Resenha - Macbeth

09 dezembro 2019

Título: Macbeth
Autor: Jo Nesbo
N° de páginas: 528
Cortesia: Grupo Editorial Record
Skoob
Onde comprar: Amazon
Passado nos anos 70, numa cidade industrial cinzenta e chuvosa, a força policial da zona está concentrada em acabar com um persistente problema de drogas. Duncan, chefe da polícia, é um idealista e visionário, um sonho para a população e um pesadelo para os criminosos. O comércio das drogas é liderado por dois homens, um dos quais, mestre da manipulação chamado Hécate, tem ligação com os poderes mais elevados. E pretende usá -las para escapar ileso. O seu plano consiste em manipular, de forma consistente e persistente, o inspetor Macbeth, um homem cheio de si e suscetível a tendências paranoides e violentas. O que se segue é uma história irresistível de amor e culpa, de ambição política e inveja, que explora os recantos mais negros da natureza humana, assim como as aspirações da mente criminosa.


* Não Recomendado para menores de 14 anos *


Macbeth e seus companheiros da polícia estão tentando limpar a cidade dos bandidos e das drogas, mas não é nada fácil, já que um inimigo muito perigoso está determinado a fazer com que as coisas aconteçam à sua maneira.

Duncan, o chefe da polícia em exercício sonha em acabar com os criminosos e com a venda indiscriminada das piores drogas que existem, só que infelizmente ele é impedido de colocar seus planos em ação quando sofre uma terrível traição por parte de um de seus homens de confiança, e é então que Macbeth assume o lugar do antigo chefe e começa a ditar as próprias regras de como acredita que as coisas devam funcionar agora que ele está no comando.

Hécate, um homem que é mestre na arte da manipulação decide usar Macbeth a seu bel prazer, pois ele têm planos terríveis para a cidade e não perde tempo em puxar as cordinhas invisíveis que usa para fazer com que o policial faça exatamente aquilo que ele deseja.

A cada dia que passa Macbeth vai se tornando exatamente o tipo de homem que Hécate quer que ele seja: ambicioso, invejoso e inescrupuloso. Uma pessoa capaz de fazer qualquer coisa para atingir suas aspirações mais elevadas. Em sua escalada rumo ao poder, Macbeth conta com sua inseparável companheira Lady, uma belíssima mulher pela qual ele é completamente apaixonado e de quem ele escuta com total devoção todos os conselhos e sugestões, dos quais trata de colocar em prática o mais rápido possível.

" - Mas o quê? - Ela acariciou a barriga dele. - Você não quer estar no comando? Você não é um homem que quer chegar ao topo?
Está feliz em servir aos outros?"

Macbeth faz tudo o que Lady quer, ele atende a todos os seus pedidos e faz tudo para agradá-la. Mas Lady não é uma mulher que joga para perder, e assim ela segue manipulando Macbeth de todas as maneiras possíveis deixando Hécate cada vez mais satisfeito com as ações de seu escolhido mesmo que tanto Macbeth quanto Lady não façam a menor ideia de quem está de fato por trás de todos os feitos que o policial acredita serem escolhas e tomadas de decisões feitas única e exclusivamente por ele.

O poder começa a subir a cabeça de Macbeth, o que o faz pensar que seja um homem intocável e que nada e nem ninguém irá conseguir fazê-lo parar. Todavia, o poder é um afrodisíaco muito perigoso, que podar transformar o caçador em caça.

Ficou querendo saber como essa história termina? Então comece logo a ler Macbeth, pois eu te garanto que essa história irá te surpreender.



[- Minhas Impressões -]

A trama de Macbeth faz muito o meu estilo, já que eu curto demais um livro que tenha bastante ação, adrenalina e desdobramentos surpreendentes e inesperados. Então vocês devem imaginar a satisfação com que eu li esse livro.

Logo no começo a história é bastante movimentada e aparece uma enxurrada de nomes de personagens que acabaram dando um nó na minha cabeça, afinal, eu ainda estava bem no comecinho da leitura, e portanto, não conhecia nenhum personagem direito por isso acabei ficando meio confusa com tanta informação e até meio desanimada com o livro.

Mas, conforme dei prosseguimento à leitura fui me inteirando e conhecendo melhor cada um dos personagens. Cito aqui alguns nomes, só para que vocês tenham uma ideia: Banquo, Duff, Malcom, Angus, Ricardo e por aí vai. O livro têm muitos personagens e isso acaba por confundir o leitor, porém, assim que a história foi se estabelecendo a confusão também foi se desfazendo e aí eu pude realmente apreciar a leitura. E que leitura, pessoal! Nossa! Essa foi com certeza uma das histórias com mais derramamento de sangue que eu já li em toda a minha vida de leitora! Sem exagero nenhum. Morre inocente, culpado, gente boa e gente ruim. Vale tudo para que Macbeth alcance o tão desejado e invejado poder.


No início pensei que as atitudes dele eram justificáveis, mas a partir do momento em que o poder lhe sobe a cabeça eu passei a sentir muita raiva dele e torci descaradamente para que ele se desse muito mal no final.

Macbeth é um homem totalmente manipulado e moldado a perfeição para fazer as vontades de Lady. Ela por sua vez não bate muito bem da cabeça e o instiga a cometer as maiores atrocidades para conseguir o que quer e obter cada vez mais poder sem saber que quem os controla é Hécate. Uma figura aparentemente inofensiva, mas que é o diabo encarnado em forma de gente. Ô velhinho do mal esse!

A história é boa demais e as cenas de ação descritas no livro são de tirar o fôlego.

Eu gostei muito mesmo do livro, no entanto, aconteceram algumas coisas que para mim foram muito pesadas e que talvez por isso tenham tirado um pouco do brilho da história, mas que eu entendo perfeitamente serem necessárias para demonstrar o grau de ambição escondido na natureza humana personificada no personagem do Macbeth.

A história é forte e extremamente pesada em alguns momentos, mas com certeza é um livro que merece e vale muito a pena ser lido.

Eu ainda não havia lido nada de Jo Nesbo até então, mas a partir desse primeiro contato com sua escrita quero muito ler outros livros do autor, pois acredito que irei gostar muito e até mais do que gostei desse.

O livro é grande, são 528 páginas cheias de sangue, morte, traição, ambição desmedida, maldade, loucura e amor. Mas nem deu para eu perceber direito, visto que eu fiquei grudada na história e doida para saber como seria o desfecho e foi o melhor que poderia ser.


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