A 'Menina Submersa - Memórias' é um verdadeiro conto de fadas, uma história de fantasmas habitada por sereias e licantropos. Mas antes de tudo uma grande história de amor construída como um quebra-cabeça pós-moderno, uma viagem através do labirinto de uma crescente doença mental. Um romance repleto de camadas, mitos e mistério, beleza e horror, em um fluxo de arquétipos que desafiam a primazia do 'real' sobre o 'verdadeiro' e resultam em uma das mais poderosas fantasias dark dos últimos anos. Considerado uma 'obra-prima do terror' da nova geração, o romance é repleto de elementos de realismo mágico e foi indicado a mais de cinco prêmios de literatura fantástica, e vencedor do importante Bram Stoker Awards 2013. A autora se aproxima de grandes nomes como Edgar Allan Poe e HP Lovecraft, que enxergaram o terror em um universo simples e trivial - na rua ao lado ou nas plácidas águas escuras do rio que passa perto de casa -, e sabem que o medo real nos habita. O romance evoca também as obras de Lewis Carrol, Emily Dickinson e a Ofélia, de Hamlet, clássica peça de Shakespeare, além de referências diretas a artistas mulheres que deram um fim trágico à sua existência, como a escritora Virginia Woolf.
Livro: A Menina Submersa - Memórias
320 páginas || Skoob || Editora: DarkSide || Onde Comprar
''Vou escrever uma história de fantasmas agora’, ela datilografou. Uma história de fantasmas com uma sereia e um lobo, datilografou mais uma vez. Eu também datilografei.”
A esquizofrenia é uma doença mental crônica que se manifesta na adolescência ou início da idade adulta. É tão grave que é capaz de alterar completamente a percepção de realidade do indivíduo que sofre desse mal.
Índia Morgan Phelps, ou Imp, assim como sua avó e mãe, é esquizofrênica. Ela descobre a pouco que havia herdado a afecção de suas ascendentes. Então ela começa a datilografar um livro, como forma de entender a realidade e ordenar seus pensamentos desconexos.
“É um mito que pessoas loucas não saibam que são loucas... Suspeito que passamos muito mais tempo pensando sobre nossos pensamentos do que as pessoas sãs.”.
Seus dois espelhos de vida, acabam cometendo suicídio devido à esquizofrenia que lhes acometeram e, diante destes fatos, Imp nos mostra o que aprendeu com elas e como isso moldou sua personalidade.
Ela é uma garota solitária, obcecada por literatura e obras de arte e pratica a pintura em um estúdio improvisado na sua casa. Durante toda sua vida, a obra que mais a impactou, foi “A menina Submersa” – de Phillip George Saltonstall, e por isso, Imp vai atrás de tudo que ela pode saber sobre este tão sinistro quadro e tenta desvendar todo mistério que o cerca.
No desenrolar da trama, Imp conhece Abalyn, em uma de suas voltas.
Abalyn acabara de ser expulsa da casa da sua ex namorada e, sem rumo, encontra em Imp um porto seguro. Elas se relacionam durante um certo tempo e possuem uma ternura bastante interessante. Só que logo aparece Eva Canning, a responsável pelos devaneios, alucinações e calafrios de Imp.
A esquizofrenia é uma doença mental crônica que se manifesta na adolescência ou início da idade adulta. É tão grave que é capaz de alterar completamente a percepção de realidade do indivíduo que sofre desse mal.
Índia Morgan Phelps, ou Imp, assim como sua avó e mãe, é esquizofrênica. Ela descobre a pouco que havia herdado a afecção de suas ascendentes. Então ela começa a datilografar um livro, como forma de entender a realidade e ordenar seus pensamentos desconexos.
“É um mito que pessoas loucas não saibam que são loucas... Suspeito que passamos muito mais tempo pensando sobre nossos pensamentos do que as pessoas sãs.”.
Seus dois espelhos de vida, acabam cometendo suicídio devido à esquizofrenia que lhes acometeram e, diante destes fatos, Imp nos mostra o que aprendeu com elas e como isso moldou sua personalidade.
Ela é uma garota solitária, obcecada por literatura e obras de arte e pratica a pintura em um estúdio improvisado na sua casa. Durante toda sua vida, a obra que mais a impactou, foi “A menina Submersa” – de Phillip George Saltonstall, e por isso, Imp vai atrás de tudo que ela pode saber sobre este tão sinistro quadro e tenta desvendar todo mistério que o cerca.
“Por que você está anotando essas coisas?
