.

Foi a fé que os levaram até Loney, mas todos os acontecimentos a partir de então acaba se tornando um fardo para Tonto. Qual o preço da verdade? Até onde tudo que viam e pareciam acreditar, era verdade? O que realmente é a verdade? Quem dita a verdade?

“Como o padre Bernard dissera, existem apenas versões da verdade. E são os estrategistas fortes, os melhores, que as manipulam.”.



[-Impressões Pessoais-]


Loney não é um terror convencional, ou talvez não se encaixe exatamente em um terror, mas sim em um suspense. Então, logo de cara, a história consegue nos prender a atenção por conta de sua ambientação. São raros os autores, sendo deste gênero literário ou qualquer outro que consegue repassar tão bem a sensação pretendida e nos colocando até mesmo dentro da história. Eu achei extremamente fantástico como o autor conseguiu dar vida e personalidade à um lugar. Fui surpreendida como há muito tempo não era e foi justamente isto que mais me chamou atenção, uma personificação tão minuciosa de um pedaço de lugar estranho, como diria o próprio Tonto.

Hurley teve bastante cuidado ao tomar como centro, a religiosidade, fazendo assim paralelos entre a história e versículos da bíblia, dando até mais realidade ao que se passa, devido à assiduidade religiosa da própria família de Smith.


“Enquanto eles se retiravam, eis que trouxeram até Jesus um homem endemoniado e mudo. E, expulso o demônio, o homem que até então era mudo falou. A multidão se maravilhou, dizendo: “Nunca tal se viu em Israel.” Os fariseus, porém, disseram: “Ele expulsa os demônios pelo príncipe dos demônios.” Matheus 9-32:34

A narrativa é oscilada entre o presente e passado, como pode ser observado logo nos primeiros capítulos, onde Tonto conta suas lembranças e nos leva para os dias atuais de sua vida. É muito harmoniosa a troca de tempo feita na história, porém exige um pouco mais de atenção devido a todos os detalhes. Loney nos traz uma proposta descritiva. A escrita é densa e impecável.

Os personagens são o ápice do livro, pois são muito bem construídos e com personalidades marcantes e muito complexas. Os principais da história são Tonto e a Srª Smith. Suas atitudes delineadas pela crença os particularizam. Secundariamente, temos Hanny, Sr e Srª Belderboss - irmãos do falecido padre -, o jovem padre Bernard, Srta. Bunce, David e alguns moradores peculiares da localidade.

O que pode ter impedido a atribuição de “perfeita” à obra, é o final em aberto, cujo já li várias críticas a respeito. Esta opinião varia muito dependendo da perspectiva que cada um adquiriu ao terminar a obra. Creio que isto não foi um ponto falho do autor, e sim proposital, deixar os leitores com vários questionamentos.

Não são todos que conseguirão gostar totalmente de Loney, por isso, muitos podem se decepcionar com as expectativas por ter tido um desenrolar mais lento, e é claro que não se pode agradar a todos, mas para mim, é uma obra fascinante! Recomendo a leitura.

Passei uma noite em claro lendo Loney, e o livro me assombra desde então.” - The Daily Telegraph

“Loney não é apenas bom, é sensacional. Uma extraordinária obra de ficção.”- Stephen King

25 comentários

  1. Olá Amanda
    Eu estou curiosa para ler esse livro, mas estou tentando evitar ter expectativas para que não me decepcione. Gostei bastante de sua resenha, especialmente porque você destaca aspectos que eu ainda desconhecia, como o fato de haver narrativa entre presente e passado. Pretendo ler em breve, especialmente por conta dessa ambientação e dos personagens.

    Beijos, Fer
    www.segredosemlivros.com

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  2. Oi, Amanda. Desde que vi o livro nos lançamentos da editora eu tenho uma grande curiosidade com ele e gostei de ver a sua opinião. Realmente não me pareceu ser um livro de terror mas sim um grande suspense. É uma pena que esse final tenha ficado dessa maneira, mas como você mesma falou, pode ter sido proposital e nem sempre os autores conseguem garantir um êxito quando fazem dessa maneira pois podem não ser tão bem interpretados.

