Resenha - Presos que Menstruam

19 julho 2016



Carandiru feminino. A brutal vida das mulheres tratadas como homens nas prisões brasileiras Grande reportagem sobre o cotidiano das prisões femininas no Brasil, um tabu neste país, Nana Queiroz alcança o que é esperado do futuro do jornalismo: ao ouvir e dar voz às presas (e às famílias delas), desde os episódios que as levaram à cadeia até o cotidiano no cárcere, a autora costura e ilumina o mais completo e ambicioso panorama da vida de uma presidiária brasileira. Um livro obrigatório à compreensão de que não se pode falar da miséria do sistema carcerário brasileiro sem incorporar e discutir sua porção invisível. Presos que menstruam, trabalho que inaugura mais um campo de investigação não idealizado sobre a feminilidade, é reportagem que cumpre o que promete desde a pancada do título: os nós da sociedade brasileira não deixarão de existir por simples ocultação – senão apenas com enfrentamento.

Livro: Presos que Menstruam
294 páginas || Skoob || Editora: Grupo Editorial Record || Onde comprar







“Lembrou que dirigia muito bem, dirigia “feito homem”, como os caras da favela gostavam de dizer. Pensou nas propostas que recebera durante a vida toda. A qualidade era muito visada pelos assaltantes, seus vizinhos, que a convidavam para fazer fugas de assalto.
Nascera e crescera na favela e nunca tinha feito nada de errado. Conhecia, sabia, mas nunca tinha feito. E aonde a honestidade a havia levado? Sentiu raiva, um embrulho no estômago e um frio na espinha.

Saiu de casa decidida. Passou no barraco de Valdemar antes de buscar o filho. Quando manifestou suas intenções, outro rapaz que estava no lugar protestou:

- Não, ela não - e se voltou para Safira, em um apelo.


- Você não precisa disso, você sempre batalhou desde novinha, desde criança.


Ao que ela respondeu:


- Se eu não tenho nem o que comer dentro da minha casa!"

Marias, Joanas, Patrícias, Brunas, e várias outras são mulheres que vivem em um mundo além do nosso mundo. Mulheres pobres, que vivem em favelas ou até mesmo mulheres de classe média ou classe alta que por um motivo ou outro acabaram encontrando o mundo do crime. São mulheres que serviram como mulas para carregar drogas, que participaram de assaltos, que mataram. Mas também são mulheres que são seres humanos, tem filhos, tem mãe e tem pai. Mulheres que possuem desejos e necessidades e que tem tudo isso ignorado quando são presas e jogadas em presídios sem estruturas para recebê-las. São mulheres grávidas, prestes a dar a luz ou mulheres com bebês de colo. Algumas não tem culpa, outras merecem toda a pena que levaram, mas o que todas merecem é também respeito e dignidade.

"Foi enviada para a prisão temporária por trinta dias, antes de ser acusada como cúmplice de sequestro, responsável pela alimentação das vítimas em cativeiro. Dos trinta, apanhou uns 25, nem que fosse só um tapa.
Decidida a fazer valer seus direitos constitucionais - afinal, tinha estudado direito pra quê? -, Júlia pediu para fazer exame de corpo de delito e queixa contra abusos. Um policial a acompanhou até o Instituto Médico Legal (IML). Entraram na sala, o policial encarou o médico e disse:

- Beleza, doutor?


- Beleza, pode levar - respondeu o médico.


Nem sequer havia olhado para ela."