- Você poderia querer se lembrar, um dia – respondeu ela. – Quando alguma coisa deixa uma forte impressão em nós, deveríamos fazer o nosso melhor para não esquecer. “Por isso, anotar é uma boa ideia.”
No desenrolar da trama, Imp conhece Abalyn, em uma de suas voltas.
Abalyn acabara de ser expulsa da casa da sua ex namorada e, sem rumo, encontra em Imp um porto seguro. Elas se relacionam durante um certo tempo e possuem uma ternura bastante interessante. Só que logo aparece Eva Canning, a responsável pelos devaneios, alucinações e calafrios de Imp.
Nua e na beira de uma rodovia movimentada, Eva é surpreendida por Imp pela primeira vez em um de seus outros passeios noturnos. Foram dois encontros inusitados com Eva, mas que Imp não tem certeza de datas, acontecimentos e outros fatos. Ela deixa claro, enquanto datilografa que sua memória não é confiável.
Sua ligação com Eva é algo inexplicável, pois após conhecê-la, Imp vê situações normais, com detalhes tenebrosos e a insurgência de seus fantasmas, se torna corriqueira.
A Menina Submersa é o primeiro passo para o medo. Só quem está realmente preparado para aterrorizantes acontecimentos parte rumo ao inesperado, se deixando levar para o desconhecido, junto a uma mente esquizofrênica conturbada onde muitas vezes o real não é bem o que parece ser.
Sua ligação com Eva é algo inexplicável, pois após conhecê-la, Imp vê situações normais, com detalhes tenebrosos e a insurgência de seus fantasmas, se torna corriqueira.
“Sempre há um canto de sereia que te seduz para o naufrágio. Alguns de nós podem ser mais suscetíveis que outros, mas sempre há uma sereia.”
A Menina Submersa é o primeiro passo para o medo. Só quem está realmente preparado para aterrorizantes acontecimentos parte rumo ao inesperado, se deixando levar para o desconhecido, junto a uma mente esquizofrênica conturbada onde muitas vezes o real não é bem o que parece ser.
“Já perdi alguns dias, dias cheios de trabalho e não muito mais, tentando decidir quando e como continuar a história de fantasmas. Ou se deveria continuar a história de fantasmas. Obviamente, decidi que continuaria. Essa é outra forma de ser assombrada: começar algo e nunca terminar.”.
[- Minhas Impressões -]
A Sinopse do livro me atraiu logo de cara mesmo com todos os detalhes do enredo que não me alertou o que eu poderia encontrar. A leitura até que me surpreendeu bastante, pois mesmo além do
óbvio do título “memórias”, eu não esperava ter tantas oscilações repentinas entre presente e passado. No começo eu até fiquei incomodada, mas principalmente por ter sido um pouco repetitivo e cansativo, mas mesmo assim, logo me acostumei com o ritmo que o a história do livro nos apresenta, não sendo isso um ponto negativo para obra.
“A menina submersa – memórias” é denso e intenso, precisando de muita calma para ir desvendando as partes mais complexas, porque são imprescindíveis para o desenrolar da trama. A história é uma constante metáfora, o que a faz uma obra muito original em todos os aspectos, além de ser muito bem escrita.
O livro é narrado em primeira pessoa de uma forma não linear, pois é uma leitura extremamente psicológica que passa pela mente de uma esquizofrênica compulsiva. A personagem Imp até dialoga consigo mesma, o que causa um estranhamento imenso no começo do livro e nos mostrando que não devemos confiar totalmente naquilo que estamos lendo.
A história nos traz personagens secundários, na maior parte, como referências, como exemplo, Phillip George Saltonstall, um pintor ficcional do quadro de “A menina submersa”. A obra é repleta de citações literárias e musicais, trazendo os próprios artistas pra dentro da história, sejam eles reais ou ficcionais. Achei esta proposta bem bacana. Me recordei bastante com a narrativa de “Cartas de amor aos mortos”, de Ava Dellaira.
Imp está constantemente submersa em pensamentos alucinantes, reflexivos e filosóficos sobre os temores humanos, não seguindo uma ordem linear de pensamentos. Na verdade, nem ela própria tem noção do que realmente aconteceu e sempre procura escrever na tentativavde se encontrar, separando o ilusório do real e tentar afastar os fantasmas que a assombram.
“Gente morta, ideias mortas e supostamente momentos mortos nunca estão mortos de verdade e eles moldam cada momento de nossas vidas. Nós os ignoramos e isso os torna poderosos.”
