Mangás Sailor Moon |
Não é de hoje que o mangá vem ganhando o gosto das pessoas. Esses quadrinhos japoneses, que são lidos de um jeito “esquisito” (lido da direita para a esquerda), não apenas atraem crianças e adolescentes, mas também adultos ao redor do mundo.
O termo mangá possui dois vocábulos: “man" (involuntário) e “gá” (desenho, imagem). Esses “desenhos involuntários” atualmente geram lucros milionários em todo o mundo. No ano de 2008, por exemplo, seu ganho no mercado dos Estados Unidos e Canadá somaram aproximadamente US$175 milhões. Na França, este mercado representa 38% dos consumidores, chegando a soma de €260 milhões.
Todavia, por mais que observemos o aumento crescente de leitores de mangá, será que conhecemos sua origem?
Por volta do século XVIII, os pergaminhos são substituídos por livros. As ilustrações passam a retratar romance e poesia.
Entretanto, é somente no final do século XVIII que a ideia de revista em quadrinhos ganha os primeiros traços. Adam L. Kem sugere que essas imagens ilustradas ganhem narrativas gráficas com temas cômicos, satíricos e românticos. Pode nos parecer ainda muito arcaico, mas a popularização desse novo modo de contar história é a base do que hoje é o mangá.
Em meados do século XIX, os japoneses passam a conhecer o humor satírico europeu. O cartunista britânico Charles Wirgman foi o que mais influenciou nos quadrinhos japoneses que hoje conhecemos. Charles chegou a Yokohama em 1861. Um ano depois, ele criou o jornal satírico The Japan Punch. Este material foi desenvolvido até 1887, o qual consistia em desenhos ilustrados e diálogos envoltos em balões.
No ano de 1895 Iwaya Sazanami criou a primeira revista para garotos e adolescentes do sexo masculino, a Shõnen Sekai. É preciso explicar que diferente de nós ocidentais, os orientais classificam seus quadrinhos de acordo com seus públicos, não apenas por seus gêneros. Por este motivo, os mangás criados por Sekai, por abordarem temas como lutas, exércitos e combates, sobretudo durante a Primeira Guerra Mundial, recebeu o nome de Shõnen. Desta forma, se você é um garoto de 12 a 18 anos, essa classificação encaixa-se a você.
Esses quadrinhos, durante este período da história, receberam o nome de Punch-Picture (Imagem Punch)
A técnica européia lentamente ganhou admiradores e revelações artísticas por todo o Japão, em especial, Rakuten Kitazawa. Este escritor, em 1902, produziu o trabalho Tagosaku to Mokube no Tokyo Kenbutsu, considerado o primeiro mangá em seu conceito moderno.
Três anos mais tarde, em 1905, Kitazawa criou sua primeira revista chamada Shoujo Sekai, uma versão feminina da Shõnen Sekai, considerada a primeira revista shoujo (gênero romance). Rakuten também foi criador da primeira revista destinada ao público infantil (Kodomo), a Shõnen Paku.
A história do mangá tem também um choque direto com o período no qual as pessoas transitavam. Durante a Primeira Guerra Mundial, o governo japonês passou a utilizar-se desses quadrinhos para fazer sua propaganda militar. Essas tirinhas eram publicadas nos jornais. Como muitos assuntos foram censurados na época, os japoneses passaram a consumir muito mais essas revistas em quadrinhos.
Todavia, são em meio a estes fatos marcantes e trágicos que novos e bons feitos ganham destaque e passam a influenciar diversas gerações. Ao final da Segunda Grande Guerra, surge o mangaká (criador de desenho e narrativa de mangá) Osamu Tezuka. Nesta época, o Japão sofreu inúmeras influencias da cultura americana e Osamu Tezuka soube aperfeiçoar e melhorar a arte do desenho. Como fã de Walt Disney, Osamu pegou traços desses desenhos, como os grandes olhos arredondados do Mickey Mouse, para colocar em suas próprias criações. Hoje são esses mesmos olhos enormes a maior marca de que um quartinho é oriental. Tezuka também inovou nas expressões dos personagens, cenas em movimento, criando o conhecido Astro Boy.
Mas, o que ninguém viu até 1947, e que apenas Osamu Tezuka conseguiu enxergar, foi comercializar esses mesmos mangás através de animações para televisão, os animes.