No livro Presos que menstruam, reportagem escrita por Nana Queiroz, uma jornalista que conversou com diversas presas por vários anos e ouviu-as, ouviu seus familiares e visitou de perto o lugar onde elas viviam, podemos acompanhar a vida nas prisões brasileiras, os lugares degradantes e a falta de respeito enfrentada por cada mulher. Através de sete personagens acompanhamos o dia-a-dia de cada uma, vemos como muitas delas foram tratadas quando grávidas, por vezes até sofrendo abortos devido a falta de assistência, a falta de remédios, e até mesmo a carência de materiais básicos como absorventes. Nana não diz que é assim em todos os lugares, até porque ela não teve a oportunidade de visitar cada prisão brasileira, mas destaca que na maioria dos lugares é assim. Há prisões que dão um pouco de assistência, como a penitenciária de Tremembé, em Guarulhos, São Paulo, onde vivem presas de alto risco como Suzane Richtofen e Ana Carolina Jatobá, que cometeram crimes que chocaram todo o país. Lá é um lugar um pouco mais limpo, mas ainda há escassez, banheiros que originalmente foram preparados para homens, banhos de sol por uma hora por dia, mas ao menos lá várias delas tem a oportunidade de trabalhar em oficinas de costura, por exemplo

“Por mais que sejam desejadas e amadas pelas mães, essas crianças enfrentam, desde antes de nascer, um ódio social doloroso que se materializa na violência policial. São inúmeros os estudos que indicam que aspectos psicológicos, emocionais e sociais da criança começam a se delinear dentro da barriga da mãe. Por isso, é imensurável a profundidade dos traumas com que esses bebês nascem. Lembro-me de uma visita à Unidade Materno-Infantil de Ananindeua, no Pará, quando conversava com cerca de vinte mães com seus bebês no colo. Perguntei quem ali havia sido presa grávida e sofrido algum tipo de tortura. A metade delas levantou a mão - e algumas riram um riso amargo.
- Bater em grávida é algo normal para a polícia - respondeu Aline. - Eu apanhei horrores e tava grávida de seis meses. Um polícia pegou uma ripa e ficou batendo na minha barriga. Nem sei qual foi a intenção desse doido, se era matar o bebê ou eu. A casa penal me mandou pro IML para fazer corpo delito, mas não deu nada.

Relatos de outras presas confirmaram o que disse Aline. Michelle, já de barrigão protuberante, apanhou de uma escrivã, outra mulher. Na hora da detenção, Mônica recebeu socos de um policial, que disse que filho de bandida tinha que morrer antes de nascer."

Em uma narração fluída, que traz intercalados os capítulos sobre cada mulher, acompanhamos as suas trajetórias e muitas vezes nos sentimos tocados por histórias tão carregadas de sofrimentos, e sofremos principalmente pelos filhos que nasceram na prisão e que sequer tiveram uma mínima assistência, são crianças que jamais tiveram culpa pelos crimes cometidos pelas mães mas que já nascem pagando e sendo rotulados por uma sociedade que não os aceita e não os vê.

"Segundo o Ministério da Justiça, entre 2007 e 2012, a criminalidade cresceu 42% entre as mulheres - ritmo superior ao masculino. Uma tese em voga entre ativistas da área é a de que a emancipação da mulher como chefe da casa, sem a equiparação de seus salários com os masculinos, tem aumentado a pressão financeira sobre elas e levado mais mulheres ao crime no decorrer dos anos.
Dados comprovam a teoria. Os delitos mais comuns entre mulheres são aqueles que podem funcionar como complemento de renda. Como mostram Ieda e Marta, tráfico de entorpecentes lidera o ranking de crimes femininos todos os anos no Censo Penitenciário. Os próximos da lista, e para os quais vale o mesmo raciocínio, são os crimes contra o patrimônio, como furtos e assaltos.

Os crimes cometidos por mulheres são, sim, menos violentos; mas é mais violenta a realidade que as leva até eles."



[ - Minhas Impressões - ]

Presos que menstruam era um livro que estava há bastante tempo na minha lista de futuras leituras, porém demorei mais de um ano para lê-lo. Mas assim que o iniciei não consegui mais parar, e conforme ia conhecendo a história dessas mulheres ia de certa maneira me afeiçoando a elas e a seus momentos e tive vontade de conseguir conversar com algumas para compreendê-las mais a fundo.

