Resenha - Mais que Amigos

12 junho 2018
Título: Mais Que Amigos
Autora: Lauren Layne
Cortesia: Editora Cia das Letras / Paralela
Páginas: 224
Ano: 2018
Skoob
Onde Comprar: Amazon

Aos vinte e dois anos, a jovem Parker Blanton leva a vida que sempre sonhou. Tem um namorado inteligente e responsável, um emprego promissor e a companhia de seu melhor amigo, Ben Olsen, com quem divide um lindo apartamento. Parker e Ben são tão grudados que muita gente duvida que eles morem sob o mesmo teto sem nunca ter vivido um caso, mas eles não se importam com o que as pessoas pensam. Sabem que não foram feitos um para o outro — pelo menos não para se envolver. Por isso, quando um acontecimento inesperado faz com que Parker se veja sem namorado e com o coração partido, ela sabe que pode contar com Ben para ajudá-la a sacudir a poeira e partir para outra. Afinal, ninguém seria mais ideal do que seu melhor amigo para lhe mostrar os prazeres da vida de solteiro… certo? Mais que amigos é uma comédia romântica irresistível!



Parker Blanton cresceu ouvindo por todos que um homem e uma mulher nunca poderiam ser amigos, ao menos não sem todo aquele contexto de apelo sexual que entre eles; mas bem, agora aos 24 anos, seu melhor amigo é Ben Olsen. Eles se conheceram em seu primeiro ano na faculdade e pode- se dizer que foi amizade á primeira vista, e desde então eles são melhores amigos e completamente inseparáveis.
Garotos e garotas podem, sim, ser melhores amigos. Dá para ter um relacionamento platônico com um cara sem qualquer desejo remântico, fantasia sexual (...) Como é que eu sei disso? Como sei que homens e mulheres podem ser melhores amigos sem qualquer envolvimento remântico? Porque eu sou o lado feminino dessa há seis anos. Seis anos.

Além de serem melhores amigos, dividem um apartamento lindo e só deles. Sempre estão juntos, se apoiaram um no outro em seus piores momentos; sempre curtiram e comemoraram os melhores e sempre celebraram todas as suas conquistas; afinal eles são jovens e já encontram com a vida que queriam, bem sucedidos e o melhor: conseguiram provar para todos que para serem amigos, unidos e confidentes não precisaram se envolver romanticamente e muito menos sexualmente.

Parker tem um namorado que ela jura ser seu Felizes Para Sempre... mas bem, ela só achava mesmo; afinal, Lance, seu até então príncipe encantado e namorado, decidiu colocar um um ponto final em seu relacionamento de anos. O porquê? Nem ela mesma consegue entender; mas bem, era se esperar, certo? As coisas entre eles foram esfriando lenta e gradativamente, mas um término? Um ponto final? Foi realmente a gota d'água, agora a única certeza que Parker tem de sua vida é que ela precisa recolher os cacos de seu coração e esquecer não só esse fim, mas como apagar Lance de sua mente, coração, de sua vida e seguir em frente para o futuro que agora é o que? Desconhecido? Mas como fazer isso sozinha?

Em termos gerais, prefiro mandar mensagens a telefonar, mas tem horas em que a gente precisa ouvir a voz de alguém. Em que precisa conversar com alguém que se importe. Este é um desses momentos.

Ben, ao se deparar com sua melhor amiga de coração partido e solteira, promete ajuda-lá a superar seu ex namorado um tanto quanto babaca; afinal, ninguém melhor que ele, seu único e melhor amigo, um solteirão convicto para mostrar a Parker os prazeres da vida de solteiro, e que sim, óbvio que dá para aproveitar a vida sem se apegar a pessoa. Mas bem, uma hora ou outra o apego viria a dar as  caras certo? Mas o quão destrutivo ele poderia vir a ser?

Pois é. O apego decidiu dar as caras. E estou totalmente a mercê dele.

No meio dessa aventura em busca do esquecimento, uma proposta um tanto quanto indecente surge, uma proposta que pode arruinar tudo o que Parker e Ben lutaram tanto para construir e provar às pessoas. Mas uma proposta que ao mesmo tempo é tão tentadora e aterradora na mesma proporção. Às vezes nem a pessoa mais responsável e lúcida conseguiria ignorar. Essa proposta parece tão fácil e tão complicada, mas só temos que escolher o que vai ser, não é mesmo? Somos nós que fazemos certas escolhas e essas escolhas podem vir a nos escolher e definir.

Bom, essa é a maravilha de ser adulto, Parks. É a gente que decidi o que vai ser complicado e o que vai ser puro, simples e divertido.

