Resenha - O Primeiro Dia do Resto da Nossa Vida

04 novembro 2016

Tess e Gus foram feitos um para o outro. Só que eles não se encontraram ainda. E pode ser que nunca se encontrem... Tess sonha em ir para a universidade. Gus mal pode esperar para fugir do controle da família e descobrir sozinho o que realmente quer ser. Por um dia, nas férias, os caminhos desses dois jovens de 18 anos se cruzam antes que os dois retornem para casa e vejam que a vida nem sempre acontece como o planejado. Ao longo dos dezesseis anos seguintes, traçando rumos diferentes, cada um vai descobrir os prazeres da juventude, enfrentar problemas familiares e encarar as dificuldades da vida adulta. Separados pela distância e pelo destino, tudo indica que é impossível que um dia eles se conheçam de verdade... ou será que não?






Título: O Primeiro Dia do Resto de Nossa Vida
432 páginas || Skoob || Cortesia: Editora Arqueiro || Onde Comprar









"Todos os livros sobre o luto afirmam que, quando uma criança pequena perde um dos pais, o pior que você pode fazer é mudar as coisas. Você pensaria que um recomeço ou uma mudança de cenário seriam boas ideias, mas os livros dizem que não. A criança já sofreu mudanças demais. Ela precisa de um pouco de estabilidade." 

"Hoje é o primeiro dia do resto da sua vida" é uma frase que está estampada em um prato na casa de Teresa, em que ela sempre para pra pensar no significado. Teresa, ou Tess, como é chamada por todos, é uma garota de dezoito anos que está viajando pela Europa com sua melhor amiga Doll, para se despedir, já que vai para a universidade nas próximas semanas. Elas passam por diversos pontos turísticos, e, por desinteresse da amiga, em alguns Tess vai sozinha. No alto da cúpula de uma igreja, ela observa um garoto de mais ou menos sua idade que também está sozinho.

Angus é um garoto de dezoito anos que está viajando de férias com sua família. Apesar da viajem ser espetacular, e eles conhecerem muitos lugares que não conheciam, sua família está assombrada pelo falecimento Ross, irmão cinco anos mais velho de Angus, fatalidade que aconteceu há poucos dias. No dia 31 de dezembro, ele estava com o irmão no alto de um declive esquiando, e o irmão o desafiou a descer. Angus não quis, deixou que seu irmão fosse sozinho e desceu a pé pelas escadas. Horas depois, descobrira que o irmão havia se chocado contra uma árvore, segundos após terem se separado.

" - Isso é que é vida! (...) Sabe, Tess, a gente acha que existe um mundo deslumbrante por aí afora, mas já estive em Dubai e em St. Tropez e na Flórida e fiquei em hotéis cinco estrelas e, sinceramente, nada se compara a estar sentada aqui, na sua cozinha, e comer um biscoito se me der vontade. Às vezes, as melhores coisas estão bem debaixo do seu nariz. Entende o que quero dizer?"

Quando volta para casa, Tess descobre que sua mãe, paciente reincidente de câncer de mama, está com câncer nos ovários que acabara de atingir o fígado. Ao saber que ela tem poucos dias de vida, juntas começam a organizar tudo para sua partida, incluindo os cuidados de Hope, sua irmã de cinco anos. Ela tem dois irmãos mais velhos que moram fora do país, um nos Estados Unidos e outro na Austrália. Tendo em vista que seu pai passa grande parte do tempo no bar, quando sua mãe vem a falecer, ela acaba desistindo do seu tão sonhado sonho de ir para a faculdade, e se responsabiliza pelos cuidados da irmã que ficou sozinha. Digo sozinha porque nenhum outro integrante de sua família se prontificou a cuidar da menina, "sobrando" para a filha mulher que ficou em casa. Ela, então, liga para a universidade, abrindo mão de seu quarto na última hora.

Já Angus, quando retorna para a vida normal, se muda para o campus universitário e assume outra postura, tentando deixar de ser a sombra e viver embaixo das memórias de seu irmão. Ele quer conhecer pessoas novas e finalmente fazer sexo, e, mesmo gostando de desenhar, vai contra seu desejo e começa a cursar medicina (profissão do irmão). No dia em que chega no dormitório, conhece Nash, uma universitária que, por sorte e desistência repentina de outra garota, se muda para o quarto em frente ao seu. Eles dão certo de imediato, e começam uma longa amizade (são amigos mesmo, nada colorido).

"Eles deviam saber que eu não teria conseguido impedi-lo, mas precisavam culpar alguém e não podiam culpar Ross, porque ele, claramente, iria morrer. E aqueles que morrem jovens sempre viram heróis ou santos."