Sei que o nosso país tem um alto índice de criminalidade e todos diriam que essas mulheres são culpadas por vários deles, e realmente são, mas não se trata de elas cumprirem a pena que lhes é imposta ou não, se trata de elas poderem cumprir essa pena com o mínimo de dignidade possível.

Um dos pontos que a autora levanta no livro é o fato de elas não terem geralmente o benefício da visita íntima, e em relação a isso não tenho uma opinião tão favorável, mas se elas tem de ser privadas disso, que os homens também sejam e que reine a igualdade.
Porém o que me chocou mais foi a falta de assistência na gravidez. Elas são tratadas como animais, como se aqueles bebês fossem indignos de viver. Muitas delas sofrem de dores de parto por dias até que alguém acredite nelas e as leve para o hospital, onde elas tem de dar a luz algemadas e isso é extremamente inaceitável. Também fiquei perplexa com a falta de itens como absorventes e apenas dois rolos de papel higiênico por mês, o que é praticamente impossível de chegar ao fim do mês ainda tendo papel.
Além disso a autora nos esclarece que é claro que existem mulheres que matam e cometem coisas muito graves, como Suzane Richtofen e Ana carolina Jatobá, como muitas outras, mas também há aquelas que venderam drogas para complementar a renda de suas casas e são tratadas de uma forma pior do que homens que mataram.

O ponto mais positivo para mim é que a autora narra tudo sem poupar detalhes, nos conta somente o que as mulheres lhes relataram e o que ela viu enquanto lhes entrevistava, então com isso nos sentimos em uma conversa informal, como se aquelas mulheres estivessem ao nosso lado.

Já como ponto negativo eu destaco apenas o fato de a autora começar falar de uma mulher, aí fala de outra, depois volta em um capítulo sobre a primeira e isso de certa forma manteve um suspense durante todo o livro para sabermos no fim o que teria acontecido com cada uma, mas também fez com que as vezes as histórias se misturassem para mim.

Todas as mulheres tem seus pontos positivos como seres humanos e seus erros, mas a personagem que mais deixou sua história marcada em mim foi uma índia chamada Glicéria, que vivia tranquila em seu pedaço de terra, mas quando as autoridades apareciam para fazer reintegração de posse e para expulsá-los do lugar onde viveram toda a vida, toda a família entrava em confrontos, inclusive Glicéria. Até que um dia enquanto estava com seu bebê de um mês e meio ela foi presa. Se sentindo bastante nervosa não conseguia amamentar o filho, e seus seios começaram a empedrar devido ao leite acumulado. Glicéria sofreu muito, bolhas de pus estouraram, uma febre altíssima tomou conta de si e seu bebê sofreu de fome. Logo depois a mulher foi solta pois o juiz não encontrou motivos para levar o processo a diante, mas já não adiantava mais, os seios de Glicéria já tinham lhe causado muitos problemas e ela jamais pode voltar a amamentar seu pequeno. Essa mulher de força, que não cometeu nenhum crime a não ser o de querer permanecer nas terras que sempre conheceu sofreu muito e também sofreu seu pequeno filho que recém chegado ao mundo já descobriu um pouco da dor e da tristeza que o ser humano pode nos causar.

Minha leitura foi em ebook e não encontrei erros. Nana narra tudo como se tivesse contando uma história para o leitor o que deixa a leitura bem fluída e rápida.

Recomendo esse livro para todos que gostam de bons livros-reportagens e para aqueles que tem interesse em conhecer um pouco da realidade dos nossos presídios que é tão oculta. Certamente será uma leitura que irá marcar a cada um que tiver a oportunidade e a mente aberta para ler este livro.

38 comentários

  1. Olá
    Até me arrepiei lendo a sua resenha, porque é impossível não sentir nada lendo sobre o enredo. Eu já conhecia esse título, mas a sua resenha é a primeira que leio a respeito. Sou jornalista e é claro que adoro livros apresentando reportagens e conhecer a realidade dos presídios é uma temática que gera muita polêmica e discussões. Suas impressões me deixaram bem motivada para conferir. Achei interessante que ela faça essa suspense com o que acontece com as mulheres, mas pode ser que as vezes gere algum tipo de mistura mesmo. Enfim, espero ler em breve!