Primeira Shõnen Magazine publicada em 1959
Com a popularização dos mangás e animes, surgiram revistas especializadas em quadrinhos japoneses. Em 1959 chegou ao mercado a revista Shõnen Magazine. Esse periódico tem o intuito de publicar diversos capítulos de mangás, no estilo shõnen, semanalmente. Cada capítulo tem por volta de 30 a 40 páginas, com histórias contínuas ou enredos que tem sua narrativa contada em um único volume. Durante os anos de 1960, este encadernado fez muito sucesso ao publicar histórias como: Cyblog 009, Ashita no Joe e Haris no Kaze.
Shõnen Jump com a capa de Dragon Ball, em 1984
Em 1968 outra revista apareceu para concorrer com a Shõnen Magazine. A Shõnen Jump dominou o mercado dos anos de 1970, tornando-se a preferida do público até os dias de hoje. Esta revista, sem sombra de dúvidas, é a mais vendida em todo o Japão.
A Shõnen Jump foi a responsável pelas publicações de: Super Campeões e Dragon Ball, este último título que fez disparar as vendas da revistas em 1984. Por mais que houvesse outros títulos tão famosos e vendáveis, Dragon Ball foi responsável pela difusão da cultura japonesa ao redor do mundo.
Shõnen Jump com a capa de Saint Seiya, Os Cavaleiros do Zodíaco, em 1986
A mesma Shõnen Jump publicou um dos mangás / animes mais famosos aqui no Brasil e, certamente, fez com que esses quadrinhos ganhassem muito mais fãs a cada nova geração; Saint Seiya (Os Cavaleiros do Zodíaco), publicado no Japão em 1986, foi o título com maior sucesso. Graças a ele, crianças dos anos de 1980 e 1990 fizeram explodir o mercado de cultura japonesa, tornando eventos brasileiros como o Anime Friends um verdadeiro sucesso de público e venda.
Fontes das Pesquisas:
Wikipédia / Canal Cosmofera / Mangás JBC
Imagens retiradas através da ferramenta Google Imagem
Mas, o que ninguém viu até 1947, e que apenas Osamu Tezuka conseguiu enxergar, foi comercializar esses mesmos mangás através de animações para televisão, os animes.
Primeira Shõnen Magazine publicada em 1959
Com a popularização dos mangás e animes, surgiram revistas especializadas em quadrinhos japoneses. Em 1959 chegou ao mercado a revista Shõnen Magazine. Esse periódico tem o intuito de publicar diversos capítulos de mangás, no estilo shõnen, semanalmente. Cada capítulo tem por volta de 30 a 40 páginas, com histórias contínuas ou enredos que tem sua narrativa contada em um único volume. Durante os anos de 1960, este encadernado fez muito sucesso ao publicar histórias como: Cyblog 009, Ashita no Joe e Haris no Kaze.
Shõnen Jump com a capa de Dragon Ball, em 1984
Em 1968 outra revista apareceu para concorrer com a Shõnen Magazine. A Shõnen Jump dominou o mercado dos anos de 1970, tornando-se a preferida do público até os dias de hoje. Esta revista, sem sombra de dúvidas, é a mais vendida em todo o Japão.
A Shõnen Jump foi a responsável pelas publicações de: Super Campeões e Dragon Ball, este último título que fez disparar as vendas da revistas em 1984. Por mais que houvesse outros títulos tão famosos e vendáveis, Dragon Ball foi responsável pela difusão da cultura japonesa ao redor do mundo.
Shõnen Jump com a capa de Saint Seiya, Os Cavaleiros do Zodíaco, em 1986
A mesma Shõnen Jump publicou um dos mangás / animes mais famosos aqui no Brasil e, certamente, fez com que esses quadrinhos ganhassem muito mais fãs a cada nova geração; Saint Seiya (Os Cavaleiros do Zodíaco), publicado no Japão em 1986, foi o título com maior sucesso. Graças a ele, crianças dos anos de 1980 e 1990 fizeram explodir o mercado de cultura japonesa, tornando eventos brasileiros como o Anime Friends um verdadeiro sucesso de público e venda.
Fontes das Pesquisas:
Wikipédia / Canal Cosmofera / Mangás JBC
Imagens retiradas através da ferramenta Google Imagem
11 comentários
Oi, Bella.
ResponderExcluirEsse sucesso todo ocorrido entre todos, acho que acabou sendo algo involuntário e impensável, mas que foi ganhado seu espaço no mercado, ficando mais amplo, ao todo alcance... Principalmente com o passar dos anos! E é incrível como, mesmo depois de tanto tempo, eles continuam fazendo sucesso!