Assim nos é apresentado o início da história, em que a vida dos dois personagens segue seu curso por muitos anos, sem se encontrarem.


[ - Minhas Impressões - ]

Quando comecei a leitura desse livro, achei a premissa muito interessante e instigante. Imagina, duas vidas completamente diferentes, em situações ímpares, se esbarrando por aí sem ter nenhum vínculo? Considerei a ideia muito original e realista, por se tratar de algo que pode acontecer diariamente, com pessoas que estão ao nosso lado e não damos atenção. Sendo assim, fiquei atenta aos momentos em que poderia ser que os personagens estivessem no mesmo local e na mesma hora, aumentando cada vez mais minha expectativa de "agora vai" (risos)!

Apesar de destrinchar alguns detalhes do livro nessa resenha, fiquem tranquilos que não considero nada escrito aqui como um spoiler.

O Primeiro Dia do Resto de Nossa Vida possui duas narrativas em primeira pessoa e distintas: a de Tess e a de Gus. Ambos com a mesma idade, inseguranças, anseios e dúvidas sobre o futuro. O livro é dividido em cinco partes, separadas por anos e situações marcantes para os dois (que acabam se coincidindo na questão do tempo). A escrita é leve e simples. O enredo vai desenrolando por dezesseis anos. Sim, você leu certo, acompanhamos os dois protagonistas por dezesseis anos, cada qual com sua vida. As duas narrativas são muito interessantes, passando por diversas situações muito próximas da realidade e te fazendo pensar sobre diversas adversidades que podem ocorrer durante a vida.

Teresa é inteligente, esperta, extremamente cuidadosa e amorosa com a irmã. Seu relacionamento com seu pai é um pouco complicado, visto o desinteresse e negligência com ambas as filhas, entretanto, o descaso com Hope é o mais gritante. O relacionamento com os irmãos é quase inexistente, o que faz muita falta para a garota. Porque diabos dois adultos, com vida formada, não se prontificaram para ajudá-la com os cuidados da irmã? Isso me deixou muito irritada e não é esclarecido no livro. Minha irritação não é só com eles, já que a própria Tess assentiu e assumiu tudo para si, sem sequer pensar em questionar em voz alta a atitude da sua família. Com esse exemplo, pode-se perceber que, muitas vezes, a personagem é passiva, o que não me agradou nenhum pouco. Para algumas situações ela era forte, outras, aceitava de bom grado, se tornando quase um mártir.

A narrativa de Gus é bem interessante. Ele também é inteligente, mas, assim como Tess, leva a vida na passividade, aceitando as coisas como elas são e não se impondo quando precisa se impor. Essa característica de sua personalidade faz com que ele enfrente diversas situações que nem precisaria estar envolvido. A impressão que fica é que ele nunca fez o que realmente gostaria de fazer com sua vida, e seguiu como aquela música do Zeca Pagodinho: "Deixa a vida me levar, vida leva eu...". Gosto quando os personagens saem dos estereótipos da literatura contemporânea, então, por Gus não ser macho alfa do tipo atlético e cafajeste, já ganhou pontos comigo. Porém, durante a leitura, comecei a achar suas atitudes um pouco repugnantes, e perdi a paciência com ele algumas vezes. Dava vontade de pegá-lo e dizer: toma uma atitude rapaz!

Não pensem que os protagonistas são de todo ruim, muito pelo contrário. Eles nos mostram o que pode acontecer caso você deixe que pessoas ou fatos tomem atitudes no seu lugar. Entretanto, eu esperava um pouco mais do final. Você passa o livro inteiro com uma expectativa, e, quando ela finalmente vai acontecer, a história voa. Não vou entrar em detalhes para não atrapalhar a leitura de ninguém, mas, definitivamente, a conclusão poderia ter sido mais elaborada e um pouco mais extensa. Apesar que, talvez, esse possa ter sido exatamente o propósito da autora: nos mostrar o que pode acontecer ou não se ficarmos atentos ao nosso redor.

É um livro que vai te fazer pensar, que traz questões delicadas como: escolhas profissionais e de vida; infidelidade; cuidados com pessoas especiais; luto e seu impacto; e, claro, o câncer. A história em si é interessante e vale a pena ser lida, já que achei bem original a ideia das vidas paralelas. Um romance memorável para quem gosta de refletir sobre suas atitudes.