    Beijos, Fer
    www.segredosemlivros.com

    ResponderExcluir
  2. Eu já tinha visto em um outro lugar falar desse livro e desde então não dei a mínima. Agora após ler sua resenha, meio que estou sentindo uma "necessidade" de lê-lo.
    Adorei seus comentários.
    Beijos

    http://blog-myselfhere.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
  3. Olá!

    Nosso país é conhecido pelo úmero de criminalidade e isso é bastante triste. Bom, é deplorável ver o quanto elas sofrem, independentemente das coisas que cometeram. Acredito que todos somos Seres humanos, e a falta de higiene é bem frequente nesses casos. Fiquei sabendo de coisas que não fazia ideia, apesar de horrorizada, isso é o que realmente acontece no nosso país. Pretendo ler esse livro, tem um história que faz o leitor se prender de verdade. Tua resenha foi bem estruturada e gostei muito da sua opinião, pois concordo plenamente em tudo que você falou.


    Beijoos.
    Oxente, Leitora!

    ResponderExcluir
  4. Olá Tamara!
    Poxa, que resenha foi essa? Esse livro que tinha visto na Nobel, mais ainda não tinha coragem de pegar ele para ler por ser um assunto que não faz meu gênero mais depois dessa resenha estou animada para ler, acho que vou me envolver na história por conta dos relatos que já estou acostumada a ler em alguns sites, são assuntos importante que nos fazem pensar como é um caos a vida em carcere e principalmente para argumentar e saber debater sobre certos assuntos que são realidade, apesar de ser um horror, é uma realidade dolorosa. Adorei!!! Vou ler com certeza, to muito curiosa!! Beijinhos
    http://followyourdreamalways.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
  5. Olá!
    Faz tempo que quero ler esse livro.
    Parece tenso e ao mesmo tempo que conta uma realidade, temos sempre a impressão que essa realidade tá tão distante da gente nè?
    amei sua resenha.
    Bjs
    www.mundoliterando.com.br

    ResponderExcluir
  6. Me parece uma estória intensa por demais, ainda bem que vc leu, mesmo depois de um ano, se não não teria conhecimento, gosto por demais de livros desse gênero e saber que uma jornalista que entende do assunto criou o livro me parece mas interessante aos meus olhos.

    ResponderExcluir
  7. Oi, Tamara. Tudo bem?

    Desconhecia a existência desse livro e foi o título que me fisgou imediatamente para chegar até a resenha. A primeira vez que tive um contato mais próximo com esse tipo de relato foi recentemente em um seminário na faculdade onde várias mesas e palestrantes se dedicaram a mostrar um pouco da realidade vivida pelas presidiárias de algumas regiões aqui da Bahia.
    O fato é que até então eu não havia pensado sobre o assunto e, assim como você, fiquei chocada ao descobrir que os mínimos direitos estavam sendo negados a essas mulheres, nesse ponto me parece realmente uma leitura interessante.
    O fato de a autora narrar como se estivesse em uma conversa informal também me incentivou a ler o livro mas devido ao tema um pouco pesado prefiro deixar para um momento mais livre de leituras, já que leio 4 ou 5 livros ao mesmo tempo.

