Luz, Câmera e Ação [65] - Buscando...

08 março 2019



Título: Buscando...
Data de Lançamento: 20 de setembro de 2018
Direção: Aneesh Chaganty
Elenco: John Cho, Debra Messing, Michelle La
Gênero: Suspense, Drama
Duração: 1h 42m

Após uma jovem de 16 anos desaparecer, seu pai David Kim (John Cho) pede ajuda às autoridades locais. Sem sucesso, após 37 horas, David decide invadir o computador de sua filha para procurar pistas que possam levar ao seu paradeiro.




David é um homem viúvo, que vive com sua filha de 16 anos e cuida dela com muito amor. A mesma é uma garota muito comportada, que se dedica aos estudos e uma excelente filha que confia muito em seu pai.

Um dia ela desaparece, e seu pai muito preocupado avisa as autoridades. Depois de mais de um dia desaparecida, ele se dá conta que isso não é uma atitude normal de sua filha e decide ir atrás de pistas ele mesmo, mexendo em seu computador, ligando para seus amigos... com o tempo, ele percebe que sua filha não é tão aberta como ele pensou que fosse.

A premissa do filme é muito comum, mas seu diferencial é que ele se passa totalmente de forma "digital", através de conversas por vídeo chamada, da câmera do computador ou de celular, através de TV, entre outros. Conduzir uma trama sem sair desse angulo não é nada fácil, bastante diferente, e nesse aspecto o longa se saiu muito bem e atendeu as expectativas.



Em alguns momentos senti que ficou um pouco forçado, já que para registrar a história dessa maneira quando os personagens não estavam ligados as mídias, as cenas eram apresentadas através da web cam do MacBook, por exemplo, com o personagem caminhando na frente dele, atendendo a uma ligação. Ninguém fica com o aplicativo de vídeo aberto o tempo todo (suponho), mas entendo ser a unica forma de transmitir essas cenas sem sair do modo de "narrativa" escolhido. Então, não é algo que comprometa o filme ou sua forma de mostrar os fatos, que foi muito bem executada como já comentado.

Não é uma história cheia de reviravoltas ou detalhes surpreendentes. Ela lhe mostra alguns caminhos e que você supõe estar chegando ao fim e depois mostra que não, porém não são coisas que causem um grande impacto no telespectador ao ponto de ficar boquiaberto. O que lhe prende ao filme é a sua curiosidade em saber o que aconteceu com a menina.

Conforme David vai adentrando na intimidade da filha, começamos descobrir coisas junto com ele, as quais aguçam cada vez mais nossa vontade de saber mais sobre a personagem e seu paradeiro, nos fazendo criar diversas teorias sobre o que pode ter acontecido.

Assim, por estarmos conhecendo um pouco mais sobre a garota e consequentemente sobre sua relação com o pai, conseguimos ver um pouco mais de como os mesmo são, havendo assim uma construção de personagem e, com o tempo, a apresentação da personalidade da jovem.

O desfecho não foi o melhor que eu poderia esperar, me lembrando o final de uma série que eu havia assistido recentemente, mesmo não sendo igual. Não é de todo ruim, e sei que quando um filme ou série termina desse modo, costuma surpreender o expectador porque nem sempre pensamos nesse tipo de solução. Porém, por já conhecer semelhantes, eu acabei não ficando tão exasperada, mas não totalmente decepcionada. Como vocês devem ter reparado, sou muito critica para desfecho e na minha opinião o desse filme não é ruim, porém também não é algo avassalador quando você espera encontrar um final que abale estruturas. Novamente, sei que a maioria não apresenta esse padrão de conclusão, então finalizo que o final do filme pode ser agradável, sim.

É um filme muito bom, que te prende do inicio ao fim, executado de uma forma excelente e com uma narrativa que foge muito do habitual que com toda certeza foi o que mais me agradou, já que não é uma tarefa fácil contar uma história sem sair de uma tela. Recomendo!




3 comentários

  1. Puxa, eu adorei o final! rsrsrsrs
    Vi este filme já tem um tempinho e gostei muito de tudo que vi. Pela família no início do filme, pela amizade entre pai e filha que no decorrer do longa, acaba se mostrando que não era tão sólida assim, aliás, nem sei se é este o termo, apenas coisa de pai e filha adolescente mesmo.
    É um filme meio parado, então pode ser que não agrade a todos. Mas dá alerta sutil a isso de tecnologia demais, excessos demais e isso é válido!
    Como já disse, me surpreendi com o final e oh, fiquei curiosa em relação a que série você achou parecida.
    Beijo

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  2. Ah, acho que não é o meu tipo de filme - e ultimamente quase não assisto filme.
    Mas acho interessante essa busca pela internet, e também acaba sendo um alerta.

    Beijos

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  3. Olá! É a segunda vez que me indicam esse filme, até já coloquei na famosa lista (interminável, por sinal), mas ainda não consegui assistir (para variar). É sempre muito bacana poder conhecer filmes assim, bem feito e bem diferente do que eu estou acostumada, e aquele toque de suspense e drama deixam tudo ainda mais interessante. Esse final me deixou receosa e o jeito é conferir para tirar minhas próprias conclusões (um sacrifício, que vai requerer muita pipoca e uns docinhos).

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