O romance apresentado pela Autora tem o fechamento perfeito do enredo de uma pessoa conturbada, trazendo a sensibilidade da situação. Imp se relaciona com outra mulher, passando por cima de todas as suas loucuras para ajudá-la em momentos difíceis.
Então, finalmente, não posso deixar de elogiar a edição de capa dura, com detalhes em cor de rosa e páginas amareladas, feita pela DarkSide. É um enlaçamento perfeito entre as imagens e os detalhes de fantasia que tem na obra toda. Detalhes estes que leva o leitor ainda mais para dentro da história, causando um extremo suspense e ligeiro terror.
Leitura recomendada para quem tem coragem de encarar este tão complexo mundo de Imp!
“Fantasmas são essas lembranças fortes demais para serem esquecidas, ecoando ao longo dos anos e se recusando a serem apagados pelo tempo.”
18 comentários
Olá Amanda
ResponderExcluirFico fascinada por essa edição, seja pelo conteúdo editorial ou pela premissa. E é claro que tenho muita vontade de conferir. Imagino que deve ser uma leitura bem intensa, mas gostaria muito de conferir mesmo. Gostei de ler suas impressões e me sinto ainda mais curiosa pelo enredo criado pela autora.
beijos, Fer
www.segredosemlivros.com
Olá Amanda,
ResponderExcluirNossa, eu estou namorando a capa desse livro há um tempinho. É muito bonita. Eu nem sabia do que se tratava o livro, mas gostei da trama. Quando estiver cara a cara com ele, certeza que vou parar para olhar (senão comprar...)!
Abraços, Helô
Oi Amanda!
ResponderExcluirEu li esse livro ano passado e me apaixonei. Nunca li nada tão louco quanto ele.
Realmente o início é bem demorado e até difícil, mas depois pegamos o ritmo. O que achei mais interessante é que a personagem não nos dá muitas repostas, até porque ela mesma não sabe. Isso deixou com um suspense maior, pois em nenhum momento sabemos se o que estamos lendo é real ou não. E o final se encaixou muito bem com essa construção da autora.
As referências também são muito legais. Mesmo os pintores que eram ficcionais. Vivia pegando o celular para pesquisar quem era tal pessoa.
E o que falar da edição da DarkSide? Linda! Não tenho essa, tenho a primeira edição, mas mesmo ela é muito bonita.
Bjss
http://umolhardeestrangeiro.blogspot.com.br/
Oii Amanda, tudo bem?
ResponderExcluirEu ainda não li esse livro, mas eu tenho ele na versão antiga.
Adquiri em uma troca, pois vi comentários positivos, mas acabei esquecendo na estante, mal sabia do que se tratava :(
Agora com a sua resenha, pude entender um pouco mais e com certeza é um livro que eu vou querer ler em breve. Recentemente até ajudei minha cunhada em um trabalho sobre esquizofrenia. Acho importante a gente estudar e conhecer sobre essa doença.
Beijooos
https://profissao-escritor.blogspot.com.br/
Oi Amanda, conheço pessoas que sentiram esse incomodo que você sentiu no inicio da narrativa e abandonaram o livro. Que bom que vale a pena a leitura e acabou de entrar para a minha lista de livros desejados.
ResponderExcluirCurti saber que o romance também tem um desfecho bom.
Valeu pela dica
MEU AMOR PELOS LIVROS
Beijos
Olá Amanda,
ResponderExcluirAinda não li esse livro e tenho muita curiosidade de ler, mas tenho medo que o livro é denso demais para o momento, sabe?
Gostei muito de ter lido sua resenha e fiquei bem curiosa em relação a algumas coisas, mas, a densidade da história, ainda me faz pensar que talvez não aproveitarei a trama nesse momento. A questão de a história abordar a esquizofrenia me agrada demais, pois é um tema que me fascina.
Sua resenha me animou, mas não muito, confesso rs.
Beijos,
Um Oceano de Histórias
Olá,
ResponderExcluirImagino que no começo essas oscilações entre presente e passado no inicio deve ser meio perturbador até pegar o ritmo da leitura.
Uma obra instigante que me deixa muito curiosa para saber o que se passa na cabeça de uma pessoa esquizofrênica, com tantos fantasmas.
A capa é muito bonita e tenho muita vontade de ler a obra.
http://leitoradescontrolada.blogspot.com.br/
Olá,
ResponderExcluirTenho esse livro na minha estante e confesso que ainda não iniciei essa leitura pelo fato de parecer um pouco confusa, pois tal como você disse a personagem é esquizofrênica e por se tratar de memórias, imagino que as várias divagações dela consigo mesma, seja um ponto mais conflitante no livro. Ainda assim estou muito ansiosa para dar logo a devida atenção ao meu exemplar. O fato dela ficar fissurada em um quadro também é intrigante e dá um ponto de mistério a obra. Sua resenha me instigou a iniciar logo essa leitura. E ah essa capa e diagramação? Lindos, confesso que comprei em uma promoção super camarada principalmente pela qualidade do trabalho gráfico do livro.