    Um beijo!
    Crônica sem Eira
    Participe do Sorteio de 5 anos do Blog Da Imaginação à Escrita | Participe do Sorteio de 2 anos do Blog Livros: Hoje, Ontem e Sempre

    ResponderExcluir
  8. Eu gosto bastante de livros-reportagem e acredito que qa narrativa seja ótima, uma vez que e escrita por uma jornalista que tem uma grande habilidade com as palavras. Mas é uma leitura que eu não faria e acho que se fizesse, não me sentiria tão tocada como tocou você. Não tenho compaixão pela população carcerária, nem do Brasil e nem em qualquer outro lugar do mundo e acho que embora tenham inocentes ali, a grande parte destas pessoas, fizeram por merecer o seu lugarzinho lá.
    MEU AMOR PELOS LIVROS
    Beijos

    ResponderExcluir
  9. Oi Tamara
    Gosto desse gênero e vez ou outra procuro uma boa indicação.
    Tinha visto esse livro e anotado em minha lista de leituras, pois gostei muito dos relatos sobre a população carcerária no Brasil. Realmente é muito difícil e não estamos aqui para julgar, mas também não podemos deixar todos padecerem em condições sub humanas.
    Gostei das suas impressões e espero ler em breve!
    Beijinhos
    Rizia - Livroterapias

    ResponderExcluir
  10. Oi, esse é um tipico livro que não é feito para você se distrair ou ter um entretenimento. Ele serve para mostrar para nos o quanto nosso sistema penitenciário é falho e a falta de respeito e dignidade para com os presos. Algo que é direito deles, não importo o crime cometido. Sim, alguns ou a maioria merece estar cumprindo as penas impostas pelos crimes cometidos, no entanto, isso não dá direito de forma alguma que não tenham o mínimo de assistência, principalmente para as mulheres que entram lá grávidas. Essa questão da criminalização é muito complexa, porque muitas só entram para o ramo dos crimes por não terem melhores oportunidades, mesmo que isso não justifique. Eu, como estudante de direito, gostei bastante da dica e pretendo adquirir para entender melhor essa área e sua realidade. Na teoria tudo é lindo, o problema é justamente quando chega a prática e se vê que nada é como deveria ser! Parabéns pela resenha e obrigada pela dica.
    Um beijo
    www.brookebells.com

    ResponderExcluir
  11. Nossa , que dica maravilhosa, esse livro parece ser super interessante e nos mostra a realidade brasileira e que os presidios daqui não são como os de "Orange is the new black".Estou ansiosa para fazer a leitura e parece que vou adora-la.
    bjs

    ResponderExcluir
  12. Oie Tamara, tudo bem? Eu também queria ler esse livro há um bom tempo, mas ainda não tive a oportunidade. Por gostar muito do gênero e ter grande interesse no assunto eu tenho certeza que irei gostar bastante. Sua resenha ficou maravilhosa! Ameei saber tua opinião sobre esse livro <3 Espero poder ler em breve.
    Mil beijos!

    ResponderExcluir
  13. Oi Tamara, tudo bem?
    Esse livro parece ser bem chocante por se tratar de uma realidade que, como você disse, é oculta a sociedade. Já havia ouvido falar antes que as mulheres entram em trabalho de parto algemadas e realmente, isso é completamente inaceitável, ainda que o que elas tenham feito no passado seja considerado algo imperdoável. Esse livro parece ser bem interessante e fiquei curiosa para conhecê-lo, mesmo sabendo que a autora alterna as personagens o tempo inteiro, o que me deixaria um pouco confusa também. Espero ler um dia!

    Beijos! ♥

    ResponderExcluir
  14. Oiee Tamara ^^
    Eu não conhecia o livro da Nana até pouco tempo atrás, quando mergulhei de cabeça em livros com pegadas feministas. "Presos que menstruam" é um livro que eu quero muito ler, mesmo parecendo ser muito pesado, e sabendo que ele vai mexer muito comigo. Não consigo imaginar como é a realidade destas mulheres taxadas criminosas e tratadas de formas indignas e humilhantes, inumanas. É incrível como a gente sabe tão pouco da realidade de nosso povo, né?
    MilkMilks ♥
    http://shakedepalavras.blogspot.com.br

    ResponderExcluir
  15. Oi!
    Eu já havia visto falar desse livro um dia, e olha, ver a resenha dele aqui me fez ter vontade de procurar pra comprar agora mesmo.
    Acho esse tema muito polêmico, e triste, porque mesmo que as mulheres tenham cometido crimes bárbaros, deveriam poder viver com dignidade, e a realidade disso no Brasil é horrível.

