Resenha - Ruína e Ascensão

A capital caiu.O Darkling comanda Ravka em seu trono das sombras. Agora o destino da nação depende de uma Conjuradora do Sol arruinada, de um rastreador desonrado e dos cacos do que antes fora um grande exército mágico.No fundo de uma antiga rede de túneis e cavernas, uma fraca Alina deve se submeter à duvidosa proteção do Apparat e daqueles que a veneram como uma Santa. Porém, sua mente está na busca pelo misterioso pássaro de fogo e na esperança de que um príncipe foragido ainda esteja vivo.Alina deverá formar novas alianças e deixar de lado velhas rivalidades, enquanto ela e Maly buscam pelo último dos amplificadores de Morozova. Mas assim que começa a elucidar os segredos do Darkling, ela descobre um passado que mudará para sempre seu entendimento sobre a ligação que os une e o poder que ela carrega. O pássaro de fogo é a única coisa que está entre Ravka e a destruição — e reivindicá-lo pode custar a Alina o futuro pelo qual ela tem lutado.

   Livro: Ruína e Ascensão
344 páginas || Skoob || Cortesia: Editora Gutenberg || OndeComprar ||

Antes de mais nada, quero lhes dar um aviso. Para aqueles que não leram nenhum dos volumes, saiba que este é o terceiro e último livro da trilogia, assim caso você siga leitura - que eu recomendo expressamente a não fazer - acabará conhecendo informações que são grandes spoilers dos primeiros livros, o que vai ser bem chato, mas não se desanimem e nunca mais olhem para essa capa, vá até a resenha do primeiro livro, Sombra e Ossos, e a leia, vale a pena, essa trilogia é encantadora demais, meu coração já está com cada um dos personagens, se dê essa experiência fantástica sim? Já para aqueles que leram um ou os dois volumes anteriores eu digo "Meu Deus, você está esperando o que para terminar a trilogias?! Venha que esse final é perfeito!"

Era estúpido. Era perigoso. Mas Ana Kuya costumava me dizer que a esperança era sorrateira como a água. De alguma forma, ela sempre encontrava uma maneira de entrar.

Alina está mal, a recuperação de sua última luta com o Darkling ainda não aconteceu, seu corpo está frágil, seu poder adormecido e seus pensamentos um caos. Ela precisa de ar puro, ela precisa de luz do sol, ela precisa poder se mexer, fazer algo para que ela saiba que está fazendo o possível, mas o Apparat não a deixa sozinha, ela e seus Grishas são prisioneiros dentro da Catedral Branca, ela fingindo ser uma santa, uma santa para centenas que nem mesmo podia conjurar uma fagulha de luz.

Porem agora ela consegue manipular outra coisa, quando seus dedos se mexem, sombras correm as paredes, um requisito do poder do Darkling, mais uma ligação entre ambos. Ela só quer ir atrás do pássaro de fogo e conseguir o terceiro amplificador, para enfim poder acabar com a vida do Darkling e fazê-lo pagar por tudo aquilo que ele tirou dela e por todos que ele matou no meio do caminho de sua vida odiosamente longa. Mas para que isso aconteça, ela terá que achar uma maneira de falar com Maly, reunir seus Grishas e conseguir apoio de pessoas que estão dispostas a morrer por ela, e não pelo Apparat, mas será que ela tem forças para isso? Será que ela tem forças para comandar?

"Você não é o que eu esperava", ele admitiu.
"Não exatamente a Santa que queria?""Uma Santa pior", disse ele.
"Mas talvez uma rainha melhor. Eu rezarei por você, Alina Starkov."

Sim, ela conseguirá pois o que está em jogo é mais do que sua vida, é mais do que o destino de seus amigos, é toda Ravka o prêmio, e nas mãos do Darkling todos acabaram mortos. Mas assim que sua jornada se inicia e Alina começa a entender o preço que ela terá que pagar para ter os poderes sobre os três amplificadores e sua real ligação com o Darkling tudo começa a mudar, salvar Ravka pode lhe custar tudo e ela teme o que isso pode significar.

"Nunca se sabe", disse Nikolai
"Eu estive ocupado.
Talvez ainda tenha algumas surpresas guardadas para o Darkling."
"Por favor, me diga que planeja se vestir de volta e pular de dentro de um bolo."