Quanto mais tempo passa, mais Parker e Ben se aproximam, mas essa aproximação começa a ter consequências; pois sentimentos desconhecidos e soterrados  no mais profundo deles ameaçam tomar controle da vida deles, ameaça mostrar que eles sempre foram mais que amigos, que talvez eles sejam destinados a ficarem juntos, pois a amizade deles sempre teve o amor como o elo mais forte e puro. Basta eles decidirem se no fim vale a pena arriscar tudo o que eles construíram em nome de um amor inesquecível e arrebatador.

Só falei a verdade. Eu disse que você é minha melhor amiga.


[ - Minhas Impressões - ]


Bem, o que dizer desse livro? Da autora? Um livro que a primeira impressão que você tem ao ler a sinopse é: nossa, mais um clichê? Mas uma coisa eu lhes digo, amores: não é só mais um clichê que nós sabemos como irá terminar; não é só mais um romance que os personagens virão a sofrer, passar por provações para finalmente ficarem juntos. E a surpresa é: apesar de ser um clichê, ele é completamente surpreendente, tem o poder de nos envolver de tal maneira que você só percebe quando finalizou e o melhor: Parker e Ben irão roubar seu coração de uma maneira irreversível e fazer você sentir tudo o que eles sentem. Esse livro não foi somente uma leitura, mas sim um diálogo que eu estava tendo com eles. Sabe aquela sensação de que você pode ser amiga deles? Confidente? Pois é, foi uma experiência que nem todas as palavras do mundo seria capaz de descrever.

Lauren Layne se tornou a queridinha do momento, e eu super entendo o porque. Afinal, ela já é minha autora queridinha e sensação de 2018; com uma escrita leve, descontraída que te proporciona uma sensação de diálogo e não de leitura, ela nos apresenta duas pessoas completamente diferentes e terrivelmente semelhantes ao mesmo tempo, são eles: Parks e Ben. Nunca imaginei que me identificaria tanto com um protagonista como me identifiquei com a Parker, uma personagem divertida, inteligente, extremamente organizada e meio louca, é aquela personagem que você se encontra nela seja por seu comportamento ou manias meio anormais (quem ama lavar roupas, gente? E são essas manias que a tornaram uma personagem única) porque, amores, eu lhes garanto, além de única, vocês iriam querer ter alguém como ela para ser sua melhor amiga.

Vamos ao Ben, um personagem completamente carismático, terrivelmente lindo (ai ai, só Ben para nos fazer apaixonar por ele no segundo capítulo), um solteirão convicto (sem brincadeiras, gente, só de falar a palavra compromisso o cara se arrepia todo, como se fosse o fim dos tempos), mas isso nos faz odiar ele? Nos faz achar ele um "escroto"? Não, isso nos faz adorar ele mais ainda porque, meu Deus, se tem alguém que coloca nosso amado Ben no lugar é a Parker, a única pessoa que consegue fazer ele desistir de uma boa farra (isso sim é ser amigo amores).

A autora trabalhou demasiadamente bem esses personagens, vemos o quanto ambos evoluem e vão amadurecendo no decorrer do livro. Lauren Layne conseguiu mostra o quão fina é a linha que separa a amizade do amor; por vezes me questionei: Toda amizade começa com um amor, que se desenvolve sutilmente em nosso coração sem percebermos? Ou: Toda amizade pode virar um grande amor? E vocês não fazem ideia do quão grandioso isso é, pois no fim você vai se questionar sobre isso e foi algo tão gratificante.

A história e a situação foi super bem trabalhada, sem se exceder em detalhes, ela foi mostrando que talvez entre esses amigos nunca tenha sido amizade de fato que os uniu, mas que as vezes você fica: Meu Deus, eles são melhores amigos, o quão errado isso pode ser? Não é errado se você ama. A proposta da história não é nenhum assunto surreal, afinal ninguém está isento de se apaixonar no seu porto seguro, na sua âncora, no seu melhor amigo; seríamos extremamente ignorantes ao afirmar que é algo impossível. Sabe por que afirmo isso? Porque já me apaixonei pelo meu melhor amigo, e meus amores, foi a melhor coisa que me aconteceu. Eu me apaixonei, você pode se apaixonar, até mesmo sua melhor amiga, prima e irmão (ã) pode passar por isso.

Outra questão muito bem abordada e trabalhada foi o quão impossível e surreal é ter como melhor amigo uma pessoa do sexo oposto? Gente, me dê licença que vou roubar a frase da Parker: tenho um anúncio de utilidade pública a fazer: meu melhor amigo é um homem, e sou o lado feminino da equação a exatos 10 anos da minha vida. Então por que se preocupar com isso? Tudo bem, todos vão pensar sempre que existe atração, que existe algo mais que amizade; podemos mudar a mente do ser humano? Não. No fim, somos nós quem sabemos quando é amizade ou quando é algo mais que isso, afinal, não adianta tentarmos nos enganar, nosso coração sempre estará lá para nos mostrar a verdade por trás de toda negação. E é isso que a autora nos mostra, não é errado e nem anormal ou até mesmo surreal amar seu melhor amigo, às vezes essa é a melhor coisa que pode nos acontecer.
   