    ResponderExcluir
  16. Oi, tudo bem?

    Esse livro está na lista das minhas futuras leituras, porque eu tenho muita vontade de conhecer mais sobre o assunto. Até porque, acredito em ressocialização de detentos, principalmente se eles tiverem condições mínimas nas cadeias. Muita gente fala que eu ''defendo bandido'', mas não é bem assim. Já soube de histórias horríveis de mulheres que tiverem filhos em condições deploráveis, que pegaram doenças por causa disso, entre outras coisas. Como criar uma sociedade melhor se não incentivamos e mostramos aos infratores que eles podem voltar para a sociedade sem serem marginalizados? Bem, adorei a sua resenha e suas considerações. Quero muito ler logo. :)


    bjs =)

    ResponderExcluir
  17. Olá, como vai?
    Eu faço Jornalismo e me interessei muito por esse livro! Gosto de livros-reportagem porque falam da nossa realidade, e falar é, de algum jeito, uma forma de mudança ou alerta para que algo que não está bom melhore :)
    Já adicionei no Skoob!
    Beijo.

    ResponderExcluir
  18. Oi!
    Eu não conhecia o livro, mas gosto desses temas que mostra a realidade que ninguém quer ver.
    Nosso sistema carcerário em todos os sentidos e formas é muito falho, e para todas as pessoas. Pessoas que roubaram um leite para sobreviver são colocados na mesma prateleira de quem matou ou até numa situação pior.
    Porém, como a sociedade é, imagino que realmente haja essa diferença entre como os homens e mulheres são tratadas nas cadeias, independente do ato criminoso. O sistema é machista e se o tratamento aos homens já são péssimos, imagino para as mulheres.
    O caso que você citou da índia é muito triste, até porque ela não fez nada, só queria poder morar na terra dela. E quando soltaram ela, já era muito tarde. E acredito que deva ter milhares de mulheres que passaram e passam a mesma coisa que ela passou.
    Deve ser um livro super triste!
    Adorei a sua resenha.
    Bjss

    http://umolhardeestrangeiro.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
  19. Olá Tamara,
    É um livro com um tema bem pesado, hein? Gostei muito das suas impressões e de conhecer essa obra, acho que será uma leitura bastante importante para se fazer. Achei legal a autora narrar os fatos sem polpar detalhes com medo de machucar o seu leitor, acho isso importante em uma obra assim.
    O ponto negativo que você ressaltou também me pareceu bem ruim, pois isso pode gerar uma grande confusão ao leitor, coisa que acho que aconteceria comigo.
    Gostei da ideia do livro e vou anotar a dica.
    Parabéns pela resenha.
    Beijos

    ResponderExcluir
  20. Oi!
    Nossa, sua resenha me deixou sem palavras, tanto pelo tema extremamente pesado e real quanto pelos sentimentos que suas palavras e as histórias contadas despertaram. Deve ser uma leitura bem impressionante, ainda mais pela autora não poupar os leitores dos detalhes, por mais sórdidos que sejam.
    Parabéns pela resenha.
    Beijos!

    ResponderExcluir
  21. Olá,

    Já li algumas obras sobre o Carandiru, e esta da sua resenha, em especial, me chamou ainda mais atenção por tudo que é relatado na obra. Sem dúvidas muitos sentimentos fortes são postos e acredito que a maior pergunta que ronda minha cabeça até hoje, é se o fato das pessoas serem privadas de sua liberdade, é motivo suficiente para um tratamento desumano. Acredito que antes de criminalizarmos, deveriamos também descobrir o que leva as pessoas a cometerem crimes, fatores sociais como a divisão desigual da riqueza, sem dúvidas é um das maiores consequências. Falta amadurecimento da sociedade e principalmente livros assim que expõe a realidade na sua forma tão crua.