A ideia do criador dos mangás foi realmente genial! Apesar de eu não ter o hábito de lê-los, admiro e acho tudo muito bonito!
Eu ainda não tinha conhecimento sobre as informações contida nesse poste, e apesar de eu não ter o hábito de lê-los, admiro e acho tudo muito bonito!
Boa noite Bella!
ResponderExcluirNesses meus 21 anos eu nunca cheguei a ler um mangá hahahahaha eu não tenho essa experiência de ter lido mangas. Mas já vi muitos bookstragamer indicando e fiquei com muita vontade de adquirir ao menos um para ler. Achei bem interessante a história dos mangá, não fazia idéia como foi criado.
Que show de post!!!!
ResponderExcluirDesconhecia ou fingia que desconhecia este universo até bem pouco tempo. Não que eu entenda muito hoje em dia, mas ao menos, não sou a alienada total que era.
É um universo mágico, onde quem se joga, não consegue mais voltar atrás.
Fiquei sabendo até desta forma diferente de ler um mangá recentemente. E foi muito prazeroso ver toda a história por trás deste vasto universo.
Acho que chegar até esse casamento de imagens e enredo foi uma trajetória das grandes e podemos esperar mais e mais inovações daqui pra frente, já que é sem sombra de dúvidas, um mercado que só vem crescendo!
Beijo
Olá Bella!
ResponderExcluirDe mangás eu fiquei enjoada, li todos Dragon Ball para meu filho, e os Cavaleiros do zodíaco também, mas além disso assistia os desenhos kkkk, muito bom,mas para crianças e jovens .
Oi Bella!
ResponderExcluirAdorei o post. Eu lia muito mangá (hoje em dia nem tanto mas quero voltar em alguns que parei), mas nunca procurei saber sobre suas origens. E não imaginava que seus princípios fossem tão antigos. Conhecia também o Osamu mas não sabia direito seu papel tão importante nesse gênero. E acho que a maior supresa (que na verdade eu realmente não tinha relacionado) foi que Dragon Ball fosse de 85. Passou tantas gerações (porque até hoje ele é bastante conhecido e difundido entre o publico jovem) que eu nem me dei conta que ele era dessa época.
Oi Bella.
ResponderExcluirAdorei o post! É sempre bom saber um pouco mais sobre a origem de algo que gostamos.
Quando eu era mais nova eu lia alguns mangás. Mas acabei parando, porque é um hábito bastante caro rs
Atualmente não ando lendo nenhum mangá, mas vejo um anime ou outro.
Beijos
Olá Bella.
ResponderExcluirMesmo não sendo fã de mangás, porque não consigo ler aquilo de jeito nenhum, rsrs, adorei saber sua essência, e apesar de achar que todos devem ler aquilo que lhes agrade, acho interessante fazer algo voltado para um público já determinado!
Tenho vários amigos que colecionam e amam, acho os traços incríveis, eles capricham muito.
Beijos
Muito legal a história dos mangás e todas essas curiosidades. Logo no início estava pensando, que em um mundo globalizado que respira os ares da cultura americana, o mangá havia conseguido a proeza de ganhar fãs em todo o mundo. Para minha surpresa descubro que os olhos enormes foram inspirados no nosso querido Mickey Mouse. Foi muito bom conhecer um pouco mais. Eu adoro mangá.
ResponderExcluirPrimeira vez que vejo um blog comentando da história dos mangás, o que foi muuuito legal! Sempre que consigo, estou comprando e lendo, gosto demais! Acho um estilo muito único, que conserva características ao mesmo tempo que evolui com o tempo, é sensacional! E as pinturas são sempre muito bem desenvolvidas, o que os torna ainda mais rico culturamente
ResponderExcluirAdorei a aula sobre mangás! Nunca fui muito de lê-los, preferia ver os animes (até porque na época que eu gostava eram caríssimos e difíceis de encontrar). Hoje não me interesso mais por histórias orientais, mas tive minha fase e sei que eram ótimas. Meu favorito é Fullmetal Alchemist e também adorava Death Note. Algumas coisas que você citou eu já sabia, como a divisão de gêneros shonen e shoujo, mas adorei o contexto histórico que você trouxe!
ResponderExcluirBeijos!
Que interessante, eu não sabia como ou quando surgiu o mangá... Não li nenhum desses mangás que você citou mas o anime Dragon Ball foi o meu queridinho da infância, já o anime Os Cavaleiros do zodíaco é o meu queridinho desde a adolescência, até hoje ainda acompanho! 😍
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