Resenha - Matando Borboletas

01 abril 2016



O primeiro amor, a inocência perdida, e a beleza que pode ser encontrada até nas circunstâncias mais perversas. Sphinx e Cadence — prometidos um ao outro na infância e envolvidos na adolescência. Sphinx é meiga, compassiva, comum. Cadence é brilhante, carismático — e doente. Na infância, ele deixou uma cicatriz nela com uma faca. Agora, conforme a doença de Cadence progride, ele se torna cada vez mais difícil. Ninguém sabe ainda, mas Cadence é incapaz de ter sentimentos. Sphinx quer continuar leal a ele, mas teme por sua vida. O relacionamento entre os dois vai passar por muitas reviravoltas, até chegar ao aterrorizante clímax que pode envolver o sacrifício supremo.

Livro: Matando borboletas
224 páginas || Skoob || Editora: Verus| Onde Comprar








A história é narrada pela perspectiva de Sphinx, uma garota que teve sua vida planejada por sua mãe Sarah ainda na infância, no seu aniversário de 7 anos com sua melhor amiga Leigh, onde decidiram que no futuro Sarah teria uma menina e Leigh teria um filho chamado Cadence e os dois seriam melhores amigos e depois se casariam.

Durante a leitura desse livro, eu imaginava que pelos dois personagens terem sido destinados a ficarem juntos bem antes do nascimento, acabaria se tornando mais uma história de amor previsível, boba e sem-graça, onde eles crescem, namoram, se casam, tem filhinhos e vivem felizes para sempre.

Mas felizmente me enganei: a autora foi genial e colocou um empecilho importante na trama, incapaz de ser superado.

Tudo estava indo de acordo com o plano. Sphinx era uma criança tímida e simples que não fazia nada de extraordinário enquanto Cadence era visto como um ser iluminado, ótimo em fazer as outras crianças rirem e em ter as melhores ideias para as brincadeiras, apesar de às vezes ser maldoso sem motivo com Sphinx, pois depois de uns dias os desentendimentos eram esquecidos e os dois voltavam a ser os melhores amigos de sempre. Porém, com o tempo Cadence vai se tornando cada vez mais agressivo e o inevitável acontece: ele rouba um canivete escondido de seu pai e fere muito o rosto de Sphinx, a ponto de deixar uma cicatriz da qual ela se lembraria pela sua vida inteira. E é a partir desse momento que o destino deles, traçado por suas mães, toma um rumo diferente.

Leigh não resiste a culpa de olhar para o rosto de Sphinx, uma lembrança constante do que seu filho fizera e se sente responsável por ter arruinado o plano de vida que ela e Sarah haviam feito desde crianças e acaba se mudando para a Inglaterra, longe de sua melhor amiga. Apesar do distanciamento e de nunca se verem, se comprometeram a nunca perder o contato e ligavam uma para a outra todos os dias. Até que Sphinx, agora com 16 anos, ao chegar da escola recebe uma notícia inesperada de sua mãe: Cadence está doente, tem menos de um ano de vida e só tem um único pedido: quer ver Sphinx.

Apesar da mágoa e do medo que ela sente por ele ter deixado uma marca dolorosa e permanente no seu rosto, tudo que vem à sua mente é a imagem de um garoto que está morrendo e não consegue dizer não para isso, então decide partir para a Inglaterra e fazer companhia para ele.

Quando Sphinx descobre que Cadence apresenta traços de sociopatia, – que desde o início isso fica bem evidente – a história começa a ficar interessante. Presumi que a autora fugiria desse fato e incluiria alguns momentos íntimos entre os personagens, mas me enganei erroneamente: nem sequer um abraço acontece. A única demonstração de amor de Cadence que podemos perceber foi quando ele apertava muito forte a mão de Sphinx, algo que acontecia poucas vezes. E esse foi um dos pontos positivos que mais me agradou, deixando a trama mais real e convincente.

“Ele olhava para mim como uma pessoa olha para um quadro famoso em um museu. Ele me estudava, todas as linhas que compunham meu ser, fascinado.”

Mesmo com o passar do tempo, Cadence não havia mudado: ainda era a pessoa iluminada que Sphinx sempre enxergou, que tinha talento para fazer qualquer coisa e tudo que ele falava parecia fazer sentido para ela e a atraía cada vez mais perto para o seu lado obscuro. O problema é que ele faz uma proposta que ela vê como “irrecusável” e precisa fazer uma escolha importante que pode determinar a história dos dois. Eles valorizam o plano criado por suas mães, o que me surpreendeu, já que geralmente a tendência é se rebelar contra os pais.

