Resenha - O Amante da Princesa

22 junho 2018
Título: O Amante da Princesa
Autora: Larissa Siriani
Editora:  Grupo Editorial Record / Verus Editora
Páginas: 224
Skoob
Onde Comprar: Saraiva / Amazon

Um romance sensual e divertido sobre as escolhas que são feitas por nós — e sobre tomar as rédeas da vida nas próprias mãos. Maria Amélia de Bragança é princesa do Brasil, prometida a Maximiliano Habsburgo, arquiduque da Áustria. Mas não há nada que ela deseje menos do que esse casamento: como alguém pode querer que ela se case com um homem que nem sequer conhece? O que Amélia não esperava é que seu noivo chegasse ao Palácio das Janelas Verdes, em Lisboa, acompanhado do amigo Klaus Brachmann, um homem charmoso e experiente que se sente compelido a seduzir a princesa apenas pelo prazer da conquista. Uma viagem inesperada que Maximiliano precisa fazer se mostra a oportunidade perfeita para que Klaus ensine uma coisinha ou outra a Amélia entre quatro paredes... E, conforme o jogo avança, a possibilidade de casamento se torna cada vez mais remota para a princesa, que agora precisa proteger seu coração a todo custo.



Em um primeiro contato com a autora Larissa Siriani, ela trouxe algo fantástico arriscando a dizer único. Com a utilização de elementos conhecidos pelos fãs de romance de época, O Amante da Princesa te conquista em questão de poucas páginas.

Maria Amélia de Bragança é princesa do Brasil e terá um casamento arranjando com Maximiliano Habsburgo, arquiduque da Áustria. Sem conhecer o marido, ela não está sabendo lidar com esta situação, afinal como sua mãe acha que ela pode casar com um homem que mal conhece!? Porém junto de Maximiliano, seu amigo Klaus Brachmann, um verdadeiro libertino acaba que indo para o Palácio de Janelas Verdes, então ele será tentado a mudar a aversão da princesa por sua pessoa. E esse jogo acabará virando algo mais. Com um imprevisto que faz Maximiliano viajar às pressas, deixando Maria Amélia nas mãos de Klaus, eles verão que sentimentos intensos podem surgir de um mero flerte.


Quanto mais destoante as histórias são do que conhecemos nos gêneros, maiormente as leituras se tornam. E isso foi fundamental aqui. Trazendo uma ambientação em Lisboa, Portugal misturada com o alemão da Áustria, me vi completamente rendida pela história — foge do famoso eixo Londres século XIX. É fascinante ver a pesquisa histórica sendo aplicada e tendo seu papel glorioso dentro da história. Fã e estudante da língua alemã atentar-me a algumas expressões e frases utilizando-se do idioma foi sensacional. Além  do plano de fundo que fundiu-se perfeitamente com o enredo.

O desenvolvimento em si, a forma como houve a construção do romance é sutil. Não criou-se uma paixão instantânea — pelo contrário, eles não se dão bem no início — e é de extrema clareza para leitor as etapas que eles passam até o fatídico sentimento amor. Gostei bastante dessa leveza, pois apesar de ser um livro de poucas páginas — o que nos faz imaginar que tudo é dinâmico — temos uma medida certa deste crescimento. Soube-se explorar toda a trama disponível. Maria Amélia e Klaus são protagonistas sensacionais. Evoluindo ao longo das páginas, trouxeram tudo que esperamos num romance de época: paixão, carisma, cenas hilárias quando juntos, crescimentos pessoais e até mesmo temperamento forte. São personagens incríveis, que você a todo instante se pergunta como não conheceu pessoas assim?! Formaram um belo par e foi o maior ponto positivo do volume.
"No breve instante antes do início da valsa, nossos olhares se cruzam. Não havia reparado antes, pois não queria dar importância demais à noiva de meu amigo, mas agora é tarde; é inegável sua beleza." 
As reviravoltas é que foram previsíveis, e não foge muito do que acompanhamos e notamos em exemplares do gênero. Contudo, se faltou plot twist ao decorrer da narrativa, o final possui a maior surpresa possível. Não era algo que esperava — na verdade nunca tinha pensado em um final deste para romances de época — e por mais que talvez não seja do agrado geral, é plausível dentro do conteúdo proposto. Larissa ousou no momento certo, e ao meu ver acertou. De uma forma geral, recomendo a leitura. Com uma escrita fluída — os capítulos são curtos e intercalados — é uma obra gostosa de ler. E o fim diferenciado torna-o uma ótima opção aos leitores que gostam de surpreender. Em um dia ou uma parte do mesmo você consegue terminá-lo sem grandes estresses, sendo ideal para aqueles dias friozinhos com café quente.
"E é então que enxergo que meu velho amigo Max tem razão. Paro de tentar provar a mim mesmo que não sinto. E finalmente percebo. Eu a amo."
Na parte física, a capa é espetacular. Traz um foco diferenciado nos detalhes da rosa, nos tons usados, o ângulo em que se encontra a foto, e tem conexão com as características da personagem principal. O título interligou-se também a parte interna, e a diagramação em e-book é ideal. Infelizmente não tenho a versão física, então não posso falar do mesmo. Aparentemente nenhum erro ortográfico ou de revisão. A narrativa é feita em primeira pessoa pelo ponto de vista da Amélia e do Klaus intercalados. Espero que a autora explore e se arrisque com outras obras do estilo, pois vejo que deu certo. Completamente conquistada, vejo diversas resenhas positivas e elogiosas para O Amante da Princesa. Pretendo conhecer outros exemplares da Larissa Saurini. Espero que tenham gostado!

