Resenha - A Herdeira

28 junho 2015




No quarto volume da série que já vendeu mais de 500 mil exemplares no Brasil, descubra o que vem depois do “felizes para sempre”. Vinte anos atrás, America Singer participou da Seleção e conquistou o coração do príncipe Maxon. Agora chegou a vez da princesa Eadlyn, filha do casal. Prestes a conhecer os trinta e cinco pretendentes que irão disputar sua mão numa nova Seleção, ela não tem esperanças de viver um conto de fadas como o de seus pais… Mas assim que a competição começa, ela percebe que encontrar seu príncipe encantado talvez não seja tão impossível quanto parecia.







            Livro: A Herdeira
                     392 páginas || Skoob || Cortesia: Editora Companhia das Letras || OndeComprar ||

       








Para aqueles que não sabem este livro é o quarto da saga A Seleção, para aqueles que não leram os primeiros livros da saga, não há problema em ler este, afinal o entendimento não fica comprometido, mas haverá momentos em que a leitura citará acontecimentos do passado dos quais vocês não estarão atualizados e aquelas linhas serão como as piadas internas de um grupo de amigos ao qual você acabou de ingressar, ainda sim, recomendo a leitura dos três primeiros, afinal ela é fluída e trás um dos meus romances preferidos, e eu digo romances, não distopia. Fica a dica.


Eadlyn se pega desejando as vezes que seu irmão gêmeo, Ahren, tivesse nascido antes dela, assim seria ele que dezoito anos depois estaria ao lado de seu pai, tratando de aprender os macetes da monarquia, mas ela não teve essa sorte e seus pais foram justos o bastante para mudar a lei e tornar possível sua sucessão como futura rainha, mesmo sendo mulher.

Assim, mais de vinte anos depois é ela que tem que enfrentar as revoltas internas recorrentes da abolição das castas. Aedlyn não entende como o povo pode estar descontente, eles conseguiram o que queriam, não há mais restrições quanto a quem pode fazer o que e quem deve casar com quem, mas ainda sim, cada vez com mais frequência os jornais noticiam pequenos e numerosos incidentes onde pessoas acabam feridas.

Ela não tem ideia do que fazer, nem seu pai, que com menos de cinquenta anos já se encontra com fios brancos entre os loiros, ele está cansado, governar um país da maneira como ele faz tem seu custo, e Aedlyn teme pelo dia em que esse peso repousará sobre seus ombros, mas teme mais ainda o quanto ele cobrará de seu pai antes que ele renuncie seu posto e o ceda à ela.


Eles precisam de tempo para encontrar uma maneira de resolver esses problemas sociais, eles precisam de algo que distraia o povo, que os motive, que faça com que o foco seja outro, eles precisam de algo tão grande e importante a ponto de mobilizar o país. Eles precisam de uma nova Seleção.

— Não há por que sentir muito. Nasci para fazer isso.— Mas não é justo, é? Sempre pensei que o fim das castas significava que ninguém mais nascia destinado a fazer qualquer coisa. Será que isso se aplica a todos, menos à senhorita?— Parece que sim.

Porém Aedlyn não pensa em se casar tão jovem, ela nem sabe se quer se casar ainda e a ideia de trinta e cinco garotos barulhentos entrando em sua casa não a agrada nenhum pouco, ela não precisa de um homem ao seu lado para governar o país, ela não precisa de homem para interferir em sua vida, ela será a rainha, contudo ela sabe que seu pai precisa dela, assim ela aceita, com uma condição: seu pai tem três meses para arrumar uma solução, e se nesse tempo ela não se apaixonar por nenhum dos jovens, eles partem sem um pedido de casamento, simples assim.


E ela tem um plano para fazer com que todos fujam correndo, um plano para que nenhum deles sequer cogite um beijo... Mas ela certamente não contava com seu coração entrando no jogo e mudando as regras e nem com o aumento das revoltas. aquelas revoltas que a fariam parar e pensar, que a fariam questionar tudo o que ela acreditava estar certo.



Narrado em primeira pessoa do ponto de vista da princesa, temos uma visão bem extensa de tudo o que se passa nos bastidores da monarquia e das mudanças sutis que vão ocorrendo em seu pensar.

Nos três primeiros livros da saga, temos a estória contada por America, mãe de Aedlyn, ou seja, vemos tudo dos olhos de uma Selecionada, e há uma grande mudança neste quarto volume, pois quem narra é a Selecionadora e devo dizer... Esse é um papel mais difícil do que eu julgava, afinal por vezes me peguei questionando como Maxon, pai de Aedlyn, não se tocava e escolhia logo uma, como ele podia cogitar mais de uma garota e me perguntei como ele se sentia, e devo dizer, se foi metade do que está sendo para a princesa... Não sei como ele não enlouqueceu!