Seguindo o mesmo estilo de narração dos dois primeiros livros, Leigh Bardugo fez um ótimo trabalho nesse último livro - vamos ser sinceros? Ela fez isso em todos. -, normalmente as coisas sempre ficam mais pesadas e o clima extremamente tenso num ultimo volume onde o final feliz depende dos personagens, onde o "Tudo ou nada" está valendo, mas como podem ver na citação acima, por mais que tudo esteja ruindo e eles estejam preocupados, os personagens não se deixam tomar e sempre que possível te surpreendem com cenas para lá de leves e encantadoras e fofas, que você não esperaria encontrar ou mesmo ver tão perfeitamente encaixadas na trama, não foram forçadas, tudo é muito natural nesse livro, tudo é muito espontâneo.

Quando comecei o livro, o comecei cheia de preocupações, foram muitas baixas depois do último ataque do Darkling e os poucos que sobraram estavam em choque, principalmente Alina que quase morreu, como se não bastasse seus ossos estarem quebrados, sua pele seca e seu cabelo branco, ela ainda parece ter conseguido mais algo que a liga ao Darkling, que também é uma parte dela, uma parte que a assusta muito, não se importa nenhum pouco com isso, ainda quer a aprovação dela, ainda quer estar ao seu lado, mas ela sabe que não se pode deixar levar, ela sabe que ele tem esse efeito nas pessoas.

Parecia que as estrelas estavam juntas umas das outras, quando na verdade havia milhões de quilômetros de distância as separando. No fim, talvez o amor apenas significasse ansiar por alguém incrivelmente brilhante para sempre fora do alcance.

E Maly está sempre ali para lembrá-la do que é amar de verdade alguém, para ajudá-la, do mesmo modo como Nikolai também está e s proposta de casamento do segundo livro ainda está de pé pessoal!!! Me desculpem, mas não há como não amar ele, e eu amo esse jovem príncipe com cada fagulha do pássaro de fogo, esse rapaz é incrível, imprevisível e estranhamente elegante.

Eu estava impressionada, mas também enervada. Estar perto de Nikolai era assim, vê-lo mudar e se transformar, revelando segredos enquanto prossegue. Ele me lembrava as bonecas ocas de madeira com as quais eu brincava quando criança. Exceto pelo fato de que em vez de ficar menor, ele ficava mais grandioso e misterioso.

Resumindo, foi uma maravilhosa leitura e eu fico muito feliz e agradecida de ter podido ler e conhecer esse personagens intrigantes que me encantaram tanto, e desvendar essa trama que me fez soltar vários suspiros, risadas e exclamações, foi uma experiência marcante e se tornou uma de minhas trilogia favoritas. Entendam pessoas, não há como não gostar dos personagens, uma vez eu ouvi que quando conhecemos nosso inimigo o suficiente para derrotá-lo então o amaremos, e isso se aplica aqui, você submersa tanto dentro deles, que passa amá-los profundamente.

Alguns anos atrás, comecei uma jornada para o desconhecido com uma garota que ainda não tinha nome. Tive sorte de ter pessoas maravilhosas me apoiando e torcendo ao longo de todo o percurso.

E para finalizar, como sempre Leigh é uma fofa e sabe muito bem reconhecer as pessoas que lhe ajudaram e apoiaram. Isso me toca, pois sei o quanto o apoio e incentivo são necessários em momentos e carreiras que envolvem a criatividade e criação, e na minha opinião, Bardugo fez mais que criar, mais que encantar, ela se fez chocar e marcar, não consigo pensar em uma pessoa que esteja lendo essa trilogia e não a guardando depois com carinho, e é por isso, é por essa vontade louca que move leitores a compartilharem suas opiniões que eu digo "Se deem uma chance, se deem a oportunidade de amar Ravka, de conhecer os Grishas, de entender o dilemas de amar um vilão, de ver esses personagens se transformarem diante de seus olhos e de enfrentarem seus destinos, não se negue essa sensação."

"Triunfante! Se o primeiro livro foi mágico e o segundo, um thriller, este terceiro é uma jornada épica."