    Abraços
    Cá Entre Nós

    ResponderExcluir
  22. Parece um livro realmente intenso, e mesmo me despertando muita curiosidade, confesso que não sei se teria estômago para ler esse livro nesse exato momento.
    Ainda sim amei a sua resenha e os pontos abordados. Ótimo trabalho.

    Beijos
    http://ummundochamadolivros.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
  23. Oie
    nossa, esse título chama muito a atenção e sua resenha me deixou mega curiosa, não é o tipo de livro que costumo ler mas com certeza me fez querer ler, muito legal a dica

    Beijos
    http://realityofbooks.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
  24. Olá Tamara tudo bem, esse livro tem um cenário bem delicado e que com certeza pode levantar muitas questões sobre os direitos humanos. Sinceramente não teria coragem de ler esse livro, sua resenha está perfeita e completa. Bjs

    ResponderExcluir
  25. Olha, sinceramente não tenho interesse algum em ler um livro com esse tema, é algo bem complexo e doloroso. O caso dessa Glicéria é completamente absurdo, fiquei indignada quando você contou, isso de querer tirar os índios da terra deles é algo que me deixa maluca. Realmente as pessoas merecem o mínimo de respeito e dignidade, mas acho que no mínimo deviam ter jornadas de trabalho dentro da prisão, fazer sempre algo útil, o que facilitaria inclusive a reintegração à sociedade. Isso de ter a oportunidade de trabalhar (que você citou o caso das oficinas de costura) acho que deveria na verdade acontecer sempre. Não leria, mas fico feliz que tenha gostado. E fala sério, dois rolos de papel higiênico por mês? Ainda com falta de absorventes? Não gosto nem de imaginar.

    Beijo.

    Ju
    Entre Palcos e Livros

    ResponderExcluir
  26. Oi Tamaraaaaaaaaaaa

    Então mulher, não sou fã de livros com essa pega de reportagem, sempre acho massante e chato a narrativa, mas confesso que fiquei bem curiosa porque levanta questões muito forte e reflexões sobre o assunto, e você dizer que a narrativa é fluida me deixou curiosa, até então nunca gostei de nada desse genero, mas sinto que iria gostar desse.

    Bjos

    ResponderExcluir
  27. Oii
    O livro parece ser ótimo. Uma leitura bem reflexiva e diria até forte. Levanta assunto pouco explorado e comentado. Ótima dica!
    Bjus

    ResponderExcluir
  28. Oi Tamara, tudo bem?
    Fiquei muito feliz com a tua opinião, eu adoro ler esses livros que falam de histórias reais, esse reportagem chamou muito minha atenção em particular. Acho que é importante ler até mais para conhecer a nossa realidade, gostei e mesmo sendo um livro que não estou acostumada a ler, eu daria uma chance com toda certeza, acredito que iria gostar bastante. Ótima resenha!

    Beijos

    ResponderExcluir
  29. Poxa esta sua resenha merece nota 10! Me senti totalmente solidária com isso e olha que eu não sou muito a favor de quem comete crimes, mas a gente sabe que muitos e muitas não tem outra opção na vida. E o pior é que a mulher sempre fica na pior, principalmente quando estão grávidas que nem sequer podem cuidar dos filhos depois. É um caso de abandono e machismo, como sempre.
    Muito bom o que escreveu.

    Beijos,

    Greice Negrini

    Blogando Livros
    www.blogandolivros.com

    ResponderExcluir
  30. Oi Tamara!
    Esse livro é incrível! Sua resenha expressa bem os sentimentos que tive quando li. É uma realidade bastante cruel e chocante, pois o que elas vivenciam é de certa forma, muito desumano. Outro ponto, por mais que o "feminismo" sempre esteja em evidencia quanto ao que acontece "do lado de fora dos muros", nada é dito ao que acontece "do lado de dentro dos muros". É um livro excelente e polêmico também.
    Bj