 "Querida princesa Aedlyn,Essa rima é difícil para mim, E apesar de sermos uns chatos,Amamos você mesmo assim"

Porém ouso dizer que no caso de Aedlyn é ainda mais difícil, alguns rapazes são extremamente encantadores e a escolha que num primeiro momento se mostrou óbvia para mim agora já está mais nublada. Há meninos...nem mesmo sei que palavra escolher para descrevê-los aqui, entendam.

Por isso o amor era uma ideia terrível: ele enfraquecia as pessoas.E não havia nenhuma pessoa no mundo tão poderosa quanto eu.

Aedlyn é uma menina que nasceu e cresceu para ser rainha, e por isso ela é diferente, nasceu crendo que tinha que ser a mais forte, que ela era a mais poderosa e que ninguém ousaria desobedecê-la e agora inúmeros jovens entram em sua vida querendo nada mais nada menos que seu amor. Amor! Aquele capaz de lhe fazer oferecer sua vida de bandeja apenas por um sorriso! Ela não quer isso, ela tem que ser forte, dura, justa. Mas para aprender a ser tudo isso ela construiu um murro ao seu redor, um murro que aos poucos alguns desses jovens pretendentes conseguem entrever e isso a assusta demais, foi esse fato, essa rachadura em sua fachada que me fez não achá-la extremamente irritante e desejar a volta de America como narradora (risos)

Para leitores de Diário da Princesa e apreciadores do feminismo aqui vai uma dica de leitura, uma dica útil pois essa menina com certeza é bem feminista, ela não se rebaixa em nenhum momento pessoal! E para os fãs de America e Maxon, bem suspiro em dizer que eles ainda aparecem frequentemente, e que ainda são lindos juntos, não desanimem, pois aqui entrevemos a vida de todos os remanescentes de A Escolha e saboreamos seus futuros.

21 comentários

  1. Oi Agatha, tudo bem?

    Sua resenha foi ligeiramente diferentes de outras que eu li, mas gostei de ver uma opinião diferente. Ainda não sei se lerei esse, para mim estava ótimo com o fim que teve, e não sei se pretendo ver outra seleção. Mas gostei de saber que a Aedlyn é uma personagem feminista, forte e determinada e que não acredita que sua felicidade tem que estar relacionada com um homem, e nem que é preciso de um para administrar um reino.

    Achei interessante o que você disse, sobre a mudança de narração, realmente não tinha pensando nisso, mas a America era uma selecionada, e a Aedlyn é uma selecionadora, então a visão e as responsabilidades delas em uma seleção são totalmente diferentes.

    Beijinhos,

    Rafaella Lima // Vamos Falar de Livros?

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    1. Oie Rafaella.
      Então menina eu não fui atrás de ler outras resenhas não, afinal por mais que eu também estive mais que satisfeita com o término de A Escolha, sempre soube que eu iria me arriscar em A Herdeira, afinal se eu posso ter um vislumbre de America e Maxon eu não vou perder, rsrs.
      Gostei disso nela também, mas devo dizer que no início eu estava bem em dúvida se gostava de Aedlyn ou se a achava irritante, porém o livro me mostrou muitas coisas que eu gostei.
      Espero que aproveite a leitura caso decida se arriscar!!
      Bjokas

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  2. Lí todos da serie A SELEÇÂO, e amei todos...ainda não li esse, mas ja amei sua resenha e com certeza será meu proximo livro!
    Beijos U&B
    Adriana e Cláudia
    www.unhasebocas.blogspot.com.br
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    1. Olá Adriana e Cláudia.
      Que bom que gostou da resenha! Fico bem feliz e espero que seja uma maravilhosa leitura e que você ame ainda mais a Kiera.
      Bjinhos

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  3. Oi Agatha!
    Eu também gosto muito de A seleção, mas como romance, não tanto como distopia... Ainda não li A herdeira, porque gostei do final do terceiro livro, mas estou curiosa para saber como vai ser essa seleção rs
    Não tinha imaginado a situação pelo ponto de vista da Eadlyn, mas deve ser difícil mesmo de escolher...
    Bjs
    sobrelivrosesonhos.blogspot.com.br

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    1. Oie Evelise.
      Kkkkk, eu leio muitas distopias então acho em difícil classificar A Seleção como uma, é bem diferente o foco e nível dos acontecimentos.
      Eu só fui imaginar quando comecei a ler para ser sincera e só fui compreender lá pelo meio do livro...
      Espero que goste quando ler.
      Bjinhos

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  4. TAmbém já resenhei esse livro no meu blog e é incrível como minha opinião é tão diferente da sua. Gostei bastante do livro apesar de achar a 0ersonagem minada e todos os personagens dos outros oiros estarem meio apagados no decorrer da leitura.

