Resenha - A Boa Filha

21 setembro 2018

Título: A Boa Filha
Autora: Karin Slaughter
N° de páginas: 464
Cortesia: Editora HarperCollins
Skoob
Onde comprar: Amazon/Submarino

Quando eram adolescentes, a vida tranquila de Charlotte e Samantha Quinn foi destruída por um terrível ataque em sua casa. Sua mãe foi assassinada. Seu pai - um famoso advogado de defesa de Pikeville, Geórgia - ficou arrasado. E a família foi dividida por anos, para além de qualquer conserto, consumida pelos segredos daquela noite terrível. Vinte e oito anos depois, Charlie seguiu os passos de Rusty, seu pai, e se tornou advogada - mas está determinada a ser diferente dele. Quando outro caso de violência assombra Pikeville, Charlie acaba embarcando em um pesadelo que a obriga a olhar para trás e reviver o passado. Além de ser a primeira testemunha a chegar a cena, o caso também revela as memórias que ela passou tanto tempo tentando esconder. Agora, a verdade chocante sobre o crime que destruiu sua família há quase trinta anos não poderá mais permanecer enterrada e Charlotte precisa se reencontrar com Samantha, não apenas para lidar com crime, mas também com o trauma vivido.

A boa filha é mais uma obra-prima de Karin Slaughter, um enredo sólido, com caracterizações fortes e reviravoltas extraordinárias, um misto de drama e terror que faz arrepiar até os leitores mais corajosos.



Não posso começar a resenha sem antes dizer que "A Boa Filha" está entre os melhores livros que li até agora. Isso não é exagero, muito pelo contrário. E como bem diz a sinopse, é mais uma obra-prima de Karin Slaugther, sem sombra de dúvidas. Dito isso, vamos à resenha. Te prometo que você não vai se arrepender.


Dois anos é a diferença de idade entre as irmãs Samantha e Charlotte. Elas vivem com os pais Rusty e Gamma em um rancho de tijolos vermelhos próximo à cidade de Pikeville, Geórgia. As duas irmãs vivem provocando uma à outra como a maioria dos irmãos parecem agir entre si.

Samantha tem quinze anos e por ser a mais velha é sempre testada ao limite por Charlie, de treze, que adora implicar e vice-versa. Ambas são atletas, e praticam corrida de revezamento e são muito cobradas e exigidas pela mãe, que quer por que quer que as filhas sejam as melhores em sua modalidade.

Gamma é uma mãe enérgica e muitíssimo inteligente e não há nada que ela não saiba ou que não tenha uma resposta. Mesmo sendo exigente, ela é uma mulher que ama as filhas e a família que construiu ao lado de Rusty, e por causa desse amor ela faz um pedido que deixa Sam, como é carinhosamente chamada bastante intrigada.

"Me prometa que vai cuidar de Charlie.
 - Charlotte pode cuidar de si mesma.
 - Estou falando sério, Sam.
Samantha sentiu seu coração tremer com o tom insistente da mãe."

Suas vidas está prestes a sofrer uma cruel e traumatizante reviravolta quando homens amardos e mascarados invadem a casa delas e instalam o terror e o medo em seu grau máximo.

"Samantha sentiu seu corpo se enrijecer.
 Isso não era uma brincadeira.
 Dois homens estavam na cozinha. Fediam a suor, cerveja e nicotina. Vestiam luvas pretas. Máscaras pretas de esqui cobriam seus rostos."

As duas adolescentes presenciam a mãe ser morta a sangue frio por um dos invasores, e como se isso não fosse o bastante o mesmo homem que matou a mãe delas tem a horrível intenção de se aproveitar da maneira mais sórdida e cruel de uma das meninas. Só que nenhuma das duas têm a menor intenção de deixar que mais coisas ruins aconteçam a elas sem ao menos lutar com todas as forças que possuem, porque isso não é uma opção e elas farão o impossível para saírem dessa com vida.

"O jato de sangue no teto. Sangue esguichado no chão. Um emaranhado quente de tentáculos vermelhos jogados pelo topo da cabeça de Charlotte espalhados por um lado do pescoço e do rosto de Samantha.
Gamma caiu no chão.
Charlotte gritou."

Muitas situações desesperadoras e angustiantes vão se desenrolando enquanto elas estão a mercê desses homens covardes e sem coração, cabendo portanto a elas mesmas a árdua e desesperadora tarefa de se salvarem.


Agora quase trinta anos após o traumático ataque, Charlotte é advogada igual ao pai, mas segue firme no intuito de não ser igual a Rusty em sua maneira peculiar de trabalhar. Ela e Sam não tem um bom relacionamento e vivem suas próprias vidas distantes uma da outra. Mas quando um crime bárbaro, chocante e com mais de uma vítima assola a cidade de Pikeville e tendo Charlotte por testemunha as duas irmãs serão obrigadas a se reencontrar e, principalmente, terão que reviver mesmo que a contra gosto todo o trauma que sofreram. E por mais que elas lutem para esquecer, o preço exigido é alto demais.

Será que essas irmãs conseguirão se reaproximar novamente? E mais, será que elas conseguirão de fato sanar todas as mágoas e acusações de um passado traumático e penoso que continua a assombrá-las há quase trinta anos?

Se vocês querem saber como essa história termina corram e comecem o quanto antes a leitura de "A Boa Filha".


