Luz, câmera e ação [26]

Juliet Devereau (Hilary Swank), uma jovem médica, acredita ter encontrado o lugar perfeito para morar, ela se muda para um apartamento no Brooklyn, em Nova York. Após algum tempo, Juliet começa a perceber que coisas misteriosas estão ocorrendo e passa a acreditar que não está sozinha no apartamento. As coisas se complicam ainda mais com a crescente obsessão do senhorio do prédio pela jovem.

Título: A inquilina

Lançamento: 2010 (1h 31min)

Dirigido por: Antti Jokinen

Com: Hilary Swank, Jeffrey Dean Morgan, Christopher Lee...

Gênero: Suspense, Terror

Nota: 

Juliet (Hilary Swank) é médica e está procurando um novo apartamento para morar, já que não consegue voltar para casa depois de ter flagrado seu namorado Jack (Lee Pace) na cama com outra mulher. Para a sua surpresa, ela encontra um apartamento bastante barato para os padrões de Nova Iorque e, de imediato, é contratada pelo proprietário do prédio chamado Max (Jeffrey Dean Morgan). Ele é um homem bonito e charmoso, e Juliet não consegue evitar sentir uma atração por ele, mas inicialmente não sabe se investe no cara, já que ele é o proprietário do prédio e seu coração ainda está balançado por causa do ex-namorado, apesar da traição. Um senhor que mora no prédio chamado August (Christopher Lee) começa a agir de maneira estranha, oferecendo presentes a Juliet, a observando pela porta entreaberta e lhe dizendo que é uma pessoa solitária.

Conforme os dias passam naquele apartamento, Juliet começa a perceber que há algo mais ali; sente que está sendo observada a todo momento e se vê com medo de coisas que antes não a assustava, além de estar sempre tomando susto com barulhos inesperados. Como se isso não bastasse, começa a acordar muito tarde para ir ao hospital, mesmo não tendo tido problemas para ir ao trabalho durante todos esses anos. Não irá demorar para Juliet descobrir que o preço que ela está pagando em ficar naquele apartamento não foi assim tão barato como pensava.

Eu adoro filmes de suspense, e tendo em vista que atores excelentes como Christopher Lee e Jeffrey Dean Morgan estão no elenco, pensava que o filme iria me surpreender. Infelizmente devo dizer que isso não aconteceu. As cenas são bastante previsíveis, as atitudes do vilão não fazem o menor sentido e seus motivos para ficar obcecado pela Juliet não são explicados; ele simplesmente faz. Porém, as cenas que ele invade o quarto e a vê dormindo são incríveis, foram bem trabalhadas de tal forma que conseguiram me deixar bastante aflita. Imagine só, estar dormindo e não ter consciência nenhuma de que há outra pessoa ali? Foi impossível não me sentir perturbada!

Sabe quando estamos assistindo a um filme de suspense ou terror, e aí a protagonista começa a fazer tudo errado e ficamos desesperados, gritando para que ela saia daquele lugar ruim e faça ao menos uma escolha viável? Foi dessa forma que me senti com Juliet, e por um lado isso é bom, já que faz com que os expectadores se sintam presos à história e curiosos para descobrirem o que acontece no desfecho. Porém, por outro lado, eu esperava uma esperteza maior da personagem, pois desde o início ela percebe que há algo de errado naquele apartamento, mas mesmo assim fica inerte por um bom tempo e quando finalmente resolver tomar alguma atitude, já é tarde demais.

Apesar dos pontos negativos, é um bom filme. Os atores ficam ótimos em seus respectivos papeis e apesar das cenas previsíveis, é um filme que consegue nos prender até o fim. O desenvolvimento poderia ser melhor e os motivos de certos personagens poderiam ser explicados, mas ainda assim é uma boa escolha para passar o tempo. Recomendo para os fãs de suspense.