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    1. Oie Aline.
      Gostaria que você tivesse deixado o link do seu blog para mim dar uma olhada... Mas eu dei uma conversada com algumas pessoas e percebi que tem muitas opiniões diferentes a respeito dele.
      Mas para ser sincera eu demorei um pouco para digerir tudo e formular minha opinião kkkk.
      Bjs

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  5. Olá :) Bela resenha! *-* Sou apaixonada pela história do livro "A Seleção", apesar de só ter lido o primeiro livro, rs Quero muito ler os próximos! *-* Não sei muitas coisas sobre as continuações, entretanto, já sabia dessa filha, rs acredito que vai demorar para eu ler "A Herdeira", :/ espero que a princesa seja tão legal/cativante quando a America. :D *-*
    Ah.. Sou apaixonada pelo Maxon. <3 Beijos!
    Blog: http://my-stories-wonderful-books.blogspot.com.br/
    Página: https://www.facebook.com/BlogWonderfulBooks

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    1. Oie Gaby.
      Então menina, acho que nem tem como não saber com o tanto que tem sido falado nas redes sobre esse livro né!! Espero que goste muito da série e só se apaixone cada vez mais, mas sinto dizer que eu ainda prefiro a America narrando a Aedlyn.
      Bjokas e acho que todas amam o Maxon!!

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  6. Amooooooooooooooooo A SELEÇÃO já li toda a trilogia e os Contos da Seleção. Tô super ansioso para ler a Herdeira e esse post fez minha ansiedade aumentar ainda mais, haha. Bjs!

    http://estiloconceitual.blogspot.com.br/

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    1. Oi Teófilo.
      Que bom que você gostou da resenha a ponto de querer mais ainda ler esse livro!! Espero que a leitura seja incrível.
      Bjs

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  7. Apesar da Eadlyn ser um tanto infantil e mimada eu amo a escrita da autora e fiquei tão encantada quanto nas narrações da América. Bjs

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    1. Oie Danielle.
      Concordo com você, não tem como não devorar o livro com a Kiera escrevendo!!
      Bjokas

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  8. Eu amo os livros da Kiera, mas confesso que esse não me interessa muito, porque estou meio receosa em deixar a America em segundo plano. Ah nem, sério queria que ela ainda fosse a protagonista. Não essa feminista ai ha, ha.

    Inquietudes Secretas

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    1. Oie Liih.
      Apesar de eu amar a America não faria sentido ela narrar, o foco não é mais sua histórias, sua decisões, então eu entendo.
      Espero que curta caso mude de ideia.
      BJinhoos

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  9. Oi, Agatha!
    Eu acho que vou gostar dessa leitura, mas temo não me cativar pela protagonista. Ela pode desejar ser forte e tudo mais pelo seu povo e pela responsabilidade que carrega, mas me pareceu imatura e fraca. Outra coisa que temo é sentir que a série "já deu". Só de saber que depois desse teremos outro livro já me desanimo. Chega, né? A Seleção já explorou tudo o que tinha. A autora deveria largar o osso e surpreender com outra história. Os fãs quererão me matar por isso, mas acho um tanto exagerado.

    Beijos!
    http://www.myqueenside.blogspot.com

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  10. Olá,
    Fico feliz em saber que posso comprar esse mesmo não tendo lido a trilogia, estou bem interessado nesse livro! Adorei a resenha.
    Abraços,
    Matheus

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  11. Oi, como vai?
    Eu já li a trilogia e quero muito ler A Herdeira. Com certeza vai ser um experiência bem diferente, já que o ponto de vista da realeza e da selecionadora vai ser bem diferente do que eu me acostumei com os três primeiros, tô bem curiosa mesmo.
    Já li resenhas positivas, como a sua, e negativas, e isso me instiga muito mais. Espero poder ler em breve e saber se vou gostar ou não hahahahaha
    Beijos!

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  12. Olá!
    Li somente A seleção e gostei bastante.
    Porém, A Herdeira parece-me seguir outro rumo completamente diferente e não sei se gostaria.
    A protagonista parece mesmo ser um saco e não é por não se deixar pisar em cima, mas por ser mimada mesmo.
    Beijos,
    http://www.entreleitores.com/

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  13. Oie! Tenho aqui a trilogia inicial para ler, mas me falta tempo. Vi muitos comentários diversos sobre A Herdeira, a maior parte negativos. Espero poder ler em breve para tirar minhas próprias conclusões. Adorei a resenha :D

    Beijos, Gabi
    Reino da Loucura

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