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7 comentários

  1. Nacional e romance de época, que maravilha!!!
    Sou fã assumida da nossa literatura e amo quando chego em um blog e tem resenha nacional, ainda mais quando não conheço a autora ou autor.
    Pelo que li acima,a autora conseguiu trazer tudo de bom que pode haver em um romance de época, principalmente a parte de colocar um casal tão diferente, o que deve ter causado boas risadas e o inevitável sentimento surgindo! A capa é lindíssima e vai para a lista de desejados com certeza.
    Beijo

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  2. Olá! Confesso que não conhecia o livro, mas amei a proposta, romances de época são uns dos meus gêneros favoritos e esse parece ser bem diferente de tudo que já li até então. Já gostei do Klaus (minha torcida é dele), e fiquei bem curiosa em relação a esse final não tão esperado.

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  3. Fã assumida da nossa literatura nacional, adoro chegar em um blog e ter algo novo que eu ainda não conhecia!
    Ainda mais se tratando de romance de época! E a história acima parece ser das melhores, pois apresenta personagens sólidos e um enredo baseado em história de verdade.
    A capa é maravilhosa e se tiver oportunidade, quero muito poder conferir este livro!
    Beijo

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  4. Ola Carol lindona, estou bem curiosa com esse livro, a princípio a capa chama muita atenção pela cor, a premissa amei, já quero saber como a protagonista vai lidar com esse libertino, mesmo com as reviravoltas previsíveis o livro parece encantar o leitor, já está em minha gigante lista de leitura. beijos

    Joyce
    Livros Encantos

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  5. Oi, Caroline!
    Concordo com você, a mudança de ambientação em um livro de um gênero que lemos com frequência tornar o livro diferente e o faz se destacar entre tantos livros de mesmo gênero...
    Confesso que não gosto muito quando o romance é construído sutilmente, mas pelos seus comentários acredito que irei gostar do surgimento do amor entre Maria Amélia e Klaus, gosto de protagonistas de temperamentos fortes e que juntos protagonizam cenas hilárias, penso que vou amar conhecer esses dois!
    Final surpreendente?! Agora fiquei curiosíssima! rsrs... Valeu pela dica. Abraços!

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  6. Olá Caroline!
    Tenho que comentar a capa, linda demais, parece uma pintura. Isso na minha opinião já enobrece o livro, além de dar um vislumbre do que vem na história.
    Adoro romances de época, quanto mais demorados e sofridos mais eu gosto.
    Também achei legal que mesmo sendo um romance nacional a história ser ambientada em Lisboa e Áustria, só poderia ser um casal explosivo. Curiosa pra conhecer essa autora. Adorei saber que os capítulos são curtos e a escrita fluída. Personagens carismáticos e romance com pitadas de humor, maravilhoso. Viva o romance nacional.

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  7. Eu adorei esse livro adorei tudo nele o contexto histórico os diálogos dos protagonistas a precisão dos fatos com o qual foi escrito e gostei principalmente do romance entre os protagonistas que não era nada muito melancólico ou maçante

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