    ResponderExcluir
  31. Nooooossa, esse livro ♥
    De tudo o que já consume sobre o sistema de segurança do país, o que mais me doeu certamente foram documentaries com menores infratores, é indescritivel o que acontece nesse país com essas crianças e saber que existem projetos apra redução da maioridade penal, me da ansia. Mulheres... Melhor titulo de livro "presos que menstruam" quero. Muito. Porque olhan... Fiz service social e o tema mexeu comigo, ter esse livro escrito por uma reporter com detalhes, é algo que não dá pra naõ ler.

    beijos

    ResponderExcluir
  32. Olá,
    Apesar de gostar bastante de livros de reportagens acho que este é um pouco pesado para mim. Mesmo assim uma ótima indicação.

    http://euinsisto.com.br/

    ResponderExcluir
  33. Oie, tudo bem? Apesar de se tratar de um tema bacana e que eu adoro discutir, acho que não teria paciência pra ler algo do tipo. Não estou acostumada com leituras assim, mais fortes.

    ResponderExcluir
  34. Olá, tudo bom?
    Nunca tinha ouvido falar desse livro, mas, fiquei interessada em lê-lo, principalmente por já ter estado dentro de presídios quando ainda era estudante de direito. Ler o que você descreveu em sua resenha me fez lembrar de várias cenas que vimos por lá e confesso que só por aí já fiquei com um aperto no estômago. Concordo que mulheres - e pessoas - que estão em presídios se encontram lá por terem infringido as leis, mas, sinceramente, quem se recupera após cumprir uma pena em uma realidade tão degradante? Enfim! Sobre o que você comentou, deve ficar um pouco confuso mesmo esse vai e vem entre histórias, mas, a sugestão está mais que anotada.Ótima resenha!

    Beijos!
    @PollyanaCampos
    Entre Livros e Personagens

    ResponderExcluir
  35. Oi!
    Nossa Tamara, deve te sido uma leitura bem densa... Eu já conhecia o livro, mas não sabia exatamente quais os pontos que a autora tratava. É realmente triste imaginar a situação dessas mulheres, especialmente as grávidas. Bebê nenhum tem culpa do que aconteceu...
    Beijos!

    ResponderExcluir
  36. Oi!
    Nossa Tamara, deve te sido uma leitura bem densa... Eu já conhecia o livro, mas não sabia exatamente quais os pontos que a autora tratava. É realmente triste imaginar a situação dessas mulheres, especialmente as grávidas. Bebê nenhum tem culpa do que aconteceu...
    Beijos!

    ResponderExcluir
  37. Ola Tamara lindona, menina eu estava de olho nesse livro e sua resenha me fez querer ler agora o livro. Gosto de livros que relatam a verdade nua e crua, principalmente com relação aos presídios, onde falta e tudo e mais um pouco, o fato de estarem pagando por seus erros deve ser cumprido com o mínimo e dignidade ainda mais se tratando de mulheres, as grávidas me parte o coração ao serem separadas de seus filhos. Com certeza vou ler os relatos, concordo com você que atrapalha ir e voltar a mesma história em diversos capítulos.

    beijos

    Joyce
    www.livrosencantos.com

    ResponderExcluir
  38. Olá!
    Nossa parece ser uma leitura intensa que eu não teria estomago para ler, apesar de mostrar a realidade desses presídios. É um livro interessante para quem curte essas matérias, para mim não rola, eu ficaria incomodada,mesmo sabendo que estão lá pagando pelo erros, as condições são péssimas. Enfim, sua resenha está ótima e essa história com toda certeza ficará marcada para quem a ler!

    Beijos!
    http://lovesbooksandcupcakes.blogspot.com.br//

    ResponderExcluir

Licença Creative Commons
O site I LOVE MY BOOKS por Silvana Sartori está licenciado com uma Licença
Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Por isso, qualquer contéudo aqui presente como resenhas, fotos e Colunas publicadas são exclusividade. RESPEITE e NÃO COPIE, pois PLÁGIO é CRIME!


Instagram

I Love My Books - Site Literário. Berenica Designs.