É perturbador ver como Cadence consegue exercer um poder tão grande sobre sua mãe e Sphinx, pois isso foi algo que acabou me incomodando. As duas lidavam de maneira que todas as atitudes maldosas fossem justificáveis e não faziam nada para que ele mudasse sua postura ruim, deixavam que ele as tratassem como lixo e na minha opinião, isso fez com que o personagem se tornasse ainda mais desvalorizado.

Gostaria que os personagens secundários tivessem sido melhor explorados, pois a autora não nos permite ter uma boa visualização da evolução da amizade entre Sarah e Leigh, focando somente no relacionamento entre Sphinx e Cadence. O pai de Sphinx apenas aparece na história como um cara preocupado com a segurança da filha e o pai de Cadence é retratado como um homem estranho e ausente na vida do filho. Acredito que o livro poderia ter sido melhor desenvolvido se ao menos justificasse o porquê de Sarah e Leigh continuarem sendo amigas mesmo depois de tantos anos e usar o plano de vida que elas criaram como motivo que me pareceu um pouco insuficiente.

De todos os personagens, Leigh é a que mais me cativou. É impressionante ver o seu esforço considerável para conseguir arrancar um sorriso de seu filho de todas as formas possíveis, por mais que nesses 16 anos não tivesse recebido nenhum sinal de retribuição do amor dele. Para mim ela se mostrou uma mulher de fibra, pois apesar de ele ser tão indiferente e tratá-la mal, nunca desistia de fazer o seu filho feliz e a qualquer chance que aparecia de agradá-lo a deixava animada, na esperança de que as coisas pudessem ser diferentes e seu filho se tornasse mais “humano”. Em suma, ela apenas queria ter uma relação comum e amorosa entre mãe e filho e eu admirei profundamente a sua persistência.

“Quando vivemos o dia a dia, apenas nos esquivando das coisas que a vida lança sobre nós como se fosse um jogo cósmico de queimada, não percebemos que um dia podemos cair do jeito errado e nunca mais levantar.”

O livro é curto e a escrita é simples e fluída. A diagramação está ótima, o espaçamento das páginas está de bom tamanho e não notei nenhum erro ortográfico, só reparei um pequeno erro de revisão onde deveria estar escrito “cabeça pensativa” e no lugar estava “cabeça PENSA”. Mas o livro me surpreendeu positivamente, então o erro não faz muita diferença e dá para deixar passar. Recomendo a leitura!

24 comentários

  1. Oi Amanda, tudo bem?
    Eu já li esse livro e antes de dizer alguma coisa, eu li sua resenha inteirinha, e fico feliz que você tenha se surpreendido. Infelizmente, eu ODIEI esse livro, mesmo, mesmo, mesmo. Não estava com expectativas, mas não sei, me irritei com os personagens e não quero nem mais lembrar do enredo kkk
    Beijos, Fer

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  2. Olá!
    Nossa, fiquei bem curiosa pra ler esse livro. Mas tenho um certo receio de me decepcionar com o final, sabe? Ou de sentir que a trama vai enrolar kkkkk
    Adorei a sua resenha.
    Beijos
    http://masenstale.blogspot.com.br/

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  3. Oi Amanda, adorei a capa do livro e acho que eu leria apenas pela capa. Gostei do enredo, mas acho que teria um problema sério com o nome do personagem.... rs complicadinho de pronunciar né? Gostei da intensidade da história e acho que vou apreciar a leitura, curto drama e tal.
    MEU AMOR PELOS LIVROS
    Beijos

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  4. Olá
    Eu já conhecia o livro, mas não sabia do que se tratava a obra. Achei bem legal essa história de "Amor Planejado" e c9m tá das essas reviravoltas que vc contou me deixou mega curioso para saber como vai acabar a história. E também fiquei feliz que a escrita dela e bem prática, isso facilita muito na hora de ler. Espero não demorar tanto tempo para poder ler
    Abçs

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  5. Oi!

    Eu não sei o por que, mas tenho a impressão de que não vou gostar muito desse livro. Achei a capa bem bonita, mas não consegui me cativar muito com os personagens, acredito que irei me irritar bastante. Mas aparentemente o livro é bom e eu só vou saber mais sobre ele, lendo mesmo. Aliás, fiquei curiosa com essas justificativas das atitudes maldosas, fiquei tentando imaginar algumas coisas. Haha.

    beijo!

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  6. Oi Amanda! A capa e a sinopse do livro me interessaram, mas a sua resenha me desanimou. É bem ruim quando os personagens nao são bem construídos.
    Um livro sobre psicopatia que eu gostei foi "É Melhor Não Saber", talvez você goste.
    Beijos,
    www.sigolendo.com.br

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  7. Oi Amanda, tudo bom?