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  3. Eu estava achando que o livro era de terror, que bacana saber que é suspense, assim, fico mais animada e menos medrosa para encarar a leitura. Fiquei imaginando toda a ambientação que o autor criou e quero ler em breve, porque fiquei bem curiosa.
    MEU AMOR PELOS LIVROS
    Beijos

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  4. Olá, tudo bem?
    Eu nunca tinha ouvido falar desse livro, vou confessar, adorei a capa. Eu já li livros que radicaliza na narrativa, as vezes gosto e as vezes não gosto dos livros que a narrativa é narrado no presente e no passado. Mais para frente eu tentarei comprar e ler esse livro, qualquer coisa eu te aviso!

    https://desencaixados.blogspot.com.br/

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  5. Oi! Acho que vou dá uma chance a esse livro, mas vou seguir sua dica e não criar expectativas.
    Beijos!

    http://nomundodaka.blogspot.com.br/

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  6. Oi, tudo bem?
    Já conhecia a obra de capa, mas não sabia com detalhes do que se tratava, quando comecei a lê a sua resenha ele me lembrou um outro livro, porém de contos kkk Mas, bom, achei a sua resenha muito boa, e esse é um tipo de livro que gosto de lê, e logo no inicio até pensei que se tratava de um livro de terro, mas gosto de suspense do mesmo jeito que gosto de terror kkk Fiquei curiosa pra conhecer a obra, vou anotar a dica. E finais assim, geralmente os autores deixam de proposito, principalmente quando tem continuação, não sei se é o caso desse, mas vou pesquisa aqui pra sabe kkk

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  7. Oie...
    Adorei ler a resenha por aqui, pois, estava pensando justamente em comprá-lo na próxima semana.
    Na minha opinião, esse final em aberto não me incomoda, pois, assim permite que nós mesmos fazemos nossos questionamento sobre o fim, logo, essa crítica não me impede de ler, como já vi alguns leitores reclamando. o
    Um ponto que muito me agradou em sua resenha foi quando você citou sobre os personagens serem o ápice do livro, adoro livros com personagens marcantes, geralmente, livros assim mesmo acabando a leitura deixa marcas e recordações por muito tempo.
    Parabéns pela resenha.
    Bjo

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  8. Oi Amanda, menina sua resenha despertou em mim uma curiosidade gigante quanto a esse livro principalmente quando você disse que o autor soube conduzir tão bem a história que foi como se criasse vida ao ambiente e personagens.
    Esse livro já está na minha lista de leituras.
    .bj

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  9. Oi Amanda
    Eu já havia visto esse livro nos sites de compra, mas não tinha me dado ao trabalho de pesquisar sobre ele. A capa, apesar de misteriosa, não me chamou tanto a atenção. Lendo sua resenha, pensei que fosse um livro de fé, de esperança, mas no final você diz ser um suspense. Fiquei curioso agora. Vou anotar para leituras futuras. Adoro esses livros que nos surpreende e acredito que esse seria um desses. Tudo de bom.

    www.livroselegendas.com

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  10. Oiii!!

    Amanda, a capa não me é estranha... mas não me lembro de ter lido algo em relação ao livro, acredita?
    Gostei de conhecer o enredo, pelo o que você disse é bem provável que eu não faça a leitura no momento pois estou no clima de chicklit haha. Mas acredito que ele seja um livro bem trabalhado o que é mega importante.

    Beijinhos

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  11. Oiii Amanda!!
    Já ouvi falar de Loney, um amigo disse pra mim que era melhor eu nem tentar (Ele já conhece meus gostos literários mais do que eu mesma) mas depois de ler sua resenha fico inclinada a concordar com ele, não sou fã de terror, mesmo os não convencionais kk e com o desenrolar lento e o final aberto eu acho que não seria uma leitura muito agradável para mim... enfim gostei da resenha, bem esclarecedora...
    Beijocas...
    https://westfalllivros.blogspot.com

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  12. Olá!
    Esse livro me chamou muito a atenção exatamente por esse clima de suspense que ronda a história. Gostei muito da ideia desse final em aberto, deixando você se perguntando sobre várias e coisas e te levando a refletir sobre o que aconteceu na história.
    Beijos.
    http://arsenaldeideiasblog.wordpress.com/

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  13. Oi, Amanda

    Loney foi um dos lançamentos de Junho que entraram na minha TBR. O Josh Malerman indicou, e se o Josh indica, eu leio! Hahahaha
    Acredito que esse final em aberto siga mais o estilo de Caixa de Pássaros, né? Porque muita gente reclamou também. As pessoas estão muito acostumadas a terem tudo mastigadinho...
    Não sabia desse paralelo da história com a Bíblia, deve ser interessante.

    Beijos

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  14. Oii, tudo bem?
    Eu confesso que no inicio esse livro não me chamou muito a atenção, mas as pessoas tem falado tão bem da historia que estou cogitando o comprar. Eu gosto muito do gênero do livro, e achei muito interessante a narrativa intercalar com o passado e o presente.