21 comentários

  1. Olá, Heloísa!!

    Tenho ouvido e visto muita gente falando desse livro e, se não me engano, já devo ter lido uma resenha dele. Não sei o certo.
    Essa premissa me deixou muito curiosa mesmo, o fato da autora escrever sobre duas vidas paralelas me deixa muito curiosa a respeito do livro. Outro ponto que me deixou com muita vontade de ler são os assuntos abordados no livro e a sua aproximação da realidade. Gosto muito de conferir tramas assim, bem reais e possivies de acontecer conosco. Bem, eu vou colocar esse livro na minha lista de desejados, com certeza. Obrigada pela dica, sua resenha está incrível. Parabéns!

    Ingrid Cristina
    Plataforma 9¾

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  2. Primeira resenha que leio desse livro e eu adoreeei! Já estava com vontade de ler, agora estou ainda mais. Gosto de histórias assim: que de alguma forma, se cruzam. Muito legal! Sem contar que essa capa está maravilhosa.

    Beijos. | * Blog PS Amo Leitura *

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  3. Olá Heloisa
    Recentemente eu também li esse livro e fiquei apaixonada pelo desenvolvimento, especialmente porque é o tipo de livro que me faz refletir bastante sobre as experiências e encontros da vida. É como você disse, ele nos faz pensar bastante e a história é mesmo interessante. Tess e Gus são ótimos personagens. Adorei poder conferir suas impressões a respeito, especialmente pelas opinioes semelhantes.
    Beijos, Fer
    www.segredosemlivros.com

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  4. Olá, acabei de receber esse livro e ffiquei feiz quando me bati com essa resenha porque me animou ainda mais a ler esse livro. gostei da temática e acho que já estou imaginando o papel importante que um irá fazer na vida do outro. gosto de livros que nos fazem pensar em diversas questões como escolhas, luto. Afinal, leitura também pode informar né?

    Beijos

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  5. Oi Heloisa, por mais que existam milhares de livros abordando o câncer, eu não me canso deles, porque acho que a gente sempre aprende alguma coisa com narrativas assim. Além disso, neste livro aqui, você fala que outros temas sérios são abordados e eu quero ler e refletir também.
    MEU AMOR PELOS LIVROS
    Beijos

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  6. Olá, já tinha visto esse livro por aí, mas não me interessado pelo título. Infelizmente, as vezes somos propensos a isso né.
    Gostei da forma que retratou a história e penso que há muito mais a ser contado. O fato de não ser um personagem masculino como os outros, me deixou com vontade de ler. Me despertou a curiosidade eles nunca se encontrarem e suas histórias se entrelaçarem, é meio doido mas interessante. Vou colocar na lista. Obrigada pela lista e ótima resenha.

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  7. Oie, fiquei com muita vontade de me aventurar nas páginas desse livro. A resenha me instigou a acompanhar o desfecho dessa trama e o drama na vida dos protagonistas. O título é profundo! Gostei de saber que a leitura leva o leitor a refletir sobre a vida.
    Beijos,
    http://contosdacabana.blogspot.com.br/

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  8. Olá!
    Parece ser um drama comovente e reflexivo.
    Vou anotar para leituras futuras pois quero terminar metade de uma pilha ainda esse ano.
    Bjs

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  9. Essa capa é maravilhosa. A trama parece ser linda e com sentimentos intensos. Tenho certeza de que é uma leitura excelente e apaixonante, com um enredo bem construído e totalmente cativante. Eu estou curiosa com o livro e espero ler em breve.

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  10. Cheio de temas profundos e já doí o coração só em imaginar as perdas de cada um. Realmente as responsabilidades de Tess ao abrir mão dos seus sonhos e projetos para cuidar da irmã é sublime. Fico imaginando o que essas estórias paralelas nos reservam nesse final. Adorei a resenha.

    *☆* Atraentemente *☆*

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  11. Oi Heloisa.
    Eu adoro filmes que trazem essa dinâmica, de encontros e desencontros. Mas na literatura é realmente difícil de encontrar. e há algum tempo eu vinha procurando exatamente isso: livros parecidos com filmes que gosto de assistir.
    Achei interessante, apesar da passividade dos personagens, que não me agrada muito, e a dica está anotada.