    Gostei demais da sua resenha, no começo pensei: putz que resenha enorme! Mas aí eu comecei a ler e no final fiquei querendo ler mais ainda sobre essa história que parece ser incrível! Vou adquirir o livro com certeza :)

    Bjos
    www.livrosimaginarios.com.br

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  8. Oi, não conhecia a obra, mas achei a capa bonita e gostei bastante da sua resenha, já que ele esclarece os fatos, pois a sinopse passa a ideia de que será um livro onde les, se conhecem, namoram, casam e fim, mas a trama se mostrou mais complexa, porém é ruim quando os personagens com tanto potencial n]ao são bem construidos. Mesmo assim, fiqui curiosa, vou anotar a dica.
    bjus
    http://recantoliterarioeversos.blogspot.com.br/

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  9. Olá Amanda,
    Parabéns pela incrível resenha.
    Você conseguiu despertar minha curiosidade em relação ao livro. Acho que a trama é perturbadora em alguns momentos, mas muito boa, no geral. O fato de os personagens secundários não terem sido tão explorados pode ser justificado pelo foco nos principais.
    Pretendo ler e formar uma opinião.
    Beijos,
    http://mileumdiasparaler.blogspot.com.br/

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  10. Amanda do céu! que livro é esse? eu morro de medo de borboletas e já comecei a ler a resenha com um certo preconceito por causa do nome e da capa (me me deixou inquieta) mas o enredo é muito bom e cheio de atrativos, eu acho que ficaria com muita raiva de Cadence. Achei uma trama instigante e fiquei muito, mas muito mesmo, curiosa para ler esse livro

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  11. Nossa, realmente me surpreendeu. A capa não revela em nada uma trama tão densa e um personagem tão frio (rs). Gostei do fato de ser um enredo não muito convencional e, especialmente, do fato de a autora ter dado realismo à falta de afeto de Cadence. Fiquei realmente curiosa para conhecer essas duas famílias e ver como lidarão com as dificuldades a serem enfrentadas... Mas confesso que tenho curiosidade maior para descobrir o que Cadence queria realmente quando pediu para rever a garota que machucou tão severamente.

    Beijos!
    www.myqueenside.com.br

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  12. Olá, Amanda.
    Não tinha ouvido falar do livro ainda e me surpreendi bastante com seu enredo. Apesar de parecer se tratar de um tema comum: O amor adolescente, ele é retratado de uma forma completamente inesperada e isso é o que deve tornar o livro tão bom.
    Quanto a Leigh, bom mães sempre vão dar tudo de si para os seus filhos e gostei de saber que a autora explorou isso mesmo para a mãe de um "sociopata".
    Fiquei bastante curiosa com o livro e espero poder ler em breve.

    Sesteto Literário

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  13. Me prendi tanto a resenha que imaginei cada detalhe dos acontecimentos. Mesmo sem estar com o livro na mão e nunca ter lido, fiquei surpresa com o que Cadence fez com Sphinx. É uma história bem diferente e a autora parece surpreender o leitor em cada página fazendo com que nada fique tão previsível. Gostei muito da resenha e espero ler em breve o livro.
    Beijos!
    http://virandoamor.blogspot.com.br/

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  14. Oi Amanda, eu não conhecia esse livro ainda e confesso que ele chamou muito minha atenção, achei que ele tem uma trama bem diferente do que estou acostumada a ler e isso parece ser bem cativante, além quem parece ser bem reflexivo, com uma mensagem a se tirar dele. Certo que já quero ler!

    Beijos

    http://www.oteoremadaleitura.com/

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  15. Helloo, Amanda!
    Bem, eu vi esse livro um dia deses por aí, fui conferir a sinopse e decidi fazer a leitura porque já tinha me sentido atraída pela estória. Mas com um monte de leitura que preciso fazer deixei de lado a ideia.
    Com tudo que você falou na resenha fiquei um pouco desanimada para ler. Me entenda, eu li e vi coisas de mais no texto, queria ter a surpresa quando fizesse a leitura, e agora eu sei o que Candence fez a Sphinx, e que ele tem traços sociopatas e já estou formulando um monte de hipóteses. No geral, eu vejo um livro e torço para gostar somente por ver comentários por aí, recomendações, tem algumas sinopses que entregam muita coisa, sabe?! Mas a sinopse desse felizmente não trouxe muito.
    Mas enfim, acho que vou deixar um tempo de escanteio o livro para ler depois.
    Mas a sua resenha está bem escrita e suas ressalvas são interessantes.
    Eu também fiquei curiosa por causa da divergência de opiniões das pessoas sobre eles. Umas amaram e outras odiaram demais.
    Enfim, só conferindo mesmo para tirar minhas conclusões.
    Beijin...