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  15. Vi a capa desse livro por aí, mas não imaginava que era de suspense. Gostei de saber mais da história, não sei se leria no momento, mas quem sabe futuramente. Eu odeio finais aberto, então isso já me faz ficar com o pé atrás em relação a leitura. Em compensação, tem um elemento a favor do livro: a narrativa intercalar entre passado e futuro, eu adoro!
    beijos
    www.apenasumvicio.com

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  16. Oiee Amanda ^^
    A capa do livro é interessante, mas a premissa não me chama a atenção. Suspense e terror (mesmo não sendo beeem um terror) são gêneros que eu não curto, então não sei se o leria, principalmente quando a história tem fatos anormais o.O Fico feliz em saber que achou o livro fascinante, espero ter curiosidade de lê-lo um dia e gostar também.
    MilkMilks ♥

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  17. Olá, tudo bem? :)
    Adorei a capa, mas mal a palavra "padre" começou a ser mencionada, fui perdendo a vontade. Aí percebi que era terror, e eu não consigo interessar-me por livros desse género (sou muito medrosa) e então quando mete padres, freiras ou espíritos... não vamos falar ahaahaha
    Beijinhos
    www.fofocas-literarias.blogspot.pt

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  18. Oi!
    Eu fiquei bem curiosa com esse lançamento, porque a história tem todos os elementos que eu gosto, o fato da religião ser usada ai para explicar as coisas doidas e apavorantes do livro me deixa ainda mais curiosa.
    Gostei muito da sua resenha, e preciso confessar que adoro um final aberto viu! adoro quando o autor usa disso para a história pois podemos tirar nossas próprias conclusoes, e não tem como não se decepcionar com a 'solução'

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  19. Oi, tudo bom?

    Esse livro não conseguiu me chamar atenção - embora a capa seja linda. Não gostei muito do decorrer da historia, principalmente por se tratar de terror, junto a algo relacionado a igreja... Não, não teria coragem de ler! Sim, tenho medo de ler.

    Abs,

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  20. Oie!
    Eu ainda não tive a oportunidade de ler. Confesso que pouco sabia da trama e fiquei intrigada com a resenha, chegue a pensar que o livro se tratava de um terror, mas vi que está para o suspense. Vamos ver se vou gostar da história, é diferente dos que estou acostumada a ler.
    Bjks!
    Histórias sem Fim

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  21. Amei essa edição, e fico feliz de saber que a história não chega a ser um terror, e sim um suspense, que é um gênero que amo! Achei bem interessante o autor nos mostrar também a parte religiosa do personagem, assim podemos conhecer suas crenças e ficar ainda mais ansiosos para desvendar o mistério, a narrativa do autor é um ponto forte do livro, personagens marcantes são necessários para um bom livro do gênero, e Feedbacks também, desde que não deixem o livro cansativo, tenho uma relação de amor é ódio com finais abertos, mas acho que esse era o objetivo, assim cada leitor terá uma experiência com a obra

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  22. Oi Amanda, tudo bem?
    Desde que vi esse livro pela primeira vez já senti uma vontade imensa de ler ele, ainda mais por se tratar de um suspense que deve causar alguns arrepios. Achei muito bacana a trama e só fiquei triste de ver que o final dele é aberto, para mim isso não funciona bem e pelo jeito para você também não. Mas mesmo assim ainda quero ler para ver o que vou achar. Adorei a dica!

    Beijos

    http://www.oteoremadaleitura.com/

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  23. Li uma resenha desse livro hoje, mais cedo. Ta bom, confesso, não é de um gênero comum para mim. Por isso que, apesar de levar em conta suas impressões,e mesmo o livro chamando minha atenção. Não cheguei a ficar motivada, pelo simples fato de não fazer meu "tipo", mas posso recomendar para amigas, quem sabe elas me convençam rs

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  24. Olá Amanda,
    Pelo que tenho visto esse livro é tudo menos convencional e isso me anima de ler, sabe? Curti demais a sua resenha e os pontos levantados. Acho que essa alternância entre passo a presente é bem legal pois nos dá uma amplitude maior da história.
    Fico me perguntando se acharia a história com o final aberto, como você achou e como me sentiria em relação a isso.
    Já quero ler o livro e tenho altas expectativas, só vou diminuir um pouco por conta da ressalva do final.
    Beijos,
    Um Oceano de Histórias

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  25. Posso estar enganada, mas sua resenha me fez lembrar um pouco de Objetos Cortantes, que no momento está abandonado aqui, a leitura foi arrastada, não consegui me prender a ela! Eu estava esperando um pouco mais do livro, mas como cada leitor tem uma impressão diferente do livro, eu espero que ele me empolgue! Gostei muito da sua resenha, sua ressalva sobre o desfecho me deixou meio apreensiva, mas irei ler com certeza!
    Beijos!

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