[- Minhas Impressões -]

Gente, eu não vou ficar me alongando muito na minha opinião sobre o livro, pois como vocês bem puderam ler, eu já deixei bem claro o quanto gostei de lê-lo. Todavia, me sinto na obrigação de citar os motivos que me levaram a gostar tanto de tudo o que li: a história têm inúmeras situações de adrenalina, tensão, agonia e desespero. Eu me vi desde a primeira página enlouquecida para saber o que iria acontecer a cada novo parágrafo que lia e posso dizer que a história não decepcionou.

A autora soube criar personagens bastante verossímeis e reais e não teve como eu não sofrer e muito com os personagens da Sam e da Charlie. Nossa! Eu fiquei estarrecida com o sofrimento das duas e senti que em vários momentos eu pendia ora para o lado de uma, ora para o lado da outra. Afinal, cada uma delas teve seu grau de sofrimento próprio, pois quando eu li o que aconteceu tanto com a Sam quanto com a Charlie meu coração doeu, meus olhos lacrimejaram e eu senti muita, mas muita raiva de tudo o que estava lendo.

Gostei muito da maneira em que a Karin inseriu o ataque sofrido pelas irmãs aos dias atuais, quando um novo caso de violência assombra Pikeville e obriga Sam e Charlie a lidar com o que aconteceu com elas há tantos anos. Para mim foi muito bem escrito e desenvolvido.

Eu li vorazmente e nem senti o tempo passar, e quando dei por mim já estava chegando ao fim desse livro incrível e com essa capa que, vamos combinar, é ma-ra-vi-lho-sa, diga-se de passagem.

Os diálogos são fortes e permeados por uma gama de sentimentos muito bem constituídos e reais que ajudaram a transformar esse livro em um livrão para ninguém botar defeito.


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10 comentários

  1. Oi Kaline.
    Ainda não li nada da autora, mas vejo muitas pessoas recomendando os livros dela por serem ótimos thrillers.
    Depois de ler a sua resenha, acho que vou começar a minha leitura dos livros da autora por Boa filha. Parece que a trama é bem envolvente, daquelas que não paramos até chegar na última página.
    Fiquei bem curiosa para saber o que aconteceu com Sam e Charlie.
    Espero gostar tanto quanto você.
    Beijos

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  2. Oi Kaline.
    Nossa esse livro também está mexendo muito comigo. Estou gostando muito do que estou lendo e a leitura está eletrizante. Gostei muito da sua resenha. Perfeita!
    Bjus
    www.docesletras.com.br

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  3. Pelo que li acima, é um livro cruel. Não em seu todo, mas pelo menos, em algumas partes, traz cenas cruéis e angustiantes!
    E claro que eu adoro o gênero!rs
    Ainda mais que traz este vínculo entre as irmãs, tá, criado de uma maneira nada fácil. Mas ao mesmo tempo, sei lá, procurando justiça?
    O trauma pela mãe assassinada. A união e a construção impecável dos personagens, também parece ser outro ponto importante!!!
    Sem contar no capricho da Harper, que tem se tornado uma das Editoras que mais crescem.
    Foi para a lista de desejados.
    Beijo

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  4. Oi, Kaline,

    Achei o livro um pouco desenvolvido e bem detalhado (explicativo), mas que não faz o tipo de mistério que eu gosto.

    Talvez por ter a parte jurídica inserida aqui, eu não me envolvi na leitura a ponto de amá-la, e por o enredo ser muito repetitivo.

    Ao meu ver, pistas concretas não foram jogadas, os dois casos entrelaçados acabou não fazendo muito sentido, e a resolução final não foi nem um pouco surpreende.

    Pulei várias páginas... Foi um livro que não me convenceu!

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  5. Oi Kaline, tudo bem?
    Uau, esta estória parece ser boa mesmo. Adoro livros nesse estilo, e já fiquei com vontade de lê-lo. Fiquei intrigada com o título do livro, e já formulei algumas teorias. Nunca li nada da autora, e espero poder conhecer sua escrita em breve.
    Beijos

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  6. Oi, Kaline!
    Confesso que não curto livros que provocam agonia e desespero no leitor, só de ler seus comentários sobre o que Sam e Charlie passaram há quase trinta anos atrás fiquei agustiada, imagine então se eu fosse ler A boa filha?! Definitivamente não tenho coragem para ler esse livro.

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  7. Olá! Simplesmente uau, que resenha hein, já fiquei aqui angustiada só em pensar o que poderá ter acontecido com essas irmãs e tudo que elas tiveram que passar. É muito, mas muito bom quando o livro passa uma história tão incrível, forte e cheia de emoções, que nem nos damos conta do tempo passar, e quando menos se espera a história chega ao fim, sem sombra de dúvida arrisco dizer que é uma das melhores sensações que existe.

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  8. Já ouvi várias pessoas falando sobre esse livro, sua resenha só me instigou mais ainda a lê-lo.
    Gosto muito de livros que, assim como você citou, sejam cheios de situações de adrenalina, tensão, agonia e desespero <3
    parabéns pela resenha s2

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  9. Oi Kaline!
    Esse livro já está nos meus desejados aguardando uma oportunidade....
    Pelas resenhas que acompanhei sobre o livro, é uma daquelas histórias que vale a pena conferir.
    Bjs!

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  10. Nossa, só em ler o que aconteceu com a mãe e as duas garotas já fiquei revoltado. Parece ser um enredo bem denso e depois de tantos anos reviver esse passado não deve ter sido nada fácil. Depois de tantos elogios, impossível não querer ler A boa filha.

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