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  16. Amanda, infelizmente eu não tive a mesma impressão que você do livro. Não gostei tanto. Eu achei algumas situações pouco desenvolvidas, e esse relacionamento entre todos muito superficial. Pra mim ficou faltando algo, sabe? A trama é boa, mas realmente não me conquistou totalmente, eu acabei me decepcionando com a leitura.
    beijos
    www.apenasumvicio.com

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  17. Olá tudo bem?
    Simplesmente estou aqui babando em cima do meu teclado por conta dessa premissa MARAVILHOSA. Nunca imaginaria que um livro com essa capa (que não curti muito) guardaria uma estória tão grandiosa e absolutamente nada previsivel, bem original inclusive.
    Genteeeee, primeiro é um absurdo uma mãe escrever a vida de um filho, depois nunca imaginaria que o garoto iria fazer algo assim com a menina e depois ele ainda fica doente e quer vê-la. Muito interessante o livro e realmente espero lê-lo.
    Já adicionei a minha lista de desejados.
    Amei sua resenha

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  18. Olá

    Achei a premissa do livro tão diferente qe até adicione a munha lista. Mas tenho certeza que me incomodaria um pouco com garoto por ter machucado ela. Mas o livro parecer ter uma pegada tão boa que leria facil facil. Adorei sua resenha e a forma como você desenvolveu suas impressões, está de parabéns viu.

    Bjos
    http://rillismo.blogspot.com.br/

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  19. Olá!
    Essas histórias que envolvem relações difíceis entre mães e filhos mexem muito comigo, venho pensando bastante em ser mãe e é um papel tão complicado, tão cobrado e mal compreendido. Mas que bom que ela é o tipo de personagem que nos encanta. Provavelmente gostarei do livro! Eu to mais na vibe de livros leves, ainda mais que você disse que a escrita é escrita é simples e fluída, exatametne o que to precisando porque saí de clássicos muito pesados!

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  20. Durante a resenha eu fiquei naquela de vale e não vale a pena a leitura, nunca li nada relacionado a sociopatas, daí não sei o que esperar, a premissa é bonitinha e em geral deu tudo certo para o que queriam, pelo comentários acima o livro não é tão unânime :/

    http://deiumjeito.blogspot.com.br/

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  21. Nossa Amanda, que história diferente. Claro que é muito estranho em primeiro lugar ver as pessoas negociando o que vai ter ou não vai ter até porque depois tudo pode mudar como meio que aconteceu na história. Mas é um livro sobre amizade e acredito que também seja sobre consequências, né? Nossa e sua resenha ficou bem completa!

    Beijos,

    Greice Negrini

    Blogando Livros
    www.amigasemulheres.com

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  22. Olá!! :)

    Ainda bem que gostaste! :) A capa é mesmo muito bonita! Que ótimo que a leitura fluida e que o Leigh te cativou! :)

    Ah! Que pena isso de teres achado as personagens secundárias menos exploradas!! :( Eu nao gosto nada quando isso acontece... Por vezes, os autores centram-se mais nos protagonistas e os secundários acabam por "sofrer", porque nao sao tao bem desenvolvidos e acabam tambem por nao ter um papel e uma intervenção minimamente importantes na historia..! :(

    Boas leituras!! ;)
    no-conforto-dos-livros.webnode.com

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  23. Oiie Amanda, tudo bem?

    Quando comecei a ler a resenha também imaginei que seria um livro previsível, daqueles clichê, mas estávamos erradas, heim? Gostei muito de como a estória começou a se desenvolver, e os acontecimentos presentes nela. Fiquei curiosa para saber se a Sphinx e Cadence, vão ficar juntos e realizar o desejos das suas mães.

    Bjs

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  24. Olá, tudo bom?

    Quando vi essa capa e comecei a ler sua resenha (sem ler a sinopse), pensei que seria uma romance bobo. Mero engano. Por tudo o que você falou, já percebi que não é o tipo de livro que gosto. Parece ser mal desenvolvido e estruturado, além de tomar rumos que não me agradaram... Enfim, talvez um dia eu leia para tirar minhas próprias conclusões, já que a escrita pode me agradar, mas vou deixar essa leitura de lado por enquanto.

    Obrigada pela dica, mesmo assim ;)

    Beijos.

    http://instantesmemoraveis.blogspot.com.br/

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