Abraços
Cá Entre Nós
Tem uns 2 meses que tenho esse livro aqui em casa eu amo a capa mais estou me preparando para fazer a leitura comprei ele por indicão de uma amiga e ela tinha me dito que era nem intenso e nada facil de entender acabei comprando pela capa e ficou aqui aguardando o momento em que o tire para ler.
ResponderExcluirBju
Mary Reis
Oi amanda, bacana esse livro mas não sei se eu leria por toda a complexidade. gostei de saber que traz como temática a esquisofrenia, mas pelo que pude observar nos quots a narrativa parece meio densa. Tenho ouvido elogios do tipo amor intenso ou ódio para esse livro e que bom saber que você foi uma das pessoas que gostou. E a darkside sempre caprichando nas suas edições, né. Adorei a resenha.
ResponderExcluirEi Amanda!
ResponderExcluirJá tinha visto algumas coisinhas sobre esse livro por aí e achei a capa dele extremamente bonita e detalhista. Adorei esses arabescos :)
Sobre o conteúdo, achei ele um pouco intenso demais, não sei se estaria preparada para lê-lo. No mais, parece um livro bem interessante!
Com Amor, Isa
Oi oi querida,
ResponderExcluirVocê não sabe o quanto estou para comprar esse livro. Além de ser uma edição limitada, a história é fantasmagórica ❤
A sua resenha me esclareceu varias dúvidas relacionadas a história, e me revelou um pouco sobre a personagem.
Gostei da sua resenha, e senti falta de ver algumas fotos da edição do livro.
Beijoss, Enjoy Books
Oi, tudo bem? Aprecio livros bem escritos e que sejam complexos assim. Citações literárias e musicais se tornam um atrativo muito legal para a obra e essa capa linda é mais um ponto a favor! Por se tratar de uma leitura mais complexa, não sei se leria agora, mas a dica foi anotada. Ótima resenha, muito explicativa. Beijos.
ResponderExcluirOi!
ResponderExcluirParece que você adivinhou que eu estava querendo um livro de terror. Meu único medo é não conseguir acompanhar a leitura, vi muita gente falando que não é muito fácil. Ainda bem que o fechamento do enredo é bom, isso me anima mais.
Beijos
Eu simplesmente amo livros com uma pegada psicológica maior, mas sou meio suspeita por essa ser minha área hahaha. De qualquer forma, fiquei um pouco pé atrás pela narrativa ser em primeira pessoa, embora eu ache que se bem abordado, tenho certeza de que deixa mistérios no ar. Acredito que deva ser uma leitura bem densa mesmo, mas chama a atençãod e todas as formas possíveis. Adorei a sua resenha.
ResponderExcluirUm abraço!
http://paragrafosetravessoes.blogspot.com.br/
Oi, tudo bem?
ResponderExcluirEu já tinha visto o livro por aí, mas nunca parei para saber mais sobre a história em si. Agora lendo sua resenha fiquei bem surpresa, não esperava que fosse uma história tão complexa assim, imagino que deve ser muito interessante ao mesmo tempo que é um tanto perturbador. E essa capa é simplesmente maravilhosa, né? Essa editora arrasa! Enfim, gostei bastante da resenha, vou marcar a dica e espero gostar também.
Beijos :*
olha, eu sou louca pra ler A menina submersa desde que vi essa capa limited edition... gosto bastante da temática trabalhada e mesmo já tendo ouvido falar que a narrativa pode soar confusa devido aos entremeios de passado e presente, acredito que eu vá curtir muito a história... espero poder ler o quanto antes... a edição está lindíssima mesmo, como tudo que a Darkside faz ^^
ResponderExcluirbjs...
Ai Amanda, este livro é uma coisa linda na edição e nesta sua resenha ficou óbvio que parece dar medo tudo o que acontece. Entendi que tem a menina Submersa e este que é de memórias, isso? Significa que vou ter que tirar mais dinheiro do bolso? Nossa, esquizofrenia realmente é horrível e agora eu lembrei porque estava confundindo com Alzheimer.... bem coisa minha!
ResponderExcluirBeijos,
Greice Negrini
Blogando Livros
www.blogandolivros.com