Com relação aos personagens secundários, quero focar na amiga da Parker: Lori. Gente, melhor pessoa sempre e que nos faz desejar tê-la como melhor amiga, por vezes dei boas risadas com os "conselhos" dela; uma personagem divertida e que por incrível que pareça brilhou bastante no decorrer da história, ouso dizer que adoraria ter um livro só da Lori porque, gente, só lendo para vocês entenderem.

A edição do livro está linda, como só a  Editora Paralela sabe fazer, simples e maravilhosa. Com toda a certeza é um dos livros mais lindos que tenho agora da minha coleção.

Enfim, quero finalizar dizendo o quão maravilhoso foi ler esse livro e já antecedo para vocês: quando lerem Mais Que Amigos, vão querer ler todos os livros da Lauren Layne de tão viciante que é a escrita dela.

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7 comentários

  1. Tenho namorado este livro desde seu recente lançamento, primeiro por ser romance, segundo por ser uma história leve e descontraída, sem com isso, deixar de trazer assuntos que nos movem diariamente.
    Ainda não acredito que hoje em dia alguém pense que não pode haver amizade entre homens e mulheres. Isso ainda meio que me apavora.rs Existe sim! Fato e ponto final.
    Mas não há como controlar os sentimentos quando estes aparecem assim, de uma forma inesperada.
    E se não rolar, a amizade será a mesma?
    Sei que preciso e quero muito ler este livro e em breve.
    Beijo

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  2. Olá! Aquela leitura gostosinha para açucarar nossa semana. Um bom clichê é sempre muito bem-vindo e esse parece ser bem amorzinho, a começar pela capa (que eu amei). Aquele tipo de leitura que te tira de uma ressaca literária, você começa e quando vê já está suspirando com o final, legal saber que assim como os personagens principais, vamos acompanhando quando a amizade deles resolver evoluir para algo mais. Realmente a autora é uma grata surpresa esse ano e estou louca para conferir (e devorar) todos os seus trabalhos.

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  3. Começa pela capa linda, fofa , cor de rosa. Parece aquele filme de sessão da tarde que se vê /lê com um balde de pipocas do lado. Eu acho muito improvável não gostar desse livro, a resenha faz a gente ter vontade de ler na hora. Eu acho que na verdade Parker e Ben sempre se gostaram só não sabiam...e essa questão de serem amigos acabou ofuscando o amor, mas com essa brincadeira vem o sentimento pra fora.E Lori pelo jeito é aquele personagem que fica no coração, Muito legal sua resenha.

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  4. Ola Byanca lindona, esse livro é muito fofo e já está em minha lista de livros queridinhos, amei a história, os protagonistas são carismáticos e queridos. Assim como você a primeira impressão é que seria um clichê, o que amo mas o livro vai mais além, deixando claro que é possível uma amizade entre um homem e uma mulher, as afinidades e conhecer o outro é importante em uma relação. Simplesmente amei o livro. beijos

    Joyce Penedo

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  5. Oi, Byanca!
    Eu amo clichês, mas gostei de saber que Mais que amigos é mais do que isso...
    Ah, a Parker parece ser única, hein?! Gostar de lavar roupas já prova isso rsrs.
    Nunca me apaixonei pelo meu melhor amigo, mas não acho que se apaixonar por seu melhor amigo seja errado, assim como acredito sim que pode existir amizade entre um homem e uma mulher sem rolar nada sexual...
    Enfim, valeu pela dica. Abraços!

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  6. Byanca!
    Delícia porder ler um livro que traz um romance com personagens compatíveis e a dose certa de comédia e drama, gosto muito dos livros no estilo.
    E não entra na minha cabeça ter amor sem ser clichÊ e por isso mesmo, amo livros clichês, quanto mais melhor.
    Ver que as personagens vão crescendo durante a narrativa, torna ainda um atrativo melhor para leitura.
    Já tive tantos melhores amigos homens, com alguns rolou clima, com outros não, mas garanto que amar um amigo, é muito mais fácil de viver a relação.
    cheirinhos
    Rudy

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  7. Eu adorei esse livro apesar de ser Clichê previsível me lembrou muito aquelas comédias românticas da Sessão da Tarde vi que a autora pretende escrever uma continuação para esse livro e a interessante você trazer essa questão para a realidade porque por exemplo eu já tive relacionamentos com benefícios com alguns amigos meus e outros não como disse a garota do comentário acima

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