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  12. Olá Helô,
    Estou curiosa com relação a esse livro e achei muito legal ter lido sua resenha. Achei interessante o que você colocou ao final dela sobre os protagonistas mostrarem o que de ruim acontece quando deixamos que pessoas ou fatos tomem atitudes por nós. A premissa geral do livro parece ser extremamente interessante e o livro fazer o leitor pensar é um ponto super positivo para mim.
    Dica anotada.
    Beijos

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  13. Olá
    Como eu já digo e repito: livros que fazem você pensar e refletir são sempre nos melhores rsrs. Já conhecia esse lançamento, e eu quase o solicitei com a editora, mas acabei deixando de lado. Vejo que o livro pé pareceu mais bacana do que a siopsw nos mostras, sem falar que essa capa é muito linda. É sempre chato quando a gente não consegue intender as atitudes de certos personagens rsrs, irrita de mais mesmo. Até mais vê
    Bjs

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  14. Oi Heloisa,
    Eu conhecia esse livro recentemente, mas tenho que te dizer que a sua resenha me mostrou que eu estava totalmente errada quanto a história do livro. Sabe aquelas que tira conclusões com base na capa e o título? Pois é.
    Eu quero muito ler esse livro tenho certeza que irei gostar.

    beijos
    Mayara
    Livros & Tal

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  15. Oi Heloisa, tudo bem?
    Conheci esse livro no encontro de blogueiros da editora e fiquei encantada com a sinopse que me lembrou muito o enredo de Um Dia, do David Nichols, que é um livro que eu amo e desde então estou muito empolgada para o ler. Imaginei que fosse um livro que faz o leitor pensar e refletir por causa do título que já é impactante e reflexivo, mas o seu comentário sobre os protagonistas mostrarem o que acontece quando deixamos pessoas ou fatos tomarem decisões por nós foi o que mais me impressionou e impactou na sua resenha e me fez decidir por finalmente adquirir o livro.
    Beijos!
    Por Livros Incríveis

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  16. Oiii, Heloisa, tudo bem? Estou com esse livro aqui, mas ainda não consegui ler :P Assim como você, também achei a proposta dele bem original :) E de cara já lembrei de mim e do meu marido, por isso resolvi ler hahahahah
    Nós dois participávamos de um movimento da igreja juntos, fizemos crisma junto, tínhamos amigos em comum, tocávamos na banda do colégio, ele morava perto da casa do meu pai... mas foi só no final do ensino médio que a gente se conheceu. E nenhum lembrava de outro hahahha. Sequer havíamos percebido. Só fomos descobrir mesmo ao ver fotos hahahah. Que loucura né?
    Nós tivemos um "final" feliz. Espero que os personagens tenham também :)
    Beijooos
    http://profissao-escritor.blogspot.com.br/

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  17. Olá!
    Eu ainda não conhecia o livro mas achei também muito interessante essa ideia de duas pessoas totalmente diferente se encontrarem. Acredito que o protagonista, não tendo esse estereótipo que normalmente vemos, já nos conquista por isso, apesar de você falar que ele nos dá nos nervos em algumas situações. Mas eu adorei a dica e pretendo fazer essa leitura.
    Beijos.

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  18. Sinceramente, li esse livro e me decepcionei um bocado, não consegui escrever a resenha porque ainda estou pensando sobre isso. Achei que a vida dos protagonistas ia se cruzar muito mais do que se cruza, e o Gus, principalmente, me irritou horrores, realmente ele é muito deixa a vida me levar. Achei que o final poderia mesmo ter sido mais desenvolvido, teve uma coisa que aconteceu, que tive a impressão que eu pisquei e tinha passado. Com certeza eu esperava muito mais dessa leitura.

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  19. Oi Heloisa!

    Parabéns pela escrita, muito perspicaz. Embora essa estória trabalhe com temas polêmicos como câncer e morte não me senti cativada, toda essa passividade narrada por você dos personagens me deixou angustiada. SIm, assim como você o fato de Gus não ser convencional é um ponto positivo, mas a soma não me convence a ler. Beijos!

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  20. Olá,
    Tenho que concordar com você que a premissa é bem instigante devido ao fato de duas vidas se esbarrarem por ai e qual a influência disso no decorrer da trama.
    Tess passa por um período bem complicado tendo que abrir mão de seu sonho após o falecimento da mãe para cuidar da irmã mais velha e tenho curiosidade de saber se no futuro ela irá concretizar seus sonhos.
    Adorei saber suas impressões.

    http://leitoradescontrolada.blogspot.com.br/

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  21. Olá!
    Quero muito ler esse livro e sua resenha aumentou minha curiosidade. A capa dele é incrível e confesso ter sido ela a razão de querer ler o livro, depois que li a sinopse a coisa piorou...rsrs é sempre assim, as editoras capricham tanto na arte da capa que nos deixa em polvorosa.
    Mas achi que a história tem algumas inconstâncias, e tenho certeza que certos acontecimentos e atitudes que os personagens tomarão que vão me irritar terrivelmente, adoro! Gosto de me sentir nervosa ou arrebatada quando leio um livro, assim que puder lerei, com certeza. Obrigada pela dica de leitura.
    Beijos!

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